Tag Archives: Avaliação

CLAMP sendo CLAMP: Gate 7 – Vol. 01

Chikahito finalmente conseguiu realizar seu desejo de viajar a Kyoto, a antiga capital do Japão. Lá ele conhece Hana, uma jovem guerreira que combate seres sobrenaturais com o auxílio de Tachibana e Sakura. Os três formam o Urashichiken Hanamachi, uma sociedade secreta cuja função é combater criaturas de outro mundo que apareçam em Kyoto.

Embora esse plot seja bem simples, duas coisas particularmente me atraíram em Gate 7:

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Chikahito finalmente conseguiu realizar seu desejo de viajar a Kyoto, […]

Avaliação: Assassination Classroom #01

Assassination Classroom, ou “Escolinha do Professor Molusco”, como tanto gosto de chamar é um dos mangás atuais de maior sucesso da Shonen Jump e chega ao Brasil pela Panini. Será que o hype em cima da série se justifica? Como ficou a edição da Panini? Vamos falar de tudo isso nessa avaliação do primeiro volume.

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Avaliando: Mangirl! – Curto e divertido com gosto de ‘quero mais’.

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Comecei a assistir Mangirl sem muitas expectativas. O que me chamou um pouco de atenção na série foi a temática rondar no mundo editorial de mangás, mas eu sabia que seria uma série moe e que teríamos garotas fofinhas fazendo coisas fofinhas e aquela ladainha de sempre. Quando vi que o Crunchyroll ia exibir, era a desculpa que faltava. Um anime curtinho (3:30 min cada episódio) a um clique de distância e sobre um assunto que eu me interesso? Era a desculpa que faltava pra dar o play.

Mangirl conta a história de um grupo de garotas que sem experiência nenhuma resolvem criar uma antologia de mangás, tal qual a Shonen Jump, Shonen Magazine, etc. É claro que elas teriam muitos desafios pela frente e nós vamos acompanhá-las no maravilho mundo editorial dos mangás.

Antes demais nada, se alguém criticou essa série falando que ela era muito fantasiosa e não retratava a realidade dos departamentos editoriais não devia nem ter começado a assistir. Quando vamos ver uma série, há um contexto. Você olha para todo o material promocional de Mangirl ou, caso não tenha visto nada, no 1º quadro do anime já dá pra saber que ele pode ser tudo, menos real.

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Deixando isso claro, vamos primeiro dizer que, como um anime de comédia, o propósito de Mangirl é fazer rir, de entreter quem está assistindo. E nisso, do meu ponto de vista, foi entregue. Nós temos situações engradas e com bom timing, e o domínio sobre o momento para se fazer as piadas se sobressai num anime com tão poucos minutos para serem trabalhados.

As personagens não são nada originais, sendo praticamente um copia e cola das personagens de K-ON. Mas isso não atrapalha a trama e o motivo é até interessante: o foco não são as meninas, mas o que elas fazem! Sim, nós temos uma história nesse anime. Sim, não são só garotas fofas fazendo coisas fofas no dia-a-dia. O anime conta a história da criação de uma revista desde a primeira reunião. E esse é o foco, do começo ao fim.

Eu estou dando destaque a isso pois eu não esperava MESMO que fosse ver um pingo de história em Mangirl. Eu achava que iria desistir no 1º episódio, mas não. O anime me surpreendeu muito positivamente. As personagens são clichês, mas quem se importa? A história tá lá e ela é interessante e divertida de se acompanhar. Claro que se você quiser assistir pelo moe, ele tá lá, mas isso não exclui quem quer ver por uma história ou por algo interessante além da fachada bonitinha. Destaque, inclusive para a meta-linguagem que encerra a série.

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São ao todo 13 episódios bem curtinhos que dão pra ser assistidos em uma tacada só sem problemas. Uma grata surpresa. Um anime que assim que eu via nas atualizações do Crunchyroll fazia questão de assistir. Diversão em formato pocket. Fiquei realmente com um gostinho de “quero mais” na boca, pronto para uma continuação. Se teremos uma ou não, só as vendas do blu-ray dirão (que por sinal virá com um episódio extra).

