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Como perceber uma mudança nas decisões editorias

Algumas considerações sobre esse post antes de começarmos:

1 – Ele contém spoilers de capítulos recentes de Bakuman. Leia se você não se importa com spoilers ou não lê Bakuman.
2 – O conteúdo desse post é fruto da minha observação, logo não reflete exatamente o que os autores/editores pensaram.
3 – O intuito desse post é exemplificar de forma clara como as decisões editoriais para uma história serializada estão sempre em mutação e que isso é bem comum de se perceber.
4 – Esse não é um post só para quem lê/leu Bakuman. É um post sobre “mangá”. O exemplo usado foi Bakuman, mas poderia ter sido qualquer outro.
5 – Quando eu digo “decisões editoriais” eu me refiro à vida real, não à história de Bakuman (para evitar mal-entendidos).

Bem, a dupla fictícia Ashirogi Muto está com um novo mangá em mente. Reversi foi um one-shot feito pelos autores e que atraiu uma grande atenção dos fãs ficando a frente do one-shot do novo mangá de Eiji Niizuma, o grande rival e gênio dos mangás. Era de se esperar que o mangá fosse serializado. Porém, o departamento editorial estava receoso por deixá-los com duas séries semanais rolando ao mesmo tempo na revista, afinal, PCP ainda era popular e eles não queriam que a qualidade caísse. Foi decidido então que Reversi seria publicado numa nova revista (fictícia) da Shueisha chamada Hisshou Jump, mensal e com um público mais velho.

Legal. Uma boa solução para o arco da disputa de one-shots. Porém, aí que está o “pulo do gato”. Um capítulo depois, temos uma situação em que o editor de PCP, Akira Hattori, claramente se sente triste por não poder ser o editor de Reversi, já que ele trabalha para a Shonen Jump, não pra Hisshou Jump. No decorrer do capítulo é desenvolvida a ideia, por Yujiro Hattori, outro editor, agora capitão da equipe de Akira, que sabe da vontade do colega e decide ajudá-lo. No fim das contas, na reunião de serialização, tudo muda. PCP vai pra Hisshou Jump e Reversi vai para a Shonen Jump.

Ok… isso foi o que aconteceu. Mas vamos pensar no por quê disso ter acontecido. A mudança foi muito drástica. Tem que ter um motivo para os autores terem decidido mudar isso da maneira como foi mudado. De um capítulo para o outro.

A resposta, é até bem simples.

O one-shot de Reversi ganhou do one-shot de Zombie/Gun novo mangá de Eiji. Esse por sua vez ficou incomodado com a derrota e decidiu colocar seus planos de “conquistar o mundo” para melhorar sua história e vencer seu maior rival, Ashirogi Muto. Temos aí um grande plot para um bom arco de rivalidade. Algo do tipo sempre atrai a atenção dos leitores e, normalmente, temos boas histórias no decorrer do arco.

No entanto, ao mesmo tempo que esse plot foi apresentado, um outro plot, também interessante, o foi. A Hisshou Jump. É a primeira vez que vemos um autor em Bakuman sem serializado de forma mensal. Apesar da maioria não achar, há uma enorme diferença em como é ser serializado mensalmente e semanalmente. Além de mostrar para o leitor um universo totalmente novo, eles tem que criar do zero esse universo. É uma revista nova, que só existe na série, com um público-alvo diferente da Shonen Jump, com editores diferentes, autores diferentes… é um berço de novas ideias que pode crescer muito bem. Alguns arriscam dizer que Bakuman está precisando de uma reformulação como essa urgentemente.

Temos aí então dois plots interessantes para serem desenvolvidos. Maravilha. Quem sai ganhando é o leitor. Porém, a coisa não foi pensada corretamente. Se colocamos Reversi e Zombie/Gun para competir em revistas diferentes e em ritmos diferentes de publicação, não existe competição real. A rivalidade não estaria presente de fato. Jogar um plot no ar para jogá-lo fora em seguida é um problema narrativo.

Foi então que, muito provavelmente, o editor ou os autores (os da vida real) perceberam esse “problema” e decidiram dar um retcon no que fizeram. Da maneira rápida que foi feita, ficou claro que foi uma decisão imediata, mas uma decisão acertada. Vamos aos motivos…

1 – Um novo meta-mangá atrai naturalmente a atenção do leitor. Se ele fosse pra Hisshou Jump, o desenvolvimento das ideias para ele seriam, inevitavelmente, colocadas como secundário já que, querendo ou não, o centro de Bakuman ainda é a Shonen Jump e lá Ashirogi Muto estaria trabalhando em PCP.

2 – A rivalidade está estabelecida de fato. Cara a cara. Duas séries começando juntas. Uma briga de igual pra igual. Clássica rivalidade shonen. Os leitores gostam.

3 – O plot da Hisshou Jump ainda se mantém. Eles ainda irão ser serializados mensalmente, ainda teremos uma nova revista pra desenvolver, novos personagens, novos rivais, novos problemas e, principalmente…

4 – Teremos ainda mais um novo plot a ser explorado, que é o fato deles terem um mangá saindo de uma revista semanal e indo parar numa revista mensal. Algo que acontece na vida real. Um exemplo é o que estamos comentando sobre Nurarihyon no Mago estar contando os dias para pular da Shonen Jump para a Jump SQ. Essas coisas acontecem e é legal ver como os autores (no mangá) irão lidar com a adaptação da série para o novo formato.

