Tag Archives: Kyoto Animation

Moe reverso? Os nadadores da KyoAni

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KyoAni (abreviação de Kyoto Animation), estúdio famoso por fazer obras com uma pegada moe, lançou semana passada seu primeiro comercial de 2013 trazendo um grupo de nadadores “se mostrando” para o espectador. O que era para ser um “inocente” comercial com grande fanservice para seu numeroso público feminino, acabou chacoalhando fortemente o mundo otaku.

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Primeiras Impressões: Tamako Market

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Não há como negar que o estrondoso sucesso de K-ON! foi responsável por trazer o estúdio Kyoto Animation de volta ao centro das atenções. De lá pra cá, o estúdio não decepcionou trazendo bons animes como Nichijou, Hyouka e, mais recentemente, Chuunibyou, este especialmente interessante. Sendo assim, quando o estúdio anuncia um novo anime é fato de que este vem embrulhado em grande expectativa. Será que Tamako Market continua a sequencia de bons animes?

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Primeiras Impressões: Chuunibyou demo Koi ga Shitai!

Chuunibyou (中二病) é o termo usado pelos japoneses para caracterizar aqueles momentos de “quero ser diferente” pelos quais passam grande parte dos adolescentes. Aquele momento da vida em que somos chamados de “aborrecentes” por nossos pais e parentes próximos. Alguns começam do nada a gostar de rock clássico, ou a tomar café, ou dar uma de hipster… virar fã de anime… etc. Alguns, no entanto, chegam a levar esse estado um passo além e se imaginam com super-poderes, vampiros, senhores das trevas, etc. Você com certeza já conheceu alguém assim nos seus tempos de adolescente ou até mesmo você “sofria” de Chuunibyou. E essa é a temática centra desse anime. Será algo interessante?

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Analisando: K-ON! O Filme

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Quase um ano se passou, mas felizmente nós, ocidentais, tivemos acesso ao filme de K-ON!. Lembro de ter lido a notícia do anúncio do filme e posteriormente ter assistido ao blu-ray do show ao vivo das dubladoras em que tal anúncio foi feito… tudo isso fazendo o hype crescer pois, afinal de contas, eu havia me tornado um fã da série.

Com a chegada do blu-ray do filme em terras nipônicas, o filme chega a nós também e eu pude conferir em alta-definição, numa grande TV, sentado numa confortável poltrona, o “retorno” das membros do clube de música leve.

Para descartar logo comentários sobre a parte técnica, se a série já era muito bem feita, o filme levou isso a um nível ainda melhor. A animação está extremamente fluida, cenários belíssimos e uso inteligente de CG. Precisa de mais alguma coisa no quesito técnico? Não, né? Então avançando…

No filme, as meninas estão prestes a se formar e querem fazer algo de diferente nos seus últimos dias na escola. Decidem então embarcar numa viagem de formatura para Londres, o berço de grandes músicos. Ao mesmo tempo, as quatro veteranas quebram a cabeça para criar uma música de presente para Azusa, sua caloura que ainda ficará um ano na escola, longe delas. Claro que com elas, nada pode sair de maneira fácil. Nem a viagem, nem o presente.

A primeira coisa que me chamou a atenção no filme não foi algo bom. Na verdade, foi algo que me deixou um tanto apreensivo no começo… o filme demorou pra engrenar. Demorou bastante até. Se você assistiu ao trailer ou leu alguma sinopse, sabe que o foco do filme seria a viagem para Londres… mas até elas decidirem ir, passaram-se cerca de 20 minutos e até elas irem de fato se foram já quase 40 minutos. Quase metade do filme (de um total de 110 minutos aproximadamente excluindo créditos finais) se passa sem chegarmos no plot central. Tudo isso para a parte de Londres durar só mais 40 minutos e ainda termos 20 minutos para se resolver o plot da Azusa e dos últimos dias na escola.

Essa é minha crítica negativa ao filme. Parece que os produtores e diretores esqueceram que migraram para uma mídia diferente e trataram do filme como um grande episodiozão da série, o que ele não é. Por causa disso, a distribuição de tempo ficou um tanto quanto problemática. Mas ao mesmo tempo nós temos um exagero na ambientação do espectador que parece que o filme tentou agradar também a quem não viu a série. E essa indecisão de ser um filme pra quem viu a série ou ser um filme por si só deixa toda a organização um tanto confusa.

Mas tudo bem. Como eu disse no meu post sobre o porquê deu gostar de K-ON!, o foco da série é no feeling, na sensação de ligação que o espectador tem com as personagens e isso, sem dúvida ainda está presente nesse filme. Temos situações de comédia intercaladas com situações corriqueiras do dia-a-dia como foi com a série, fortalecendo assim os “laços” com o espectador.

Falando nas personagens, eu gostei bastante da forma como elas foram introduzidas numa situação fora do lugar comum, tendo que “sobreviver” num país estrangeiro e as situações cômicas em que isso resulta, como elas serem confundidas com uma banda convidada na abertura de um restaurante japonês.

Pegando o gancho daí, vale reparar também no choque cultural pelo qual elas passam. É engraçado ver, por exemplo, que a maioria delas nunca foi a um restaurante de sushi e que aproveitam a ida a Londres para entrar em um (mesmo que saiam de lá sem nada no estômago). Para muitos ocidentais, sushi é prato corriqueiro para os japoneses, o que não é bem verdade.

E falando na parte cultural, eu achei muito bem feita a reprodução de Londres. Seja no character design diferente para os ocidentais, seja nos veículos, seja no cenário… ficou tudo muito bem feito. Achei legal também o fato das personagens terem que falar inglês em vários momentos. Fico irritado quando em animes as pessoas viajam pra fora e continuam falando japonês normalmente.