O que eu sei é que, apesar de não ser nada obrigatório nem brilhante, Mangirl foi divertido de assistir e, tendo em vista sua curta duração, é um ótimo drops entre um episódio ou outro de uma série maior.

Comecei a assistir Mangirl sem muitas expectativas. O que me […]

Animes, Mangás, Arte e Preconceito

Recentemente venho estudando um pouco sobre arte no geral e me deparei com o seguinte dizer que motivou todo um pensamento dando origem a esse post: “arte não tem sentido, se alguém tenta forçar um sentido à arte, ela deixa de ser arte”.

Brevemente essa afirmativa se baseia na noção de que a arte existe justamente para representar o mundo como ele é: caótico e sem sentido. É ela que irá mostrar para os seres humanos que tentam a todo momento racionalizar a realidade de que as coisas não são tão certinhas como queremos imaginar. Seria através da arte que o indivíduo veria a verdade e essa verdade é a de que não existe verdade.

Esse paradoxo pode ser um tanto confuso mas se desdobra em sentidos muito mais palpáveis para nós. Como por exemplo o que seria arte e o que não seria arte. Não existe um conceito fechado e único justamente pois isso iria contra o princípio exposto antes. Sendo assim, arte é algo individual. Algo que eu posso considerar como arte outros podem dizer o oposto. Arte não é uma coisa, mas sim um evento, um momento, uma situação. O instante com o qual você se conecta com uma obra, seja ela qual for, é nesse momento que se estabelece a arte… ou não.

Explicando de forma mais prática: quando eu leio um mangá como Monster, para mim aquilo é tão profundo e lindo que não tenho como defini-lo de outra forma a não ser como arte. Ao mesmo tempo quando eu assisto Queen’s Blade eu posso ter todo tipo de definição para aquilo… tudo menos arte. Porém, outra pessoa ao assistir às mesmas obras pode ter uma opinião totalmente contrária à minha. Podem existir pessoas que considerem Queen’s Blade como arte.

Isso acontece pois cada um de nós é um indivíduo que teve suas próprias experiências de vida, tem seus próprios pensamentos, expectativas, necessidades, etc. E ao entrarmos em contato com uma obra de arte, tentamos buscar sentido naquilo de forma a satisfazer esses aspectos de nós mesmos. Desse modo, cada experiência artística é única e nunca pode ser repetida… nem por nós mesmos. A arte que eu via em Pokémon hoje não existe mais. Eu posso ver o mesmo episódio que vi quando era criança e minha conexão com essa obra será diferente do que era no passado. Aquilo para mim era arte, hoje não é mais.

Dessa forma, chegamos ao ponto final deste post um tanto teórico, de que por ter este caráter individualista e momentâneo, a arte no geral é carregada de preconceitos. O que define um anime como bom ou como ruim? O que define um mangá como bom ou como ruim? Nós acabamos estabelecendo padrões técnicos como parâmetros para justificar essas escolhas mas todos sabemos que na verdade o que importa mesmo é nossa opinião pessoal, nosso momento, nosso contexto, nossas expectativas.

É curioso como esse conceito acaba fazendo-nos entender que nossa vida é recheada de pré-conceitos de tudo que nos cerca. Eu duvido que qualquer um de vocês nunca tenha julgado os gostos de ninguém como “fulano só vê anime de bosta de garotinhas” e por aí vai. Por que seu gosto é melhor do que o dele? Já parou para pensar que na cabeça dele o seu gosto é que é estranho? E quem está certo? Ambos!

Por essas e outras que nunca se deve apenas ver um lado de uma história. Quando você estiver procurando um anime para assistir ou um mangá para ler você não pode simplesmente jogar no Google e ler a primeira opinião que aparecer na sua frente. No mínimo leia duas ou três opiniões sobre a obra e comparando-as tire suas próprias conclusões. E se possível, leia regularmente blogs ou fóruns de animes e mangás. Você provavelmente vai encontrar alguém com um gosto parecido com o seu e dessa forma terá um parâmetro bem estabelecido para ponderar melhor as opiniões daquela pessoa.

Mas isso é assunto para um outro post que deve estar saindo em breve. Encerro este por aqui e gostaria muito de saber a opinião dos leitores sobre esse assunto tão… conceitual.

Recentemente venho estudando um pouco sobre arte no geral e […]