Category Archives: Comportamento

O fim do “moe” não está tão próximo assim…

Eu já cansei de ouvir pessoas me dizendo que o moe está com os dias contatos, que já não dá mais a mesma audiência de antigamente, que não é só um anime ter temática moe que vai vender, etc. Apesar de algumas dessas coisas serem verdade, eu não posso afirmar que o fim do moe está próximo.

Antes de continuar, é valido pontuar o que é o moe que tanta gente já ouviu falar, e até usa, mas poucos sabem qual é a real ideia por trás. A palavra moe é usada nos animes e mangás quando queremos destacar algo que é precioso para nós e que nos gera uma vontade de proteger e de cuidar. Algo quase paterno ou como uma relação de irmão mais velho. Normalmente moe é usado para descrever um ideal de jovialidade e inocência feminina, mas há quem use moe para tratar de animais ou objetos bonitinhos também. Exemplos de personagens moe seriam Mikuru (Suzumiya Haruhi), Riku (DNAngel), Sakura (Sakura Card Captors) e todas as personagens de K-ON.

Dito isso, volto ao ponto onde afirmei que não posso dizer que o moe está no fim… Aconteceu hoje a final do campeonato Saimoe que todo ano elege a personagem mais moe dos animes. A vencedora de 2010 foi a guitarrista de maria-chiquinha, Azusa Nakano, de K-ON. A quantidade de sites que deram importância à essa final foi justamente o que me motivou a escrever esse post .

Em cada site que eu visitava, pelo menos uma nota tinha a respeito da final do Saimoe. O que isso mostra? Que ainda há público interessado em moe a ponto de acompanhar um campeonato realizado por um fórum japonês cujo foco é justamente isso. Enquanto o Saimoe viver, o moe nunca estará com os dias contados.

Agora, se você me perguntar se eu sou a favor dessa moetização dos animes hoje em dia, eu diria que não. Porque o problema não é o uso do moe. A ideia do moe existe há bastante tempo e é explorada pelos animes desde então. Há quem diga que a primeira personagem moe dos animes tenha sido Lum Invader de Urusei Yatsura, cujo mangá é de 78 e o anime de 81. O problema atual é a própria qualidade dos animes e de suas histórias.

As produtoras se iludiram achando que poderiam fazer qualquer porcaria que se tivesse uma personagem bonitinha venderiam horrores. Isso pode ter funcionado no início, mas era claro que não era durável. Porém, ao que parece, eles ainda não perceberam e continuam investindo mais em personagens com feições arredondadas e fofas que com uma boa história.

Não culpem o moe no lugar da incompetência de autores e produtores de mangás e animes.

Eu já cansei de ouvir pessoas me dizendo que o […]

Kio Shimoku e o uso de pseudônimos nos mangás…

Quem acompanha meu twitter sabe que eu estou desenvolvendo um novo projeto aqui pro MBB Anikenkai e que este projeto envolve meu mangá favorito, Genshiken. Durante minha pesquisa pra iniciar o projeto, tentei me dedicar a achar o máximo de informação possível a respeito do autor do mangá, Kio Shimoku. Infelizmente, o que há disponível a seu respeito são informações bem restritas e pouco precisas. Qual o motivo disso tudo? Para quem não sabe, Kio Shimoku é um pseudônimo e sua identidade verdadeira nunca foi revelada publicamente. Isso limita, e muito, o que podemos saber sobre ele além dos mangás que fez. Foi aí que eu comecei a pensar sobre o uso constante de pseudônimos na indústria de quadrinhos japoneses.

Essa não é uma prática recente, Ozamu Tezuka, o pai do mangá, no início de sua carreira usou um pseudônimo, “Osamushi”. Parece que é uma tradição da indústria que se perpetua até hoje. Algo como o “nome artístico” dos atores e atrizes ocidentais. A diferença é que você não vê a cara deles estampada por aí em tudo com é revista. A diferença é o anonimato.

No mangá Bakuman, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, os dois personagens principais querem ser mangakas e logo tratam de arranjar um pseudônimo para assinar seus trabalhos. No caso deles, temos dois artistas transformados em um através de um pseudônimo. Em Bakuman a coisa ainda é mais interessante porque Tsugumi Ohba, responsável pela história, também é um pseudônimo. Sua real identidade, seu sexo, qualquer informação a seu respeito, é mantida em completo segredo pelo departamento editorial da Shonen Jump.

