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Ataque Cardíaco – Genshiken Cap. 62

E após o esperado, porém mesmo assim sensacional, anúncio de que Genshiken voltou a ser uma série permanente da Afternoon e não mais uma serilialização limitada, eu li esse capítulo com um sorriso de ponta a ponta. Achava que nada poderia aumentar ainda esse sorriso que deixaria o Coringa intrigado. Porém, aconteceu. Mas vamos por partes.

No capítulo desse mês, Angela volta para sua 3ª visita ao Japão. Porém, não podia ser num momento pior pois ninguém está no Genshiken. Kuchiki está concentrado criando planos mirabolantes para comprar todos os dojinshis que quer no pouco tempo que dispõe na Comiket. O resto está na casa da Ogiue ajudando-a a terminar a segunda metade do seu mangá de estreia. Ela está atrasada com o trabalho graças ao dojinshi de Full Metal Alchemist que fez para a Comiket em parceria com a Yabusaki (como visto no capítulo 61).

O problema começa quando, depois de dias e dias de trabalho ininterrupto, Hato começa a perceber que sua barba está crescendo e ele não consegue se concentrar no mangá pois não aceita isso estar acontecendo enquanto ele está vestido de mulher. Para resolver o problema, eles usam os cosplays que a Ohno deixou na casa da Ogiue (também como visto no capítulo 61). Todos então decidem entrar na festa e fazerem cosplay… inclusive a Ogiue.

Para começar, nesse capítulo ficamos sabendo do nome completo dos novos personagens: Hato Kenjirou (波戸賢二郎), Yoshitake Rika ( 吉武莉華 ) e Yajima Mirei ( 矢島美怜 ). Isso por si só já valeu a leitura. No entanto, confesso que não gostei de termos mais um capítulo centrado no Hato, ou pelo menos impulsionado por ele. Temos outros personagens tão interessantes quanto para Kio Shimoku falar sobre.

Interessante observarmos também o cosplay escolhido por Ohno para Yajima. O mais revelador e constrangedor de todos. Totalmente contra a personalidade da mesma. Dá para traçarmos um paralelo com as primeiras aparições da Ogiue. Ao vermos a Yajima usando o cosplay, percebemos que ela tem um busto bem mais avantajado que as demais e que ela usa aquelas roupas largas e masculinas para esconder o corpo por vergonha. Bem parecido com as origens da Ogiue. Proposital ou não, Yoshitake está usando um cosplay exatamente oposto. Ela, que não tem vergonha de mostrar sua feminilidade, faz cosplay de uma personagem que tem esse problema.

Os cosplays escolhidos para o Hato acabaram não adiantando para muita coisa, já que eram todos de personagens cross-dressers. Temos aí um indicativo dos “planos” da Ohno para o novo integrante. Ele seria uma espécie de substituto do Kousaka, namorado da Kasukabe, que em dado momento quebrou um galho e vestiu um cosplay feminino na Comiket intrigando a todos os presentes.

O cosplay da Sue também ficou ótimo e bem apropriado, mas nenhum deles vence do cosplay da Ogiue. E quando eu vi quase tive um ataque-cardíaco. Já não bastava o cosplay da Yoshitake, me vem esse da Ogiue. Parece que foi um capítulo direcionado a minha pessoa. Não poderia ter sido uma escolha melhor. Azusa. Sim, a Ogiue se vestiu de Azusa de K-ON. Obrigado, Kio Shimoku, por esse presente.

Vamos esperar agora mais um mês para o próximo capítulo chegar e torcer para que deixem o Hato um pouco de lado para focar na Angela que acabou de voltar ao Japão. Para terminar, fica abaixo os cosplays mostrados nesse capítulo e as personagens correspondentes. Obrigado ao Ogiue Maniax por fazer essa pesquisa.

Yajima: Yagyuu Juubee Mitsuyoshi, a voluptuosa heroína de Sekiganjuu Mitsuyoshi.

Hato: Ashikaga Yuuki, o personagem cross-dresser da sequencia de School Days, Cross Days.

Yoshitake: Kurashita Tsukimi, a adoradora de águas vivas de Kuragehime e vencedora do prêmio de melhor personagem feminino do Anikenkai Awards 2010.

Sue: O personagem principal de Comic Master J, um super-assistente.

Ogiue: Nakano Azusa, a mais novinha das integrantes do Hokagu Tea Time em K-ON!

E após o esperado, porém mesmo assim sensacional, anúncio de […]

O fim do “moe” não está tão próximo assim…

Eu já cansei de ouvir pessoas me dizendo que o moe está com os dias contatos, que já não dá mais a mesma audiência de antigamente, que não é só um anime ter temática moe que vai vender, etc. Apesar de algumas dessas coisas serem verdade, eu não posso afirmar que o fim do moe está próximo.

Antes de continuar, é valido pontuar o que é o moe que tanta gente já ouviu falar, e até usa, mas poucos sabem qual é a real ideia por trás. A palavra moe é usada nos animes e mangás quando queremos destacar algo que é precioso para nós e que nos gera uma vontade de proteger e de cuidar. Algo quase paterno ou como uma relação de irmão mais velho. Normalmente moe é usado para descrever um ideal de jovialidade e inocência feminina, mas há quem use moe para tratar de animais ou objetos bonitinhos também. Exemplos de personagens moe seriam Mikuru (Suzumiya Haruhi), Riku (DNAngel), Sakura (Sakura Card Captors) e todas as personagens de K-ON.

