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GENSHIKEN será publicado pela JBC! NOTÍCIA DA DÉCADA!

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PARA TUDO PARA TUDO PARA TUDO QUE EU TO PIRANDO!

GENSHIKEN foi oficialmente anunciado pela JBC

É isso mesmo, meninos e meninas!  O anúncio foi feito através do canal oficial no Youtube da editora!

Quem me conhece sabe que Genshiken é meu mangá favorito de todos os tempos e o mangá do qual a ideia do Anikenkai surgiu e do qual o nome do Anikenkai se originou. Se já não bastasse isso, meu maior sonho mangazeiro sempre foi o mangá chegar ao Brasil para que mais gente pudesse conhecer a série!

Inclusive, um dos meus objetivos com o Anikenkai era de alguma maneira, colaborar para que o mangá viesse para o Brasil. Não posso dizer que tive influencia direta nisso, mas não posso também deixar de sentir como se tivesse completado um grande objetivo em minha vida!

Genshiken, de Kio Shimoku, começou a ser publicado em 2002 na revista mensal Afternoon e terminou em 2006 com um total de 9 volumes encadernados. Um anime de 12 episódios foi feito em 2004 e ao final da série, em 2006 e 2007, três OVAs e mais uma série de 12 episódios foram produzidos. Apesar dos animes de qualidade um tanto duvidosa, a série estabeleceu uma forte base de fãs. Ao final de 2009 foi lançado um capítulo extra junto de um box de DVD. A reação positiva dos fãs foi tão incrível que o mangá voltou a ser publicado na Afternoon em 2010 e já conta com 4 volumes encadernados e sem data para acabar!

Genshiken se destaca primeiro pela qualidade do traço de seu autor, que evoluiu MUITO no decorrer da série (a diferença dentro do próprio volume 1 já é bem notável); segundo pelo cuidado que o autor tem com seus personagens e a grande habilidade que ele tem de desenvolver relações entre eles e fazê-los se desenvolver; terceiro pelos próprios personagens, que são incríveis!

Para quem não conhece, na história (da primeira fase)…

Na Universidade Shiiou existe um clube dedicado a atividades que misturam games, mangás e animes, o Genshiken. Kanji Sasahara é tímido e com baixa auto-estima. Ele está entrando agora na faculdade e decide se associar ao Genshiken, um clube com o qual ele verdadeiramente se identificou. Do outro lado temos Saki Kasukabe, também caloura, porém com uma personalidade completamente oposta a de Sasahara. Uma garota com personalidade forte e sem um único traço de otakuzice correndo em suas veias. Ela acaba de reencontrar seu amigo de infância, Makoto Kousaka, bem diferente e bem mais bonito. Ela logo fica interessada no velho amigo. O único problema é que ele é um otaku e também se juntou ao Genshiken.

Não vejo a hora da JBC dar mais detalhes sobre o lançamento, como data, formato, periodicidade, etc! Estou realmente feliz com esse anúncio! Espero que vocês gostem de Genshiken tanto quanto eu gosto! Um excelente mangá está para chegar às bancas, pessoal, preparem-se para recebê-lo!

Para saber mais sobre Genshiken, recomendo os seguintes posts aqui do Anikenkai:

>> O que é o Genshiken?
>> Anikencast #008 – Genshiken (Comentamos os primeiros volumes do mangá)
>> O Desenvolvimento de Kanji Sasahara (SPOILERS)
>> A transformação no guarda-roupa da Ogiue e os comentários da Saki (SPOILERS leves)

Confira também o meu projeto pessoal, a GENSHIKEN WIKI, como uma coletânea de informações e artes oficiais da série e de seu autor.

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Analisando “Another” (JBC)

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Há exatos um ano o anime de Another estreou no Japão e logo chegou ao resto do mundo conquistando um enorme número de fãs. O gênero de suspense estava um tanto quanto esquecido e Another, apesar de ter desandado um pouco em seu desenvolvimento, veio a saciar tal ausência. O mangá chegar ao Brasil, visto o sucesso do anime por entre os fãs daqui não é nenhuma surpresa. Resta saber, no entanto, se vale a pena.

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Plantão Samurai X: JBC confirma republicação do mangá ainda em 2012

A Editora JBC confirmou em um release enviado à imprensa que irá relançar o mangá de Samurai X seguindo agora o formato tankohon e com o nome original, Rurouni Kenshin. A republicação será feita em 28 volumes, metade da publicação anterior por aqui, em 56 volumes.