Ao final de tudo, apesar de ter ficado uma coisa exageradamente rápida, essa mudança foi para o melhor. Editores e autores perceberam o erro e o corrigiram a tempo de trazer ao leitor uma boa história. Como foi dito no início do post, isso é algo muito comum de acontecer e é válido você começar a tentar perceber essas mudanças. Comece por se indagar “por que isso aconteceu da maneira que aconteceu?” e você estará mais perto de perceber essas mudanças. É algo que gosto de fazer e dá a você um bom entendimento sobre o manga making.

Algumas considerações sobre esse post antes de começarmos: 1 – […]

Anikencast #009 – Misoginia em Bakuman

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com mais um Anikencast!

Nesse programa, DidCart e Starro reuniram Fábio Sakuda (Ação Magazine), Darko (JCast) e Dri SweetPepper para uma mesa redonda sobre misoginia em Bakuman. O mangá, ao mesmo tempo que muito aclamado, recebe várias críticas por como suas personagens femininas são tratadas e retratadas.A misoginia está realmente presente na obra? Será um problema pessoal do autor? Isso condena a qualidade do mangá? Essas e outras várias questões são colocadas na mesa para a discussão.

Não deixem de comentar mandando e-mails para [email protected], dando reply no meu twitter ou comentando aqui no post! O assunto PEDE sua opinião!

Índice:

00:00:00 – 00:02:50 -> Introdução

00:02:50 – 00:15:20 -> Comentários sobre o cast passado e sobre a nova temporada de animes

00:15:20 – 00:58:25 -> Mesa redonda “Misoginia em Bakuman”

00:58:25 – 01:10:11 -> Considerações finais e despedidas

Escutem o podcast:

Duração: 70min

Olá, queridos ouvintes! Cá estamos com mais um Anikencast! Nesse […]

20º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”

Olá, queridos leitores do Anikenkai! Já fazem seis meses desde o último encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”. Como o tempo passa rápido! Infelizmente, ao verificar o arquivo do Anikenkai não encontrei o post do 19º encontro, onde falei sobre o final da temporada. Não consigo entender o que aconteceu para ele sumir. Então, para tentar contornar um pouco esse “problema”, vamos a um apanhado básico sobre o final da temporada passada:

A primeira temporada de BAKUMAN acabou nos eventos do final do volume 4 do mangá. Mashiro e Takagi venceram a Gold Future Cup com seu one-shot de “Detetive Trap”, derrotando o mala do Koogy. Na reunião do departamento editorial, ficou decidido que o trabalho dos garotos seria serializado, era um sonho sendo realizado para a dupla. No entanto, os outros membros do Time Fukuda não tiveram muita sorte. Nem o trabalho do próprio Fukuda, nem o da Aoki com o Nakai, foram serializados. Ao fim do episódio, Mashiro e Takagi descobrem que Hattori não será mais seu editor, o substituto é Miura, um jovem demasiadamente energético e empolgado.

A segunda temporada começa exatamente onde a anterior deixou, com a dupla conhecendo seu novo editor. Vendo a empolgação do novo editor em trabalhar com eles, cria-se uma dúvida de se isso será realmente bom para eles ou não. Hattori os ajudou muito, mas a vida segue e não há nada que eles possam fazer quanto a isso. E é interessante ver nesse ponto que Hattori foi transferido para trabalhar em One Piece, um cargo bem importante, mostrando a confiança que o editor-chefe tem nele e em seu trabalho.

E eu quero destacar a escolha para o dublador do Miura. Ficou exatamente como eu imaginava que seria. Um cara barulhento, agitado, que fala alto, energético. Muito boa a escolha e casa bem com a personalidade do personagem.

E como o Miura é irritante. Mas eu acho que isso vem da minha experiência com o mangá. Não gosto do Miura e nunca gostei. Mas eu quero congratular a produção do anime. Eles deram ao Miura uma nova faceta, uma faceta cômica. Isso provavelmente fará os espectadores que não tiveram contato com o mangá a gostar do personagem. É incrível como colocar uma trilha sonora adequada em alguns momentos pode mudar tanto. Gostei. Miura se tornou mais tolerável. Um alívio cômico. Evitam-se assim comparações diretas com o trabalho do Hattori. É tudo levado como piada.

Por outro lado, como esse episódio condensou 3 capítulos do mangá, praticamente, algumas coisas ficaram um tanto corridas demais, como a relação do Mashiro com os assistentes e dos próprios assistentes entre si. Há um certo desenvolvimento disso nos capítulos do mangá que foi esquecido no anime.

E teve também o dublador do Hiramaru. Não aprovo. Para os diálogos normais não influencia tanto, mas na hora dos surtos, a voz parece ser completamente deslocada do personagem e de sua expressão. Tinham que ter colocado uma voz mais grave e que na hora dos surtos ficasse bem doida, algo como a do Eiji, só que mais grossa. O dublador que escolheram deixou o personagem com um ar mais jovem do que deveria ser, menos depressivo do que deveria ser e menos engraçado do que deveria ser. Prevejo que a popularidade dele para com os fãs do anime não será tão grande quanto entre os leitores do mangá.

Não posso esquecer de falar também da “abertura” de “Detetive Trap” que o Mashiro ficou imaginando no início do episódio. Esse desenvolvimento dos meta-mangás do universo de Bakuman continua sendo um dos pontos fortes do anime de Bakuman e um excelente motivo para os fãs do mangá o acompanharem.

Para terminar, vale comentarmos a participação de Kazuhiko Torishima no anime. Para quem não sabe, Kazuhiko Torishima foi o editor de Akira Toriyama quando ele trabalhou com Dr. Slump e Dragonball e é figura carimbada na indústria de mangás. Mashiro e Takagi o reconhecem por uma paródia feita pelo tio de Mashiro e por Mashirito, paródia feita por Toriyama em Dr. Slump. Confiram a imagem abaixo que eu fiz para mostrar o Torishima…

Bem, esse foi o nosso primeiro encontro da temporada, espero que vocês tenham gostado. Não deixem de comentar e até semana que vem!