Eu entendo que alguns casos o uso de pseudônimos é válido, como por exemplo um artista que quer se renovar, mudar os rumos da sua carreira, etc., porém, o uso de pseudônimos só pelo anonimato puro e simples é extremamente prejudicial para os leitores. O autor também é parte da obra. Se não conhecemos o autor, a obra está incompleta.

Como é legal ler entrevistas, como as que eu venho postando entre Takehiko Inoue e Eiichiro Oda, conhecer mais de perto os autores das nossas obras favoritas… e olha que Takehiko Inoue é um pseudônimo! Um pseudônimo público, como os já mencionados “nomes artísticos”.

O uso de pseudônimos tem seus momentos e motivos. Não cabe a mim julgar o porquê de um autor decidir se omitir de sua obra. Só acredito que isso, tornando-se permanente, seja prejudicial para nós, os leitores e fãs de tais obras.

Até o próximo post!

Quem acompanha meu twitter sabe que eu estou desenvolvendo um […]

MBB Anikenkai LIVE! #05 – Eventos de Anime

Antes de mais nada desculpem a falta de atualização nesse final de semana, mas, além da final da Copa do Mundo, tivemos o EVO 2010, o maior torneio de jogos de luta do mundo e ele foi transmitido ao vivo então já viu, fiquei grudado neles durante todo o final de semana.

Mas agora estou de volta com mais um programa do MBB Anikenkai LIVE! Dessa vez tratando de um assunto um tanto delicado: Eventos de Anime. Não pude me prolongar muito pelo limite do tempo, mas espero que eu tenha conseguido passar minha mensagem. Não deixem de comentar.

httpv://www.youtube.com/watch?v=yZyukBBqfzk

Programa semanal sobre animes, mangás e nerdíces nipônicas em geral. O programa é apresentado por Diogo Prado, autor do blog MBB Anikenkai ( http://www.mbbanikenkai.com )

Nesse programa:

– EVENTOS DE ANIME

Até o próximo programa!

Antes de mais nada desculpem a falta de atualização nesse […]

“I don’t have a single piece of regular porn” – Madarame

Madarame é o meu personagem masculino favorito em Genshiken. Os motivos variam bastante e, ao invés de enumerá-los aqui, mostrarei para vocês quem é Harunobu Madarame.

Madarame não era o presidente do Genshiken quando Sasahara entrou no clube, porém, agia como tal e, de fato, poderíamos chamá-lo de presidente moral. Afinal, ele é a essência do otaku em carne e osso. Carinhosamente categorizado como um otaku militar por seu fator hardcore ser elevado, Madarame vivia para seu hobby. Muitas vezes estava sem dinheiro, não porque tinha pouco, mas sim porque gastava muito com dojinshis e outras otakuzices.

Muitas de suas ações se tornaram amplamente conhecidas no fandom, como a frase no título do post que, se você não entende inglês, significa “eu não tenho um único exemplar de pornô tradicional (não-hentai)”. Outra participação sua ganhou vida fora das páginas do gibi: a explicação sobre como é natural o ser humano se excitar assistindo a pornô 2D ainda é usada por muitos otakus que discutem hentai por aí.

Madarame pouco “evoluiu” se tratando de sua otakuzice, porém, como pessoa a história é diferente. Convivendo diariamente com Kasukabe e tendo seu estilo de vida confrontado e tendo que muitas vezes fazer coisas contra sua vontade, como quando ela o obrigou a ir comprar roupas novas e mais estilosas, Madarame aprendeu bastante.

Essa convivência acabou despertando certos sentimentos por ela que, por causa de sua timidez, teve que guardar para si. Essa relação, apesar de nunca ter se concretizado e não ser recíproco, rendeu bons frutos para ambos e é um dos motores de toda a história.

Harunobu Madarame é um personagem divertido e interessante de acompanhar. Ele é bem seguro quanto a suas idéias, mas ainda assim costuma escutar os outros e tenta, na medida do possível, conversar quando contrariado. Ainda assim, Madarame é muito ligado ao Genshiken e, mesmo tendo se formado, continuou visitando o clube já que conseguiu um trabalho bem perto da universidade.