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JBC em nova fase… as novidades e o que vamos ganhar com tudo isso

Visão geral do evento.

Ontem tivemos a coletiva/conferencia da editora JBC sobre suas mudanças no departamento editorial. Como eu não pude me deslocar do Rio para acompanhar pessoalmente, solicitei ao meu correspondente interestadual Paulo Henrique, vulgo @graveheart, para que fizesse a cobertura pelo Anikenkai. Além de observar bem o que estava sendo falado por Cassius Medauar, gerente de conteúdo, Edi Carlos, gerente de marketing, e Leo Lopes, gerente de comunicação, pedi para que ele desse uns cliques dos bastidores e ele o fez. Quais foram as novidades? O que vamos ganhar com essas mudanças?

Para começar, o evento em si já foi um diferencial. Não diria que foi uma coletiva de imprensa na melhor definição do termo, afinal foi aberta ao público interessado, mas o fato deles terem tomado a iniciativa, e sendo a primeira do gênero, foi algo extremamente válido.

Edi Carlos, Leo Lopes e Cassius Medauar

Não tivemos grandes anúncios, mas a editora começou a criar um vínculo com os veículos que falam sobre seus produtos e poderão usá-los futuramente para anúncios maiores como, quem sabe, Samurai X e YuYu Hakusho em edição definitiva? Mas ao invés de falarmos sobre o que eles podem fazer, vamos falar sobre o que eles fizeram.

Começando por Sakura, a novidade principal foi a de que o preço mais elevado da edição não se deve só a um maior número de páginas coloridas, mas sim a uma melhora no papel geral da publicação. Além de Sakura, todos os mangás receberão uma melhora no papel de impressão, não tão grande, mas melhor. Essa notícia emendou com outro anúncio: o de que a partir de agora cada título será tratado de maneira diferente. Alguns terão páginas coloridas, outros contra-capa colorida, papel melhor, dentre outros. Isso também irá gerar preços diferentes para as publicações regulares da editora.

Dih (Chuva de Nanquim) fazendo uma pergunta, Leo Kusanagi (Mithril) a frente atencioso, Juba (J-Wave) prestando atenção à pergunta e Trevisan (LeddHQ), careca, ao fundo dando uma risadinha.

Mas no que isso seria vantagem? Simples: eles irão dar atenção a exigência de vários públicos. Teremos aqueles mangás para as pessoas que querem simplesmente ler e depois jogar embaixo da cama e teremos também mangás para aqueles que querem ler e depois deixar uma coleção bonita na estante, com páginas coloridas, capa melhor trabalhada, etc. Uma evolução, sem dúvida, mas uma preocupação a mais para a editora, afinal, que tratamento dar para que mangá… uma questão interessante que terá que ser respondida a cada novo título. O que foi deixado de promessa pela editora é de que se o título tem páginas coloridas nos tankohons japoneses eles também o terão aqui no Brasil. Promessa interessante, não?

Estamos falando de novos mangás, mas não podemos esquecer de que a JBC anunciou há algum tempo sua parceria com o Crunchyroll, serviço americano de streaming de animes. Muito pouco se falou desde então e durante o encontro eles deram mais alguns detalhes. A empresa foi um tanto apressada no anúncio e pouca negociação foi feita desde então pelos mais diversos problemas. No entanto, a JBC está empenhada em aprender mais sobre o mercado de licenciamento, que está esquecido no Brasil quando o assunto é animes. Vamos torcer para que dê tudo certo pois só temos a ganhar com bons animes vindo oficialmente para cá.

Leo Lopes conferindo o vol. 1 de Freezing

Voltando para os mangás, uma das minhas grandes preocupações sempre foi com os títulos mais adultos. A JBC tem um bom catálogo de títulos shonen, mas seinens são praticamente inexistentes. A entrada de Freezing começa a abrir as portas para essa demografia e quando perguntados sobre a questão pelo Paulo a resposta foi de que eles virão, mas não poderiam dar mais detalhes. Anotem essa promessa. Será que um dia teremos Genshiken por aqui? Nunca o título teve mais chance de ser publicado.