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Para quem não acompanhou na temporada passada, o encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”, acontece toda semana ou a cada duas semanas e é onde comento sobre os últimos episódios do anime de Bakuman. Busco trazer curiosidades, observações e comparações para quem quer saber um pouco mais sobre o que viu. Espero que gostem.

Olá, queridos leitores do Anikenkai! Já fazem seis meses desde […]

Preview: Temporada de Outono 2011

E chegamos novamente àquela época gostosa quando estamos terminando uma temporada mas com outra já engavetada para começar, recheada de novos animes! Teremos um total de 27 estreias nessa nova temporada mas só cinco são certeza de que eu vou assistir, outras três é capaz que eu assista, muito provavelmente só quando terminarem, e outras três eu verei o primeiro episódio antes de decidir se assistirei ou não. Isso deixa 16 séries de fora, completamente indiferentes pra mim. Não me atraíram ou eu não me importo com elas. Em porcentagem ficaria algo parecido com 18% certeza de assistir, 23% de dúvida e 59% de indiferentes. Uma temporada que eu consideraria pobre, de fato. Claro que eu ainda não assisti nenhum desses. Pode ser que todos os “dúvida” subam para “certeza”, ou algum “certeza” caia para “indiferente” (apesar de ser MUITO difícil disso acontecer) e até um “indiferente” pode subir para um “dúvida” ou “certeza” dependendo do feedback. Nesse post, eu pretendo expor os motivos que me fizeram escolher certas séries e o que eu espero delas. Fiquem livres para concordar ou discordar nos comentários! O importante é a discussão! Vamos agora à tabela de estreias, criada por @animucharts:

ASSISTIREI COM CERTEZA

Hunter X Hunter

Nesse não tem nem o que discutir. HxH é um mangá sensacional, extremamente divertido e escrito por um dos mais competentes, e ao mesmo tempo indisciplinado, mangaká de todos os tempos, Yoshihiro Togashi. Essa nova série da MadHouse segue o mesmo esquema que o Bones fez com Full Metal Alchemist em FMA:Brotherhood. Por isso, chamar esse remake de HxH:Brotherhood é perfeitamente aceitável e é provavelmente como eu o chamarei. Não é necessário ter assistido NADA de HxH até hoje para poder acompanhar essa série. Extremamente recomendada por sua história e por seu estúdio. Nível do Hype: ALTÍSSIMO!

Bakuman 2

Quem frequenta o blog há algum tempo provavelmente conhece a coluna “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”. Para dar continuidade a ela (onde eu analiso episódio a episódio semanalmente o anime de Bakuman) era óbvio que eu continuaria a assistir à série. Por isso, ela já está no topo da minha lista de expectativa. Principalmente porque agora teremos a entrada de meu personagem favorito, Hiramaru, dentre outros vários eventos que eu não quero apontar aqui para não estragar a diversão de quem só está vendo pelo anime. Nível do Hype: ALTÍSSIMO!

Mobile Suit Gundam AGE

Caramba, é Gundam! Adoro Gundam e não teria porque não assistir Gundam AGE. Quer dizer… teria sim. O diretor dos Sgt. Frog é o responsável pelo anime e o roteiro foi escrito pelo roteirista de Inizuma 11. Precisa dizer que essa nova empreitada no mundo Gundam pretende atingir o público infantil? E eu acho isso válido. O gênero mecha clássico tem ficado cada vez mais preso em seu próprio nicho. O próprio Gundam Unicorn, excelente série que está saindo em OVAs, não tenta em momento algum atingir uma nova audiência e muito menos uma nova audiência mais jovem. Gundam AGE mostra um protagonista de 14 anos que realmente parece ter 14 anos. Um movimento arriscado, porém acredito que coisa boa pode sair daí, mesmo com o visual não agradando muito os já fãs do gênero. Nível do Hype: Médio

Guilty Crown

Eu confesso que me atraí por essa série, primeiro, porque achava que o nome era Crow. Os fãs de BAKUMAN devem ter entendido o motivo. Mas o fato é que o nome é Guilty Crown e continuou me atraindo mesmo com a mudança de nome pelo simples fato de ser do bloco noitaminA. Esse bloco que nos presenteou com o vencedor de melhor anime no Anikenkai Awards, Kuragehime, traz agora uma série de ação com história assinada pelos mesmos responsáveis de Code Geass, dirigida pelo diretor de Death Note e animada pelo estúdio que animou Higashi no Eden (aka Eden of the East). Precisa dizer mais alguma coisa? Nível do Hype: ALTÍSSIMO!

Chihayafuru

MadHouse… MadHouse… aqui estou eu colocando minhas esperanças em você mais uma vez. Não vá me decepcionar. Nessa tentativa de se restabelecer, o estúdio chamou o diretor de Chobits e Nana para contar a história de Chihaya, uma menina que acaba descobrindo uma paixão por um antigo jogo de cartas japonês chamado “hyakunin ishhu”. Sinceramente, a história em si não me chamou a atenção, mas a curiosidade de ver o que a MadHouse em parceria com o diretor Morio Asaka vão fazer acaba me deixando interessado. Nível do Hype: Médio-baixo

Assistirei Quando Terminar

Persona 4

Esse é o anime da temporada que eu tenho certeza que só verei quando terminar. Eu já joguei o jogo e não estou afim de vê-lo adaptado em um ritmo semanal. Quando terminar, pego tudo de uma vez e assisto. Simples, direto e sem dor. Mas não que eu esteja desrecomendando. Ao que parece o anime será bem interessante e de boa qualidade.

