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Mayo Chiki: Deixem o preconceito ao fanservice de lado dessa vez…

É comum ficarmos meio receosos quanto a qualidade de um anime quando ele “abusa” de cenas com fanservice. Normalmente elas servem para mascarar a falta de qualidade em outros aspectos de uma série. Porém, com Mayo Chiki esse padrão não se aplica. Temos sim fanservice, bastante, mas ele acrescenta à diversão e torna a série uma boa comédia.

Kinjirou teve a infelicidade de nascer homem em um lar de lutadoras de luta livre. Sua mãe era muito famosa nos ringues e sua irmã pretende seguir os mesmos passos. Infelizmente, o rapaz viveu toda sua vida sendo usado como saco de pancadas por causa disso. Ele acabou então desenvolvendo uma fobia às mulheres. Quando alguma mulher toca seu corpo, o pânico é tanto que o nariz dele sangra e ele desmaia. Um cenário pronto para algo dar errado. E dá. Kanade é uma ricaça que vai à escola com seu mordomo, Subaru. Ele é extremamente desejado pelas mulheres e ela é extremamente desejada pelos homens. Porém, Kinjirou descobre um segredo que deveria ser muito bem guardado. Subaru, na verdade, é uma mulher. Ela se apresenta como homem como condição para manter a tradição da família em servir a família de Kanade. Se o segredo fosse descoberto dentro de um prazo, ela teria que se afastar da função. Porém, como Kanade não quer que isso aconteça, ela decide “poupar a vida” do rapaz, mas em compensação ele terá que atender aos desejos dela. O que se passa é que ela é completamente doida. Ela então decide “cura” a fobia de Kinjirou… através dos métodos mais doidos possíveis.

Foi um resumo grande, mas é para mostrar que a ambientação da história não é algo jogado, teve um mínimo de trabalho para sua criação. O desenvolvimento também não deixa a desejar. Temos situações bem engraçadas e as armações da Kanade para cima dos dois rendem boas situações.

A parte técnica também é competente. A dublagem está bem interessante, com uma Subaru fingindo voz de homem e um Kinjirou e suas reações espontâneas e sinceras. A animação é fluida e competente. Nada esplendido, até porque não é necessário para esse tipo de anime. Crédito ao estúdio Feel, que eu confesso nunca ter ouvido falar até esse momento. O diretor por outro lado, é o mesmo de Sket Dance, Keiichirou Kawaguchi. Como eu venho adorando o anime de Sket Dance, isso é um ponto extremamente positivo.

Mayo Chiki é um anime bem divertido, bem feito e engraçado. Não espere algo muito profundo, mas uma comédia leve. Recomendo que assistam pois a linearidade e a continuidade entre os episódios não é a coisa mais importante, sendo assim assistir em uma maratona não acrescentaria nada. Use Mayo Chiki como o alívio cômico da temporada.

É comum ficarmos meio receosos quanto a qualidade de um […]