Interação, pós-evento, da blogsfera…

Basicamente essas foram as informações relevantes dadas pela JBC, e se tem algo que podemos ver disso tudo é que sim, a JBC quer mudar para melhor e parece que o grande cabeça por trás disso é o gerente de comunicação Leo Lopes, tendo, claro, suporte de seus colegas de trabalho. Que a empresa continue com essa ideia de se comunicar melhor com a imprensa e com os leitores, que seus produtos melhores cada vez mais e que os leitores retribuam comprando. Afinal, se o trabalho é bem feito, não vejo por quê não comprar. Se a JBC publicar Genshiken com as páginas coloridas e um bom trabalho de tradução, vai pro cofre aqui do QG e isso é uma promessa minha.

Para saber mais sobre a coletiva/conferência/encontro, confira o post atualizado minuto a minuto feito pelo Chuva de Nanquim e esperem em breve um vídeo no Video Quest, eles estavam lá captando imagens…

Leo Kitsune gravando para o Video Quest

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Mas afinal, por quê #VergonhaJBC?

Se você estava online no feriado de 15 de Novembro e segue o twitter de algum blogueiro dessa nossa “blogsfera animística”, você provavelmente se deparou com a hashtag #VergonhaJBC. O motivo de tal manifestação foi a extrema baixa qualidade do novo mangá da Editora JBC, Kobato. E não digo qualidade quanto à história, mas sim qualidade quanto ao material usado pela editora para imprimir o mangá. Apesar do tom de brincadeira que cercou a hashtag, temos um assunto bem interessante para analisarmos.

Não é de hoje que eu reclamo da qualidade dos mangás nacionais. E meu intuito nunca foi de prejudicar uma editora X, Y ou Z. Sempre que comparei edições americanas com brasileiras (1, 2) eu fiz com o verdadeiro propósito de mostrar para as pessoas que podemos almejar algo além do que nos é oferecido. Sempre quis mostrar que não é para nos contentarmos com um trabalho porco pois é assim e pronto.

O #VergonhaJBC fez o assunto voltar a tona e em conversas com outras pessoas, algumas pessoas me indagaram sobre o que iria ser feito a partir dali. Se ia se limitar a uma brincadeirinha de Twitter ou se os blogs iriam realmente tentar uma conscientização em massa de seus leitores para a falta de qualidade do produto nacional e exigir uma resposta das editoras?

Eu posso dizer que a cada vez que compro um novo mangá eu torço para que as editoras melhorem a qualidade de seus volumes. Agora que muitas resolveram adotar o formato trimestral de publicação, estava na hora de adotarem também um aumento na qualidade de seu produto. De nada adianta um leitor esperar três meses pra uma nova edição se ela vai vir no mesmo formato tosco e podre que vinha quando era mensal.

“Ah, mas aí teriam que aumentar o preço… no mínimo 15 reais por volume”.

Uma mudança de 5 reais (4 no caso da JBC) em três meses não pesaria nada no bolso do comprador médio de mangás (e se realmente pesa é bom começarem a reavaliar se gastar dinheiro com mangá está valendo a pena), então isso não é um problema.

Para ilustrar esse post, gostaria de dar um exemplo visual para vocês perceberem como a escolha do papel é importante para um bom produto final. Recomendo que cliquem para aumentar a imagem.

Nesse exemplo eu escaneei um mesmo quadro do volume 1 nacional de Bakuman (a esquerda) e do volume1 americano (a direita) para comparação. A primeira coisa que se nota – já que num scanner não dá pra você ver a finura/grossura de um papel – é a diferença de tonalidade do “branco”. Repare que na edição brasileira o “branco” é bem acinzentado enquanto que na edição americana o “branco” é branco. É válido confirmar que ambas as capturas foram feitas com o mesmo scanner sob as mesmas configurações.

E sabem o que essa diferença de tonalidade acaba causando? Uma grande diferença de contraste. Reparem que apesar de bem parecidos, os “pretos” da edição americana parecem mais pretos que os “pretos” da edição brasileira. Isso se deve ao fato de que nosso olho suaviza o preto frente ao seu contrate direto (“branco”) não ser tão branco quanto deveria ser. Inclua aí um desbotamento natural da tinta em virtude da qualidade material do papel e temos um desastre. Isso porque eu não comparo com a edição japonesa… o que seria um esculacho.

Ainda não é parte da cultura “mangazeira” o espírito colecionável. Apesar de termos pessoas interessadas em manter coleções, como vimos nesse post do Gyabbo, o espírito de colecionador ainda não é um conceito de massa (como o é no caso dos fãs brasileiros de quadrinhos ocidentais e DVDs, por exemplo). Mas mesmo assim, como consumidor, eu quero sempre o melhor produto. Se isso que a gente tem fosse o melhor que o Brasil pode oferecer, eu não poderia fazer nada, mas como sei que não é, como sei que essa falta de qualidade é comodismo das editoras, eu vou continuar criticando.