Working’!!

Sem dúvida a primeira temporada foi muito legal e com uma das melhores aberturas que já vi num anime. Porém, depois da segunda temporada um tanto desapontante de Baka to Test, eu quero evitar outra decepção e vou esperar essa nova temporada de Working terminar para eu assistir. Não tenho pressa quanto a série.

Assistirei ao Primeiro Episódio

Un-Go

Apesar de ser do noitaminA, não estou botando muita fé nesse anime. Eu o teria ignorado se não fosse o fato de envolver uma vibe meio solução de casos mirabolantes que eu gosto.

Last Exile: Ginyokuno Fam

Eu gostei muito de Last Exile. Sendo assim, é natural que eu queira conferir esse retorno. Meu único receio é que esse anime seja só um caça-níquel feito para atrair a fanbase do primeiro anime e quem o conhece de nome. Para os que estiverem com receio de assistir por não terem visto o original, ao que parece o anime é totalmente novo, com personagens novos e etc. Só o universo é o mesmo.

Mirai Nikki

Eu já ouvi muito esse nome por aí. Muito mesmo. Mas nunca fui atrás pra conferir sobre o que se tratava. Só essa curiosidade que me fez arriscar ver o primeiro episódio dessa série, porque o corpo técnico responsável é bem… triste… por assim dizer.

Ben-To

Ben-To pode ser a maior surpresa da temporada como também pode ser o pior anime da temporada. A premissa é completamente nonsense para tirarmos qualquer conclusão precipitada. É ver para entender. Mas confesso que estou bem curioso.

Indiferente

– Battle Spirits: Heroes – Busou Shinki: Moon Angel – Cross Fight B-Daman – Shinryaku!? Ika Musume – Fate/Zero – Fujilog 2nd Season – Maken-Ki! – Mashiro-Iro Symphony – Seka-ichi Hatsukoi – Phi Brain: Kami no Puzzle – Boku wa Tomodachi ga Sukunai – Maji de Watashi ni Koi Shinasai!! – Shakugan no Shana III – Kyoukai Senjou no Horizon – Kimi to Boku – Tamayura ~hitose~

OVAs

Ah! My Goddess

Nível do Hype: Médio

Mobile Suit Gundam Unicorn

Nível do Hype: Alto

Usagi Drop

Nível do Hype: ALTÍSSIMO!

Baka to Test

Nível do Hype: Médio-baixo

Infinite Stratos

Nível do Hype: Médio

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Para outros pontos de vista sobre os lançamentos da próxima temporada, acesse: Chuva de Nanquim – Gyabbo –  Video Quest 1Video Quest 2Video Quest 3MithrilNetoin!

E chegamos novamente àquela época gostosa quando estamos terminando uma […]

Uma Breve Análise Das Hipóteses Para O Mercado Nacional De Mangás

O meu xará, Diogo divulgou no Chuva de Nanquim, o lançamento de ‘Sora no Otoshimono’ pela Panini. Sabendo dessa notícia, vi que era o momento exato para escrever esse post. Colocarei aqui meu ponto de vista sobre o mercado de mangás no Brasil e para onde a filosofia atual das editoras poderá nos levar no futuro. Apesar de óbvio, vale lembrar que nesse post eu tratarei de hipóteses. Não há certezas no futuro do mercado no Brasil, só possibilidades, sejam elas positivas ou negativas. Leia esse post, entenda o que eu coloco aqui e, importantíssimo, não deixe de comentar dando sua opinião.

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Provavelmente você já deve ter ouvido falar a seguinte frase…

Quanto mais mangá na banca, melhor!

Bem, apesar de eu partilhar da mesma filosofia, não creio que o nosso mercado esteja preparado para ela.

Comecemos falando sobre a quantas anda o nosso mercado.

De fato. Nós temos bastantes títulos em publicação. Se olharmos só os sites das editoras principais (Panini, JBC e NewPop), fazemos um levantamento de mais de 30 títulos em publicação. Alguns estão paralisados por terem alcançado o Japão, podem dizer, mas a grande maioria está saindo em um ritmo mensal ou bimestral. E a cada dia temos novos mangás sendo anunciados…

Mas será que ter tantos títulos na banca assim é bom? Em uma primeira olhada não tem por quê dizer que não. Quanto mais títulos, mais opções, mais satisfeito fica o consumidor. É um raciocínio simples e provavelmente é o que a maioria dos leitores pensa. Porém, vamos colocar um tempero nesse raciocínio.

A partir desse momento, vou me focar na Panini e na JBC, as duas editoras com mais títulos em publicação e as que estão há mais tempo no mercado.

Para fins de comparação, peguemos a Shonen Jump, a maior antologia do Japão. Se uma série não está vendendo bem ou o público não está gostando dela, ela é cancelada e é dado lugar a uma outra nova. Há sempre um número fixo de mangás sendo publicado. Nem mais nem menos. Se uma falha, é cancelada e outra tenta o sucesso em seu lugar. Se pararmos para pensar que o número de pessoas que leem a Jump é muito superior ao número de pessoas que leem todos os mangás juntos em publicação aqui no Brasil, temos aí o primeiro “tempero” para pensar melhor sobre o nosso mercado.

Se uma Shonen Jump cancela sem dó séries que não estejam tendo sucesso, por que no Brasil, um mercado extremamente menor, as editoras deveriam manter títulos fracos, de pouca vendagem e com pouca repercussão entre os leitores? A realidade de cancelamentos não é nossa realidade atual. Já houve uma época em que muitos títulos foram cancelados por aqui, mas não hoje. Hoje cancelar um mangá é dar um tiro na própria cabeça. É assim que o público consumidor enxerga. “Se cancelou o mangá X, é capaz dele cancelar o mangá Y, então não vou comprar esse mangá pra não ficar com uma coleção incompleta”.