Se você está ainda mais interessado no Madarame, não deixe de ler esse post que escrevi sobre “Os Dez Mandamentos do Otaku”.

Até o próximo post!

Madarame é o meu personagem masculino favorito em Genshiken. Os […]

O desenvolvimento de Kanji Sasahara

Depois do post inicial sobre Genshiken, achei que seria legal começar uma sequência de análises de alguns dos principais personagens. A idéia me veio à cabeça pois vi que, através do estudo, se é que posso chamar assim, em cima desses personagens os leitores poderiam fazer uma análise de si mesmos e de sua relação com seu hobby.

Kanji Sasahara, antes de entrar na universidade, vivia longe dos grandes centros do Japão. Seu acesso a animes, mangás e otakuzices em geral era limitado. Ele nunca havia visitado Tóquio, tido um computador próprio ou comprado um dojinshi. Quanto a sua relação com outros otakus, apesar do mangá não deixar claro, há a idéia de que ele era isolado em seu hobby e não compartilhava seus gostos com seus colegas. Esse pode ter sido um dos motivos de Sasahara ter se tornado um garoto muito reservado e calado.

Quando entra na faculdade e visita a Feira de Clubes (onde os clubes da universidade se apresentam para os calouros), Sasahara hesita bastante antes de dar uma olhada no Genshiken e, mesmo depois de visitar o estande do clube, demora algumas semanas para efetivamente visitar a sala do grupo. Tal atitude só mostra como o personagem era inseguro com relação a si mesmo.

No decorrer da série, no entanto, após começar a frequentar o Genshiken, Sasahara passa a ficar mais confiante e se aceitar como otaku. Porém, a mudança não ocorre de imediato, ela é gradual e a cada capítulo podemos observar seu desenvolvimento. Em pontos como esse que percebemos a excepcional competência narrativa de Kio Shimoku (autor de Genshiken).

No início de sua convivência com os outros membros, ele sempre se via em situações que tinha que optar ou por continuar calado e fechado  ou por aproveitar as oportunidades do momento. Essas constantes indagações começaram a fazer com que ele percebesse que não precisava se esconder dos outros pois eles não passavam de otakus como ele. Essa epifania já ocorre logo no primeiro volume e dá início a uma série de mudanças que se potencializam quando Sasahara se torna o 3º presidente do Genshiken.

Quando Sasahara aceita a proposta de se tornar presidente vinda de Madarame, ele passa para uma segunda fase de sua vida onde não só vai ganhar mais confiança, mas como também desenvolverá uma força de vontade que nem ele sabia possuir.

No decorrer da série, Sasahara acaba conseguindo um emprego como editor de mangás, fruto de seu empenho na produção do primeiro dojinshi do clube durante sua presidência, e também consegue estabelecer um relacionamento amoroso com Ogiue. Nesse ponto, vale observar que Sasahara já não é mais o mesmo personagem do início do mangá. Autoconfiante, entusiasmado, ativo, responsável, sua relação com a Ogiue é a maior prova disso. Sua maturidade em relação a si mesmo faz com que ele consiga lidar com os problemas dela e entendê-la de uma maneira que só ele conseguiria.

Os capítulos finais, focados no relacionamento entre os dois, são uma das melhores sequências que eu já vi em um mangá. Durante toda a série, Sasahara é o personagem com que o leitor acaba tendo mais intimidade. É através do olhar dele que a história se desenvolve, nos permitindo acompanhar de perto esse desenvolvimento.

Esse é só um dos pontos que fazem Genshiken ser uma das minhas séries favoritas e uma das minhas maiores influencias na maneira como penso a respeito do meu hobby. A relação de seus personagens com nós, otakus da realidade, é inevitável e isso só torna a história ainda mais interessante.

Não deixem de comentar e até o próximo post!

Depois do post inicial sobre Genshiken, achei que seria legal […]

Legal, Japão, mas nós já conhecemos Dragon Ball…

Olá, queridos leitores. Estava eu lendo meus feeds matinais quando me deparo com essa notícia do Anime News Network: Ao que parece a Universidade Politécnica de Tóquio realizou uma pesquisa sobre o “Cool Japan”, que nada mais é do que o nome dado para o que os japoneses consideram como partes interessantes de sua cultura para mostrar para o mundo. Pois bem, até aí uma pesquisa normal. Porém, o resultado é que foi um tanto quanto inesperado.