Completo citando aqui o trabalho que o Blog do Jotacê faz expondo os problemas das empresas de home video no Brasil. Muitas delas podem parecer meras reclamações de um grupo específico, mas com o tempo foram ganhando importância e obtiveram sucesso em muitas das suas reivindicações. Claro que é necessário um trabalho por parte dos que estão reclamando. Mostrar  o que está errado, o por quê está errado e como pode ficar. Torço pra daqui a alguns anos eu ler esse post e dizer que estou feliz dos nossos mangás nacionais não serem mais publicados na mesma qualidade que forro de gaiola de passarinho.

Para fechar, postarei as imagens que me foram fornecidas pelo @PaninaManina nos comentários do post-review de Kobato mostrando a extrema falta de qualidade dos mangás da JBC. (clique para ampliar)

Na boa, mas passou dos limites mesmo…

P.S.: Irei procurar alguma resposta da Editora JBC pois ela também tem o direito de se manifestar (apesar de seu silêncio quanto ao assunto parece demonstrar que ela não está nem aí… mas…). Assim que obtiver uma resposta volto a postar aqui.

Se você estava online no feriado de 15 de Novembro […]

Kobato Vol. 1 – Um novo mangá para você!

Nesse feirado da Proclamação da República muitos de vocês provavelmente lerão algum mangá. Se forem até a banca, verão que a JBC colocou a venda o primeiro volume de Kobato, obra do grupo CLAMP, serializada na Sunday GX e posteriormente realocada para a revista New Type, onde permaneceu até o ano presente. Num total de 6 volumes encadernados, a JBC nos trás uma edição com uma boa tradução de Rica Sakata, mas uma péssima qualidade no tratamento do material.

Kobato é uma menina doce, impulsiva e um tanto inocente quanto ao mundo. Sua missão na Terra é conseguir encher sua garrafinha com os corações das pessoas que ela ajudar, para assim realizar seu desejo de ir para um determinado lugar. Ela conta com a ajuda de Ioryogi, um espírito em forma de cachorrinho de pelúcia, que a guiará durante essa missão.

A premissa é bem simples e lembra bastante a de séries do estilo “garota mágica”, como Heartcatch Precure, mas, apesar da estrutura ser bem similar, ao que tudo indica não teremos aqui batalhas contra o “monstro da semana”. A batalha de Kobato será por ajudar as pessoas nos mais diversos afazeres. Seja ajudar uma velinha a carregar as compras, um lojista com falta de empregados, uma moça a procura de um bolo de natal… algo bem simples e ingênuo (a princípio).

Nesse primeiro volume, nós temos a apresentação dos dois personagens principais (Kobato e Ioryogi) e os primeiros passos para se ter o direito de ter a tal “garrafinha”. Pessoalmente achei um tanto arrastado. Passar um volume inteiro contando como a personagem conseguiu a “garrafinha” é um tanto demais. Até porque isso era algo que se esperava desde o começo ela ter, ou pelo menos conseguir no primeiro capítulo. Mas não, temos um volume inteiro dedicado à essa busca. No entanto, apareceram vários personagens recorrentes nesses capítulos e a aparente lentidão narrativa por ter sido proposital para nós nos acostumarmos com eles, que certamente devem aparecer em volumes subsequentes.

É interessante ressaltar também que a narrativa do mangá é bem segmentada. A cada capítulo temos uma “história fechada”. Algo que lembra muito o ritmo dos sitcoms americanos. Tirando o primeiro e o último capítulo, os outros poderiam ser lidos fora de ordem que não ia afetar o entendimento deles. Algo curioso no mínimo. Fico pensando se isso continuará a se repetir.

No aspecto técnico (das autoras, não da editora), a arte segue o padrão clamp de ser: olhos bem detalhados, cabelos cheios de movimento, rostos arredondados para as personagens femininas e traços extremamente alongados para os personagens masculinos. Há também bastante expressão no rosto dos personagens e o uso de caricaturas SD são bem comuns para contribuir nos momentos de comédia.

Passando para os aspectos técnicos da editora, temos um grande ponto fraco. A JBC parece que não quer mesmo mudar o nível de qualidade em seus mangás e aparentemente tudo está indo de mal a pior. Temos um papel extremamente fino, praticamente transparente, e que deixa a leitura mais desagradável. Mesmo quando as páginas estão juntas, dá pra ver o outro lado e isso incomoda… bastante. A impressão também fica prejudicada pela qualidade do papel, desbotando os pretos. Já está virando redundância reclamar da qualidade dos mangás nacionais. Uma pena.