E nesse momento é capaz de você estar se perguntando se por acaso eu estou defendendo aqui o cancelamento de mangás. De forma alguma. É uma possibilidade, sem dúvida, mas seria ela viável em nosso mercado? Sem chances.

A Jump pode cancelar uma série que não faz sucesso porque o público leitor tem uma infinidade de outros títulos “parecidos” para se entreter com. Um título ser cancelado vai deixar alguns fãs chateados, mas logo eles passam pra outro mangá e fica tudo bem. Aqui no Brasil, quando um mangá é cancelado, os fãs ficam órfãos. Não tem para onde ir. Não há títulos suficientes para cobrir esse vácuo.

“Mas pera lá… títulos demais não eram um problema alguns parágrafos acima?”… E eu respondo: Só é considerado demais quando o mercado não consegue absorver tudo.

Nosso mercado é bem atrofiado. O poder de compra do público leitor é bem pequeno. Muitos dependem dos pais para comprar seus mangás todos os mês. O preço praticado pelas editoras muitas vezes está fora da realidade de muitos brasileiros. Não digo para comprar um só mangá. Mas quem quer ler, não quer ler só um mangá. Se o leitor compra cinco mangás, um número relativamente pequeno de títulos, já são mais de 50 reais saindo do bolso dele todo mês. Imagina para quem quem quer comprar a maioria dos títulos que sai? Impraticável para a maioria do mercado.

Então temos aí um impasse. O Brasil possui um mercado pequeno, que não cresce na mesma proporção que os títulos fornecidos pelas editoras. Mas uma grande quantidade de títulos é necessária para evitar que os leitores fiquem “órfãos” quando um mangá é cancelado. Sendo assim, as editoras não podem cancelar os mangás porque também não podem fornecer títulos suficientes para cobrir os vácuos deixados por eles. Mas até quando elas vão conseguir se manter num sistema que, ao que parece, é autodestrutivo para as editoras?

Bem, a solução é mais simples do que parece.

Não digo que o que falarei agora vai solucionar todos os possíveis problemas que venham a aparecer, mas pode evitar uma crise de saturação em nosso mercado.

Reparem bem na Panini e na JBC. Se nós tivéssemos que reparar em um aspecto editorial que separa bem uma da outra, eu destacaria as opções de periodicidade como grande diferencial. Enquanto a JBC opta constantemente por publicar mensalmente seus títulos, mesmo quando esses ainda se encontram em publicação no Japão e com poucos títulos (como no caso de BAKUMAN), a Panini decide alternar entre mensal e bimestral.

O modelo da Panini é o que tem mais futuro. Eu explico.

Hoje, quem quer, lê os mangás facilmente pela internet. E não é característica do nosso mercado comprar um mangá que já se leu na internet. Pra que eu vou gastar 10 reais por mês com algo que eu já li? É uma realidade que as editoras não tem como ter controle sobre. Esse tipo de leitor, que não são poucos, arrisco dizer que são até maioria, é uma fatia do mercado que eles não atingem.

Agora pense comigo uma coisa: Se esse mesmo leitor tivesse que gastar uns 15 reais com um volume de mangá, mas dessa vez, só de 3 em 3 meses. Ou seja, 5 reais por mês. Metade do que ele teria que gastar num modelo mensal de mangá a 10 reais. E esse volume ainda viria com papel melhor, boa impressão e encadernação, já que é mais caro que o de 10 reais. É mais provável que esse tipo de leitor se interesse mais por comprar esse título de 15 reais de três em três meses do que o de 10 reais de mês em mês.

Por que? É simples. Se ele já leu o título, ele sabe se gostou ou não. Se ele gostou e virou fã, é natural ele querer ter o mangá para si, em sua coleção. Porém, tendo que pagar 10 reais por mês, acaba sendo um investimento que ele não está disposto a fazer. Enquanto que 15 reais a cada três meses por algo de melhor qualidade é algo que ele estaria bem mais disposto a pagar.

Mas três em três meses não é muito tempo de intervalo entre um volume e outro? Não pra esse tipo de leitor. Ele já leu o mangá. Ele não tem a urgência de saber o que acontece no volume seguinte. Ele está comprando pelo simples fato de ter na coleção, ou para reler, ou para ver os extras, etc. Ele não está comprando só pela história ali contida.

Então com uma mudança de filosofia na periodicidade, as editoras estariam atingindo um público que hoje elas não atingem. Não digo que todos os leitores desse tipo iriam passar a comprar mangás em banca, mas a probabilidade do número de vendas aumentar entre esse grupo é maior.

No entanto, como que ficam o público que não tem nada a ver com essa história. O público que compra mangá para conhecer a história. O público que não leu online e tá acompanhando conforme vai saindo. O que ele ganha com isso?

Para começar, ele terá um aumento na qualidade do produto, tendo como base a estratégia que coloquei acima de aumento de preço proporcional a qualidade alterando a periodicidade. Isso já é uma vantagem. Mas a perda da periodicidade mensal seria uma desvantagem para esse público. Ele tem que ter algo a mais a ganhar com essa mudança.

E ele tem. Um aumento na quantidade de títulos disponíveis. Se antes o público tinha que pagar 30 reais por mês se comprasse três títulos mensais, ele agora poderia continuar pagando 30 reais por mês, mas por seis títulos trimestrais (considerando que cada volume mensal custe 10 reais e cada trimestral custe 15). Um aumento de 100% no número de títulos comprados sem aumento no gasto mensal. Pessoalmente acho essa possibilidade bem interessante.