Dito isso, volto ao ponto onde afirmei que não posso dizer que o moe está no fim… Aconteceu hoje a final do campeonato Saimoe que todo ano elege a personagem mais moe dos animes. A vencedora de 2010 foi a guitarrista de maria-chiquinha, Azusa Nakano, de K-ON. A quantidade de sites que deram importância à essa final foi justamente o que me motivou a escrever esse post .

Em cada site que eu visitava, pelo menos uma nota tinha a respeito da final do Saimoe. O que isso mostra? Que ainda há público interessado em moe a ponto de acompanhar um campeonato realizado por um fórum japonês cujo foco é justamente isso. Enquanto o Saimoe viver, o moe nunca estará com os dias contados.

Agora, se você me perguntar se eu sou a favor dessa moetização dos animes hoje em dia, eu diria que não. Porque o problema não é o uso do moe. A ideia do moe existe há bastante tempo e é explorada pelos animes desde então. Há quem diga que a primeira personagem moe dos animes tenha sido Lum Invader de Urusei Yatsura, cujo mangá é de 78 e o anime de 81. O problema atual é a própria qualidade dos animes e de suas histórias.

As produtoras se iludiram achando que poderiam fazer qualquer porcaria que se tivesse uma personagem bonitinha venderiam horrores. Isso pode ter funcionado no início, mas era claro que não era durável. Porém, ao que parece, eles ainda não perceberam e continuam investindo mais em personagens com feições arredondadas e fofas que com uma boa história.

Não culpem o moe no lugar da incompetência de autores e produtores de mangás e animes.

Eu já cansei de ouvir pessoas me dizendo que o […]

“No, Thank You!” ou “Comentando o Final de K-ON!!”

Nada mais de chá depois da escola, K-ON!! chegou ao fim e o que mais escutei das pessoas que não gostavam da série foi “acabou o anime em que não acontecia nada”.

Concordo plenamente. K-ON é o melhor anime sobre o nada já feito. De fato, nada acontece em K-ON. E quer saber ainda mais? K-ON é cheio de clichês também! Ainda sim, foi o anime que mais me agradou nesse ano e meio em que acompanhei a vida de Yui, Mio, Mugi, Ritsu, Azusa e de suas coadjuvantes.

Clichês fazem parte da vida. O mestre não necessariamente é aquele que está sempre criando algo novo, mas sim aquele que pega o que já existe e transforma em algo único e memorável. Cada personagem em K-ON teve sua personalidade trabalhada. Com a convivência “diária” nos aproximamos de tal maneira das personagens que com a proximidade do fim praticamente esquecemos a origem comica da série para chorar junto com a Azusa em frente à graduação eminente.

E a história, você me pergunta? Como foi a história? Eu respondo: Era para ter uma história? Era a história o foco de K-ON? Não, não era. O desenvolvimento das personagens e de suas relações era muito superior a isso. Um anime realista acima de tudo. Quando jovens, quantos sonhos nós temos… inúmeros… ser jogador de futebol, astronauta, astro do rock. Elas também tinham um, o Budokan. Com o tempo, no entanto, aquele sonho foi colocado em segundo plano como o motivo para elas terem começado essa amizade tão explorada no anime.

Amizade. Essa é a palavra que define K-ON. Não é música, não é moe, mas sim amizade, relacionamentos. É sobre isso que K-ON se construiu e sua semelhança com a realidade é que o fez crescer tanto e conquistar tantos fãs. É por isso que o fim desse incrível anime é um marco. Um triste marco, sem dúvida.

Vai demorar para outro anime ocupar o espaço conquistado por K-ON em mim. Um anime que me divertia e me emocionava. Um anime que deixará músicas marcadas na minha cabeça por muito tempo. “Cagayake! Girls”, “Don’t Say ‘Lazy'”, “Listen!”, “No, Thank You!”, “U&I”…

Nunca esquecerei dos doces e chás da Mugi acompanhados de sua personalidade espontânea e inocente.

Nunca esquecerei da Yui e sua ingenuidade cativante.

Nunca esquecerei da Mio e suas inúmeras fragilidades.

Nunca esquecerei da Ritsu e sua ferocidade amável.

Nunca esquecerei da Azusa e sua motivação inabalável.

Nunca esquecerei da Ui e sua maturidade infantil.

Nunca esquecerei da Nodoka e sua serenidade e paciência.

Nunca esquecerei da Sawako e sua paradoxal personalidade inspiradora.

Nunca esquecerei da primeira apresentação ao vivo. Azul e Branco.

Nunca esquecerei da última apresentação ao vivo. Camisetas.

Nunca esquecerei do primeiro acampamento de verão.

Nunca esquecerei do Ton-chan.

Nunca esquecerei dos chaveiros.

Nunca esquecerei do Festival de Verão.

Nunca esquecerei das meninas rodando e pulando ao som da segunda abertura da segunda temporada.

Resumindo, nunca esquecerei de K-ON.

NO, THANK YOU!

Nada mais de chá depois da escola, K-ON!! chegou ao […]