Quando perguntados que séries os japoneses achariam melhor para mostrar ao mundo, a resposta da maioria foi nada mais nada menos que Dragon Ball! Ok… vamos com calma…

Amigos japoneses, venho por meio desta dizer que o mundo já conhece Dragon Ball há anos.

Att.,

Diogo Prado – MBB Anikenkai.

Apesar do aparente equivoco dos japoneses com relação ao que acontece com o resto do mundo, a pesquisa tem uns números bem interessantes pois não foram só otakus que responderam. Vale a pena ver como, apesar do preconceito, a sociedade japonesa considera animes e mangás como parte importante de sua cultura.

Até o próximo post.

Olá, queridos leitores. Estava eu lendo meus feeds matinais quando […]

Os Dez Mandamentos dos Otakus (por Madarame)

Para quem ainda não sabe, eu sou fã de Genshiken e recentemente adquiri a versão americana do databook da série. Dentre um monte de curiosidades interessantes destaca-se um capítulo chamado Os Dez Mandamentos dos Otakus (por Madarame). Nesse capítulo o uber-otaku Madarame nos mostra as diretrizes de com ser um verdadeiro otaku. Enquanto eu lia e me divertia lembrando dos momentos citados percebi que muitos ali poderiam ser aplicados a nós, Otakus ocidentais.

Um dos motivos pelos quais criei o MBB Anikenkai foi justamente para ter um lugar onde poderia construir uma análise do fandom ocidental, traçar seu perfil e entender sua dinâmica enquanto grupo. Sendo assim, não podia deixar passar essa oportunidade e daí surgiu a idéia para esse post. Analisar esses “10 mandamentos” de uma perspectiva ocidental e não oriental como no databook.

01. Quando estiver comprando fanzines, não olhe para o preço.

Bem, nós raramente compramos fanzines. Sejam eles fanzines adultos ou não. Porém, a idéia desse mandamento é a de que quando estiver comprando algo relacionado a seu hobby, não se importe com o preço. Nem que lhe sobre pouco para o resto, o seu hobby merece prioridade. Digo por experiência própria que já deixei de sair a noite ou comer fora pois tinha gastado meu dinheiro com gibis, video-games, DVDs/BluRays e coisas do gênero. Sei que muitos otakus ocidentais fazem o mesmo pois é uma simples questão de prioridades. O que é mais importante pra você? Sair todo fim de semana ou comprar o blu-ray importado do último filme de Evangelion?

02. Eu não tenho um único exemplar de pornô normal.

Esse mandamento veio da célebre frase de Madarame quando perguntado se ele tinha algo além de hentais. Nesse ponto nem temos como comparar. Os otakus japoneses levam tão a sério seu hobby que deixam de enxergar o mundo a sua volta chegando a casos extremos de só sentirem atração por personagens 2D (como gostam de chamar as personagens de animes e mangás).

03. Aquele é o salão principal. Lá é o nosso campo de batalha.

Apesar de não termos eventos como a Comic Fest e termos que brigar pelos fanzines mais populares, todo otaku/nerd/geek que se preze sente-se realizado por conquistar um item raro para sua coleção ou até mesmo estar na fila para ser um dos primeiros a por as mãos em um novo jogo. Novamente por experiência própria, posso afirmar isso. Lembro detalhadamente de como foi estar em Nova York no dia de lançamento de Street Fighter IV, ter ficado na fila e poder dizer que fui um dos primeiros a colocar as mãos no jogo.

04. Certo… eu tenho que fazer o que eu tenho que fazer.

Um complemento do mandamento anterior. Nossas coleções são uma extensão de nós mesmos, por isso damos valor e lutamos por novos itens. Passamos frio, fome, sono… tudo para ter aquele gostinho de conseguir o que queríamos.

05. Compre agora, pense depois.

Uma verdade universal. Quantas vezes já não fizemos aquela compra online que quando chegou a fatura do cartão ficamos desesperados para arranjar um meio para pagar? Perdi a conta. Nesse ponto não somos nada diferentes dos otakus japoneses. É melhor ter que lutar pra conseguir pagar a fatura do cartão do que se arrepender de ter perdido uma ótima compra.