Apesar de “perder” sua periodicidade mensal, o leitor regular teria a possibilidade de ter materiais de melhor qualidade e uma pluralidade maior de títulos sem ter que gastar mais por isso mensalmente. Um modelo sustentável, que favorece tanto o leitor quanto à editora.

Para eu concluir esse post, é valido dizer que o próprio modelo japonês de publicação de tankobons funciona dessa maneira, em periodicidades quadrimestrais até. Saindo do mercado original dos mangás, temos o americano, que também segue um modelo “não-mensal” de publicação, com periodicidades trimestrais e quadrimestrais dependendo do título. Aí estão dois exemplos de mercados bem maiories que o Brasil e que viram no modelo “não-mensal” de publicação uma via sadia para seu mercado.

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Espero que eu tenha passado para vocês com clareza minhas ideias. Não coloco o que escrevi aqui como único modelo possível e, muito menos, digo que o mercado brasileiro está em crise ou estará em um futuro próximo. As chances das editoras começarem a ter que rever sua estratégia de mercado são grandes. O suficiente para eu, um mero observador, chegar a essa conclusão. Mas o mais importante desse tópico é fomentar a discussão. Comentem aqui nesse post, no twitter, em seus próprios blogs, em conversas de bar, onde seja. É importante a discussão e a crítica construtiva.

O meu xará, Diogo divulgou no Chuva de Nanquim, o […]

BAKUMAN pela JBC – Uma Avaliação e Comparação Com a Edição Americana

E finalmente BAKUMAN aportou em terras brasileiras. A editora responsável foi a JBC, a mesma que trouxe Death Note, outro mangá da dupla Tsumugi Ohba e Takeshi Obata, para o Brasil.

Eu como fã que sou da série, não poderia de deixar de comprar e dizer minha opinião para vocês, leitores que já conhecem ou ainda vão conhecer as peripécias de Mashiro e Takagi rumo ao sucesso no mundo dos mangakás.

Rapidamente, para quem não conhece, BAKUMAN conta a história de Mashiro Moritaka e Takagi Akito. Dois jovens amigos que decidiram trilhar um rumo diferente dos garotos de sua idade. Eles decidem se tornar mangakás. Mas não qualquer tipo de mangaká. Eles querem publicar na maior revista de mangás no Japão. A Shonen Jump.

BAKUMAN já conta com 14 volumes publicados no Japão. A JBC traz a série no formato tankobon, com 209 páginas e custando R$10,90.

Nesse post, pretendo comparar a nossa edição nacional com a edição americana do mangá. O objetivo disso é avaliar a qualidade do material que veio para o Brasil comparando-o com uma edição que considero de altíssima qualidade. Em busca sempre da melhoria do mercado nacional.

*cliquem nas imagens para aumentar

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Apresentação – Capa e Contracapa

Para começar, vamos falar dos aspectos externos da edição. A capa já foi comentada por mim em um post anterior, mas ao ter a edição brasileira em mãos, vi que os tons usados para imprimir a capa estão saturados demais. Isso fez com que as cores quentes se destacassem demais deixando o contraste com as cores frias exagerado. BAKUMAN tem excelentes capas desenhadas por Takeshi Obata, gostaria que tivessem um cuidado melhor nas futuras edições.

A contracapa, infelizmente, é a padrão da JBC: capa com a mesma arte da contracapa só que com uma tarja com informações como código de barras, preço, faixa etária e logos. Diferentemente, a edição americana traz uma pequena sinopse do que se trata o mangá e um visual diferente da capa.

Páginas Coloridas

Antes de alguém reclamar da falta de páginas coloridas na edição brasileira, elas também não estão presentes nem na americana e nem na japonesa. É padrão aos mangás da Shonen Jump manter as páginas coloridas só para a antologia semanal (onde os capítulos das várias séries saem semanalmente) ou para futuras edições especiais de luxo, conhecidas como kanzenban.

Sendo assim, antes de crucificar a edição brasileira, é bom um pouco de pesquisa.

Impressão e Papel

Nessa categoria, vou ter que falar separadamente de alguns aspectos.

Para começar, vou fazer um elogio à edição nacional e dizer que a impressão está com uma definição muito boa. Gostei de ver como conseguiram evitar o efeito moiré, aqueles quadriculados que ficam quando se redimensiona uma imagem com retícula (diferente da edição de K-ON nacional, infelizmente), como visto na imagem acima.

Porem, nem tudo são flores. Apesar da impressão ter me surpreendido nesse ponto, ela ainda peca pela falta de contraste. Diferente da capa onde o contraste foi acentuado demais, aqui temos o contrário: os pretos e os brancos ficaram mais acinzentados do que deviam. E em alguns momentos, há falhas de impressão, como visto na imagem abaixo, que deveriam ter sido evitadas pelo controle de qualidade.

Concordo que nessa edição esse problema com o contraste até que não incomoda e pode até passar desapercebido se você não tem com o que comparar. Porém, algo que não passa desapercebido é a qualidade do papel usado pela JBC em seus mangás. Papel de gramatura extremamente baixa, basicamente o “bom” e velho papel-jornal. A arte do mangá nesse caso é a maior prejudicada, principalmente com a tonalidade mais acinzentada do papel e também pelo fato dele ser quase transparente, fazendo com que o leitor veja a página de trás ao ler.

Fico feliz que esse cenário parece estar mudando, não pela JBC, mas pela Panini, que trouxe dois mangás muito bem impressos e mostrou que com um leve aumento na gramatura do papel rende um grande aumento na qualidade.