Mas para não só jogar pedra, tenho que elogiar o trabalho de tradução de Rica Sakata, que, apesar deu não me lembrar de ter lido um trabalho dela, fez um ótimo trabalho aqui em Kobato. A adaptação ficou muito boa também, como no emprego de “Bobato”, na hora em que Iryogi quer sacanear a pobre Kobato. O sentido ficou mantido e, arrisco dizer, ainda melhorou o momento “comédia” para o leitor de língua portuguesa. Defendo adaptações inteligentes. Quanto menos notas de rodapé e termos em japonês melhor. Reserve-os para os momentos em que não houver maneira de traduzir MESMO.

Por fim, digo que Kobato foi um mangá que me surpreendeu. Não tem uma história complexa, mas é um diversão descompromissada e que cumpre o papel de entreter. Rende boas risadas. Recomendo, mesmo com a qualidade podre da JBC (não vou parar de falar isso até resolverem se mexer e mudar algo).

Nesse feirado da Proclamação da República muitos de vocês provavelmente […]

Passando o olho no Evangelion da JBC…

Como muitos de vocês já deveriam estar sabendo, o mangá de Evangelion voltou a ser publicado aqui no Brasil. A Editora Conrad havia paralisado o lançamento do mangá (e de todos os outros) em 2007 no volume 20. Três anos depois, a Editora JBC conseguiu os direitos de publicação do material e hoje chegou às bancas do eixo Rio-SP (não pude constatar o lançamento em outras regiões) o volume nº 21 de Neon Genesis Evangelion.

Um fato curioso é que para ter direito de lançar o material, a JBC foi obrigada pela editora japonesa Kadokawa Shoten a lançar o material seguindo o padrão de publicação da editora anterior. Ou seja, a JBC lançou EVA em formato meio-tankobon. Isso foi uma boa pedida para os colecionadores que querem uma coleção padronizada, mas foi um chute no saco dos leitores que não haviam comprado as edições da Conrad.

Porém não temam, a JBC já anunciou que assim que alcançar a publicação japonesa (o que não demora muito já que lá no Japão só saiu até o equivalente do nosso vol. 24), ela lançará o mangá do zero em formato tankobon seguindo o estilo dos outros mangás da editora.

Agora sem enrolação, hora de falar da edição em si.

O detalhe que mais chama a atenção na edição da JBC é o novo logo, bem melhor e mais fiel ao original que o logo genérico usado pela Conrad no passado. No resto da apresentação geral, as edições seguem o mesmo padrão de capa, mas o material da JBC é mais rígido que o da Conrad, apesar de ainda não ser a capa cartonada padrão da editora.

No interior, o estilo de diagramação continua basicamente o mesmo sem muita mudança. O que vai chamar a atenção mesmo é a qualidade do papel. Lembra o papel que a Conrad usava, mais branco, lembram? Mas ainda assim ele tem uma gramatura maior e uma qualidade melhor que o da Conrad.

Infelizmente, nem tudo são flores. Uma coisa boa da edição da Conrad eram as páginas coloridas que estão ausentes na edição da JBC. Uma dolorosa baixa. De pouco adianta melhorar o material da capa e do miolo se retiram as páginas coloridas que parecem cada vez mais distantes do mercado brasileiro como um todo.

Por fim, um comentário que ainda vale menção é que a tradutora Drik Sada continua sendo a responsável pela série, algo que muitos fãs temiam que fosse diferente, principalmente depois de alguns casos recentes envolvendo as traduções da JBC. O preço ficou em R$7,90, um real a mais do que o valor do último volume lançado pela Conrad.

No geral, a edição da JBC é muito boa e só peca na falta das páginas coloridas. Torço fortemente que no relançamento em formato original a editora resolva colocar tais páginas e agrade os velhos e novos fãs desse clássico. Vale lembrar que Neon Genesis Evangelion ainda está em publicação no Japão a um ritmo lentíssimo (quase um capítulo novo a cada lua) e que novos filmes estão sendo lançados recontando a história com algumas inovações.

Termino o post com uma imagem escaneada por mim da edição #21 da JBC ao lado da edição #18 da Conrad.

Como muitos de vocês já deveriam estar sabendo, o mangá […]