06. Se eu não fizer, vou sentir como se tivesse fracassado.

Esse é um mandamento bem específico da série. Quando Madarame percebe um pêlo saindo do nariz de Kasukabe ele tem que superar todos os seus medos e se comunicar normalmente com uma garota. Apesar de sermos otakus muito mais sociáveis que nossos companheiros nipônicos, ainda encaramos muitos problemas por causa de nosso hobby como por exemplo explicar para a namorada que não irá sair com ela pois vai ficar jogando video-game online com seus amigos, ou explicar o porque de você comprar gibis com mulheres peitudas se você tem ela alí disponível pra você. Coisas que em qualquer lugar do mundo parece super-normal para nós mas que nunca entrarão na cabeça de nossas mulheres.

07. Ele não para quando está falando sobre isso.

Algum amigo civil (não-nerd/não-otaku) já te perguntou sobre animes, ou games, ou mangás, ou seja lá o que for parte da cultura pop? Você acabou se empolgando mais do que devia e falando mais do que seu amigo esperava ouvir? Pois saiba que isso é normal. Nós gostamos de falar de nosso hobby. Seja aqui ou seja no Japão, é normal nós nos empolgarmos quando falamos do que gostamos. Um surfista adora falar sobre surf. Um skatista adora falar sobre skate. Um otaku adora falar sobre otakuzices, oras.

08. Eu ficarei tão envergonhado se aparecer na Comic-Fest bronzeado.

Aqui não tem como fazer um paralelo. É realmente um mandamento japonês. Trata sobre o fato dos otakus viverem tanto para seu hobby que dedicar tempo para cuidar de sua aparência chega a ser motivo de piada entre os outros otakus. Por aqui nunca vi isso acontecer e espero nunca ver. Amigos otakus e leitores deste blog, cuidem bem de sua saúde e de sua aparência.

09. Você não pode tentar ser um otaku. Você simplesmente acorda um dia e percebe que é um.

A verdade universal dos otakus. Nerds de verdade são aqueles que não fizeram nada para serem, apenas o são. Você não escolhe ser um otaku, você simplesmente é um. Com essa nova onda nerd-chic que vem aparecendo no mundo ocidental, onde ser nerd tá na moda, acaba por atrair pessoas interessadas em “se tornar” um. Um pecado. Nerds são nerds porque são nerds. Vários acontecimentos em nossas vidas nos transformaram no que somos hoje. Por isso não adianta tentar ser uma coisa que não é. Fica a mensagem.

10. O ar aqui está rarefeito demais para um otaku como eu. Eu vou ficar maluco! Vou morrer por falta de oxigênio.

A frase acima foi dita por Madarame quando este estava fazendo compras em Shibuya e Harajuko, centros da moda japonesa. Lugar proibido para um otaku como ele… e como nós também! Se tem uma coisa que eu não suporto são lojas de roupa! Seja a falsidade das vendedoras ou os preços exorbitantes, eu não consigo ficar muito tempo em uma delas. Quando vou comprar uma roupa, entro na loja, dou uma olhada eu mesmo, se eu gostar de algo peço pro vendedor pegar meu número, experimento, se gostar eu compro se não devolvo. Nada mais que isso. Sou só eu? Acho que não.

Pois bem, esses são os Dez Mandamentos presentes no databook de Genshiken e aqui comentados por mim. O post já está gigantesco por isso vou parando por aqui. Comentários são sempre bem vindos.

Até o próximo post.

Para quem ainda não sabe, eu sou fã de Genshiken […]

Animes Comerciais Também Têm O Seu Valor

Antes de começar, gostaria de deixar claro o que eu considero como anime comercial, pois todo anime é comercial na essência da palavra. Todo estúdio produz um anime visando lucro para si. Neste post, levarei em conta os animes que são  os responsáveis por divulgar um produto prévio já a venda. Normalmente o produto é o centro da série ou o motivo de sua história. Não entrará nesse post animes como Naruto que, por seguir certos clichês, muitos consideram como comerciais. Tendo dito isso, vamos ao que interessa.