Tradução

Nesse quesito eu tenho que bater palmas para a JBC e para o tradutor Edward Kondo. Fico muito feliz da editora ter dado o tratamento que BAKUMAN merece nesse quesito. Todas as referências estão lá, com respectivas notas de rodapé explicando para os leitores, não há erros de português, regionalismos nem um discurso forçadamente informal. Gostei mesmo. Parabéns JBC e Edward Kondo pelo trabalho.

Conclusão

Provavelmente muitos de vocês já pularam para essa parte da comparação. Mas independente se leram o post todo ou não, deixo aqui explicitamente que recomendo a edição nacional de BAKUMAN. O trabalho de tradução está exemplar e a qualidade gráfica não compromete. Porém, se você realmente gosta de Bakuman e se importa em ter um material com uma qualidade técnica melhor, daí eu diria para você comprar a edição americana ou até mesmo a japonesa.

O Anikenkai aprova e edição nacional de BAKUMAN. Aprova com ressalvas, mas aprova.

E vocês? Gostaram da edição nacional? Ainda preferem comprar a edição americana ou japonesa? Deixe seu comentário!

E finalmente BAKUMAN aportou em terras brasileiras. A editora responsável […]

Mangakás: Um papo sobre gênios…

*Obrigado a todos que comentaram e discutiram o assunto! Se você está lendo esse artigo pela primeira vez, não deixe de ler também os comentários do pessoal!

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Nos últimos dias minha internet resolveu ficar incrivelmente instável e obviamente por causa disso o Anikenkai ficou prejudicado. Pelo menos pude aproveitar meus últimos dias de férias para sair com amigos e ver uns filmes.

Mas voltando à programação normal, resolvi tratar sobre um assunto que se vocês leem Bakuman já devem estar acostumados: Os gênios dos mangás.

É curioso ver que a palavra gênio hoje em dia é usado para qualquer grande hit, para um mangaká que faça sucesso, para obras muito bem desenhadas. Mas a verdade é que gênios mesmo são poucos.

Em Bakuman, quando somos apresentados ao mundo dos mangás, temos a distinção entre dois tipos de mangakás: os gênios e os esforçados. A grande diferença entre ambos é como eles criam suas histórias. Um gênio não precisa de grande esforço para pensar em histórias excelentes. Elas fluem com incrível naturalidade. É algo inerente ao próprio mangaká. Na maioria das vezes eles não planejam muito a frente suas séries, personagens novos aparecem por surtos criativos e etc. Diferentemente dos esforçados, que, obviamente, tem que se esforçar, estudar, pensar, errar muito pra conseguir criar boas histórias.

É interessante ver que um gênio não necessariamente vai construir um mangá melhor que um esforçado.

Em Bakuman, Eiji é o único considerado realmente um gênio. Um personagem que “sente” o mangá como nenhum outro. Ele possui algo que como um “sexto sentido para o mangá”. Sua capacidade de pegar referencias e criar universos, personagens, plots em questão de segundos faz com que ele se diferencie dos outros autores.

O comportamento de Eiji chega a ser excêntrico aos olhos ‘comuns’. Quando você vê ele desenhando enquanto grita nomes de golpes, reproduz os sons das onomatopeias e conversa consigo mesmo, você vê que o processo criativo dele é completamente diferente da maioria. Parece que ele e o papel são um só. É algo como se a cabeça dele e o lápis estivessem conectados diretamente.

Conforme certas análises, Ohba Tsugumi, escritor de Bakuman, se baseou na personalidade do mangaká Eiichiro Oda para criar Niizuma Eiji. Oda é o autor do grandioso sucesso One Piece, mangá sobre piratas em busca do maior tesouro do mundo, publicado na Shonen Jump.

Assim como sua contraparte ficcional, há quem diga que Oda também possui um comportamento excêntrico quando é hora de criar suas histórias. É incrível como ele consegue terminar um capítulo em poucos dias e usar o resto da semana para pensar e imaginar como vai ser o próximo. O lápis flui como se fosse simples desenhar no estilo dele, cheio de detalhes e com cada quadrinho quase que completamente preenchido por desenhos. Ele é um autor que poucas vezes usa retículas para fazer sombreados, ou dar efeito de preenchimento. Ele prefere sempre desenhar algo novo, um personagem secundário ao fundo da cena, um prédio, um animal, o que quer que seja. Um processo que para um mangaká comum seria extremamente cansativo, para ele acontece naturalmente.

Para mim e para muitos que observam o mundo dos mangás, Oda é o único exemplo real de gênio presente na Shonen Jump. É complicado afirmar isso para todo o Japão, mas se limitando à publicação mais popular do país, Oda realmente recebe o status de único gênio.

Sei que muitos de vocês vão discordar de mim, dizer que há histórias bem melhores que One Piece na Jump ou em dezenas de outras revistas pelo Japão a fora, mas repito o que eu disse lá em cima no começo do texto: ser gênio não significa fazer histórias melhores que os outros. Ser gênio é como ter um “sexto sentido” para criar e manter histórias interessantes com facilidade e naturalidade.

Eu gostaria de saber o que vocês, que estão leram esse post acham sobre o assunto. É um tema que, pessoalmente acho bem interessante. Não deixem de comentar.

Menção honrosa a Takehiko Inoue que, apesar de não estar mais na Shonen Jump, não poderia ficar fora de um post sobre gênios. Um artista que muito admiro e cuja arte e narrativa até hoje são uma das melhores em toda a história do Japão e do mundo.