Sendo bem sincero com vocês, se não viram a série, não percam tempo vendo o filme, não terá tanta graça. E se não gostaram da série, não vejam mesmo o filme. Mas se você gostou da série, assim como eu, assistam e curtam o momento. Dificilmente teremos algo novo de K-ON tão cedo, se é que teremos um dia.

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Porquê eu gosto de K-ON!…

Em Julho do ano passado, quando do fim da série de K-ON, eu fiz um post em memória da série e lá dá para perceber o por quê deu gostar dessa que, para muitos, é mais uma série banal focada no moe. Porém, o filme de K-ON finalmente ficou disponível para nós, ocidentais (graças ao blu-ray japonês ter saído) e creio que essa seja uma boa oportunidade para deixar claro meus motivos para ser fã da série e, de quebra, falar do filme em si.

Se você ainda não conhece K-ON, fique tranquilo. A série basicamente segue o dia-a-dia de um grupo de garotas que decidem reviver o clube de música-leve de sua escola mas diferente de um clube de música comum, elas passam mais tempo tomando chá, comendo doces e batendo papo do que praticando de verdade.

Como grande parte dos animes slice-of-life, K-ON não tem uma história fixa e linear a ser contada durante a série. Por ser guiada por seus personagens, a série apresenta um monte de sub-histórias que ao se unirem nos fazem conhecer mais as personagens e criar uma conexão com elas. Em um paralelo simplório, seria como os sitcoms americanos (Friends, Seinfield, etc). Só que até aí temos uma enorme quantidade de séries que seguem esse princípio, como Azumanga Daioh e Lucky Star. Por quê então K-ON se destaca dessas e das demais?

Séries como Azumanga Daioh e Lucky Star se focam muito na comédia. Diria que SÓ se focam na comédia. Sendo assim, os laços criados com o espectador são meras “piada-reação”. Ao terminar tais séries não há uma sensação de que se conhece as personagens, mas sim de que você gostou da piada X, ou no momento Y você riu bastante e etc. K-ON por outro lado resolveu investir no lado mais “humano” da coisa. Decidiu que não bastava só focar na comédia, tinha que focar nos momentos simples do dia-a-dia das personagens, nos momentos de angústia, nos emocionantes, nos felizes, nos tristes… eles resolveram colocar em exposição uma grande variedade de sentimentos que pouco a pouco foi mostrando para quem assistia quem eram aquelas meninas e os laços criados com elas se tornam muito mais “fortes” que com as personagens de um Azumanga Daioh ou Lucky Star.

Por causa disso que, se você se deixou levar pela série, é muito provável que você tenha se emocionado com cenas como no episódio 20 da segunda temporada onde as meninas, após um show na escola, relembram de vários dos momentos que passaram juntas. Ao mesmo tempo que você relembra, você também percebe que irá sentir falta, assim como as próprias personagens.

Dessa forma, é até fácil entender o por quê de muitas pessoas terem assistido e gostado de K-ON. A série não se apoia só no moe para existir e criar um fandom. Se assim fosse, ela seria só mais uma de tantas. Ela fez algo além. Ela pegou o moe, fundiu com o conceito de slice-of-life e deu no que deu. Um enorme sucesso.

Mas tudo bem, isso é o que fez K-ON um sucesso de público, mas e para mim? O que EU considero como ponto que me fez gostar tanto de K-ON e me faz até hoje defender a série perante acusadores de que não passa de só mais uma série moe genérica?

A amizade.

É comum falarmos sobre amizade quando falamos de shounens. Um dos pilares do gigante One Piece é a amizade entre os “nakama” (仲間, palavra que significa amigos, companheiros, parceiros). Mas e se esse conceito amplo de amizade fosse aplicado a um slice-of-life? E se esse slice-of-life já se destacasse pela identificação do público com suas personagens? Seria uma boa mistura? Claro que sim.

Em K-ON, o que mais me chama a atenção não é a relação do público com as personagens, mas sim a relação delas com elas mesmo. Nós acompanhamos o dia-a-dia delas de forma tão pura que dá pra absorver bastante da relação entre elas. Seja relações como colegas de classe, como membros do mesmo clube, como amigas, como familiares (no caso da Yui com a Ui e da Ritsu com o irmão dela), etc. Para mim, não há anime que tenha exposto isso de forma tão crua e bem construída que nem K-ON. Isso acontece pois a coisa flui de forma tão natural que nem parece ter um roteiro por trás disso tudo. E já deixo claro que isso é mérito do anime pois tal sensação não existe de forma alguma no mangá (muito por causa do seu formato em yon-koma, tirinhas curtas de 4 quadros cada).

Apesar de tudo que eu falei aqui, não considero K-ON uma obra prima, algo revolucionário ou um dos melhores animes de todos os tempos. Longe disso. Mas se tem uma categoria que posso colocá-lo é na de anime que melhor sabe se relacionar com seu espectador e isso eu respeito. É um anime que tem como objetivo criar esse laço com o espectador e, se ele consegue (e como sabemos conseguiu com MUITA gente), ele já se destaca de muito anime considerado “sensacional” por aí que depois de pouco tempo é esquecido por todos.

É aí que aproveito para entrar no filme de K-ON que assisti nessa madrugada. Curiosamente, não sei se vocês repararam ao acessarem o link que coloquei logo no início do post, faz quase um ano que K-ON terminou e ainda hoje as pessoas comentam sobre a série. Seja para falar bem, para falar mal ou simplesmente tentar entender o seu sucesso.

Encerro esse post por aqui pois ele está bem grandinho. Se quiserem ver o post específico do filme de K-ON, cliquem aqui. No mais, quero muito saber a opinião de vocês sobre a série e sobre o que acharam do que escrevi aqui, então não deixem de comentar.

Em Julho do ano passado, quando do fim da série […]