Pokemon, Bey Blade, Bakugan, Yu Gi Oh (e suas variantes)… todos esses são animes que logo me vêm a cabeça quando penso em animes comerciais. E logo depois vem uma enxurrada de críticas que já li, vi e ouvi mundo a fora. Porém, recentemente tenho voltado minha cabeça para uma análise interessante desse tipo de anime. Eles cumprem muito bem seu papel de entreter seu público alvo.

Você, camarada de 30 anos, que resolveu pegar uns 10 episódios de Bakugan pra ver e saiu pelos mais variados fóruns detonando o anime, dizendo que é coisa de retardado e daí pra baixo, saiba que a série não foi feita pensando em você como espectador. O público alvo da séries citadas acima são as crianças e é curioso ver como as pessoas que as criticam em momento algum se colocam no papel deste público alvo.

Se eu sair na rua e perguntar para uma criança se ela assiste e gosta de Bakugan, há grandes chances de eu obter uma resposta positiva. Antes de criticarmos algo deveríamos pensar no motivo para o qual este algo foi feito.

Quando criança eu adorava jogar Pokemon no Gameboy e adorava mais ainda ver as aventuras do Ash diariamente na televisão. Fica colado na banca esperando a próxima edição da Pokemon Club sair. Ficava babando com os Pokecenters (lojas especializadas em vender TUDO relacionado a Pokemon) que só tinham no Japão e nos EUA. Todo esse mundo criado em volta do meu joguinho favorito só tornava a coisa ainda mais mágica na minha cabeça.

Não estou aqui defendendo consumismo ou alienação como muito de vocês devem estar pensando, mas estou defendendo o entretenimento. Você sabe porque as crianças se divertem tanto assistindo a esses animes? Porque elas não se importam com o resto. Elas só se importam para a diversão que estão tendo assistindo aquilo e podendo usufruir do que assistem na vida real.

Esse assunto é delicado, envolve muitos outros fatores além do que um simples post pode trazer, mas vale a pena pensarmos que muitas vezes não gostamos de algo porque estamos “pensando demais”.

Até o próximo post. Comentários a respeito são sempre bem vindos.

Antes de começar, gostaria de deixar claro o que eu […]

Quando As Coisas Passam Do Limite

Todos sabemos que os animes nunca estiveram tão presentes em todo o mundo como estão hoje em dia e que é um hobby muito divertido e recompensador de se manter. Porém, infelizmente sabemos também que é um hobby que, em seu país de origem, acaba por ser visto como algo doentio e socialmente repulsivo. Muito desse sentimento é por puro preconceito e falta de conhecimento, mas certos comportamentos de certos otakus japoneses não ajudam na melhoria dessa imagem.

Um exemplo foram os motivos que levaram a Hyogo Kenritsu Nishinomiya Kita High School a postar uma nota em seu site alertando que a invasão da propriedade da escola é crime e que a escola vai começar a registrar queixa na polícia sobre os invasores.

Para quem ainda não entendeu, a escola mencionada acima foi usada como base para a produção do anime Suzumiya Haruhi no Yuutsu do estúdio Kyoto Animation (aka KyoAni). Sim, é exatamente essa escola que é frequentada pelos membros do SOS-Dan. Imagens comparativas como as acima podem ser encontradas no Kanai Sōja@rNote blog.

A escola ainda diz que tirar fotos de seu exterior é uma prática tolerável, mas quando certas pessoas começam a invadi-la em busca de fotos de suas instalações internas, isso se torna crime. Invasão de propriedade privada para ser mais exato, passível de prisão.

Estando em todo o seu direito, é impressionante a escola ter que chegar a esse ponto para os otakus perceberem que estão fazendo algo errado. Não nego que, se eu estivesse no Japão e perto do local também gostaria de conhecer como fã do anime, mas nunca pensaria em entrar na escola sem permissão.

Temos que tomar cuidado com o modo como levamos os nossos hobbys. Sejam eles animes ou qualquer outra coisa. Eles são uma parte importante das nossas vidas sem dúvida, mas nunca devemos exagerar.

Para fechar o post, fiquem com um clip feito pela dubladora da Yuki, Minori Chirara, usando como locação a escola de verdade:

Todos sabemos que os animes nunca estiveram tão presentes em […]