*Obrigado a todos que comentaram e discutiram o assunto! Se […]

Bakuman – Comparação de Capas (BR/USA/JAP)

Bakuman já é da JBC. A própria editora confirmou durante o Festival do Japão. Porém, pouco se sabia sobre a versão nacional. Hoje ela entrou em pré-venda no site da Comix com preço promocional limitado de R$8,50 (o preço de capa continua a R$10,90). A data para o lançamento está como 01 de Agosto! Ou seja, semana que vem o mangá deve começar a chegar as bancas de São Paulo, Rio de Janeiro e, progressivamente, no resto do Brasil.

Um dos grandes medos dos fãs de Bakuman era o tratamento que a JBC iria dar às capas. Elas são, sem dúvida, um dos maiores atrativos dos volumes do mangá trazendo artes originais muito bem feitas pelo habilidoso Takeshi Obata (responsável pela arte do mangá).

Porém, nada temam, fãs. A JBC fez um bom trabalho com a capa do mangá, que você pode conferir na comparação abaixo (clique para aumentar):

Como vocês podem ver, todas as capas se parecem bastante. Claramente a matriz da edição brasileira foi a japonesa (já que na americana o logo recebeu um tratamento em gradiente, que não aparecem nas outras). O tradicional “dos mesmos criadores de…”, que assombrou os leitores da edição nacional de Buso Renkin, agora recebeu um tratamento bem mais discreto e combinou com o todo.

Vocês devem ter reparado que a edição brasileira está um pouco mais “clara” que as outras. Não podemos dizer que isso é uma falha ainda pois essas imagens foram escaneadas por pessoas diferentes, em aparelhos diferentes. Sendo assim, só com o produto final em mãos poderemos comentar (farei isso através do twitter quando tiver a minha).

A minha única crítica à edição brasileira, por enquanto, é a presença dos “Ls” em preto nas bordas da arte. Nas edições americana e japonesa, eles tem uma função (que é abrigar o nome dos autores). Porém, na edição brasileira eles estão sem nada dentro. Me incomodou um pouco isso. Que fizessem que nem a edição americana que só manteve os “Ls” de baixo.

Mas esse pequeno “problema” (se é que eu posso chamar de problema) não é motivo para deixarmos de comprar. Muito pelo contrário. Do que poderia vir, a JBC até que fez um bom trabalho. Ou seja, não há contra indicações quanto à aparência externa, podem comprar a edição brasileira sem problemas. Estou realmente torcendo para a JBC fazer um bom trabalho nesse que, hoje, é um dos mangás que mais gosto de ler.

E para quem ainda não conhece Bakuman, recomendo que dê uma olhada na categoria “Bakuman” aqui do Anikenkai.

Bakuman já é da JBC. A própria editora confirmou durante […]

Bakuman e os auto-retratos da Shonen Jump

E cá estou eu com um novo post sobre Bakuman! Dessa vez, não tem a ver só sobre a série, mas sobre a própria Shonen Jump onde Bakuman é publicado.

No último capítulo de Bakuman (139), Eiji está vendo uma edição da Jump e há um close no índice da revista onde os autores colocam um pequeno comentário e há uma caricatura representando cada um deles e suas séries.

Aí podemos ver as caricaturas, ou auto-retratos (já que são os próprios autores que fazem) de Takahama, Aoki, Hiramaru e Ashirogi Muto (Mashiro e Takagi).

Vendo essa cena eu achei que seria legal fazer um post com algumas dos auto-retratos dos autores da Jump da realidade! Vamos a eles então!

Eiichiro Oda (One Piece)

Masashi Kishimoto (Naruto)

Mitsutoshi Shimabukuro (Toriko)

Tsugumi Ohba e Takeshi Obata (Bakuman)

Yoshihiro Togashi (Hunter X Hunter)

Eu acho bem curioso ver como os autores se apresentam ao público. Espero que vocês também tenham gostado. Ah, a propósito, repararam que eu coloquei o Togashi ali na lista? É pra comemorar o retorno de Hunter X Hunter à Shonen Jump! Agora vamos torcer pra ele não entrar em hiato de novo!

E cá estou eu com um novo post sobre Bakuman! […]

Hiramaru = Toriyama = RIGHT!

E cá estou eu falando novamente de Bakuman. Espero que vocês não estejam de saco cheio, mas é algo que eu realmente gosto de fazer e espero que vocês também achem interessante.

Dessa vez vou comentar sobre algo que me chamou a atenção no capítulo 136. Nele, o editor Yoshida, responsável por Hiramaru, faz um discurso sobre o dever do editor de extrair o máximo de uma obra. Foi um bom discurso e com certeza deu um gás legal para o arco atual, mas conversando com amigos a respeito desse capítulo, chegamos a uma comparação interessante.

Quando Dragom Ball era publicado na Shonen Jump, o editor encarregado usou dessa mesma motivação para estender o mangá mais do que deveria ter estendido, pelo simples fato dele ser extremamente popular e a Jump não querer terminá-lo de jeito nenhum por achar que ele tinha ainda mais a oferecer. Contrariando, inclusive, as vontades do próprio autor, Akira Toriyama.

Aproveitando que o Toriyama foi mencionado na conversa, não pudemos deixar de compará-lo mais uma vez ao próprio Hiramaru. O personagem é conhecido por não gostar de trabalhar e por ter uma queda excessiva pelo sexo oposto. Toriyama-sensei também compartilha dessas características como sabemos. Essa relação entre editor fictício/editor real e mangaká fictício/mangaká real seria mais uma brincadeira do autor? Não seria de se espantar, dado o teor metalinguístico da série.

E vocês? O que acham? Hiramaru seria baseado realmente no Toriyama? Ou teríamos aí um pouco de Togashi também? Comentem!

E cá estou eu falando novamente de Bakuman. Espero que […]