Category Archives: Bakuman

A vida imita a arte… ou o Ohba é um fanfarrão…

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos spoilers do mangá de Bakuman. Continuem lendo por sua conta e risco.

É de conhecimento geral que Ohba Tsugumi e Takeshi Obata se inspiraram em Mitsutoshi Shimabukuro, autor do mangá Toriko, para criar o visual do personagem Niizuma Eiji (como podem ver na imagem acima). O que não muitos sabem, no entando, é que a personalidade do personagem tem forte influencia de outro mangaka, Eiichiro Oda, autor de One Piece (o camarada da foto no final do post). Mas porque isso motivaria um post nesse momento?

Bem, se você está acompanhando os ToCs que estou postando aqui no blog, sabe que o mangá Toriko conquistou por duas semanas seguidas o primeiro lugar, ficando na frente, inclusive, do próprio One Piece. O sucesso do mangá por si só já renderia um post, mas a coisa ficou mais curiosa ainda quando dentro da história do mangá, Eiji vem conseguindo faturar o primeiro lugar também em semanas consecutivas com sua meta-série Crow.

As posições no ToC da Shonen Jump são reflexos dos rankings de popularidade de oito capítulos atrás das séries. Há aí um buraco de dois meses (já que a revista é semanal). Sendo assim, o que pode ser uma mera coincidência de tanto Eiji quanto sua contra-parte visual no mundo real, Shimabukuro, terem conquistado o primeiro lugar por semanas seguidas ao mesmo tempo, também pode ser um plano do escritor, Ohba. Tempo para desenvolver a “coincidência” ele teria.

Ele gosta de brincar com esse tipo de coisa. Existem incansáveis referencias em Bakuman de eventos que aconteceram no mundo real. Seus personagens tem claras inspirações em figuras do mundo real. Por que dessa vez seria diferente? Existe coincidências na cabeça de Tsugumi Ohba? O que não podemos negar é que ele é um fanfarrão e que deve estar se divertindo muito com essa “coincidência”.

Eu sou do time que acredita que o Ohba tá realmente brincando com tudo isso. E vocês, o que acham?

Este é um post curto, porém pode conter alguns pequenos […]

Bebê a bordo? Será?

ATENÇÃO! Esse post pode conter spoilers para quem não está acompanhando os últimos capítulos do mangá BAKUMAN. Se você só acompanha a história pelo anime ou pela publicação americana, continue lendo sabendo dessa possibilidade.

Cá estou eu com mais um post sobre Bakuman. E dessa vez, vim para falar de um boato que, pessoalmente falando, só falta a palavra oficial do autor para se tornar verdade.

Quem lê o mangá com um mínimo de atenção aos detalhes sabe que tem algo de estranho rolando com a Kaya, a mulher do Takagi. Desde o capítulo 130 (comentado por mim nesse post) ela vem apresentando dores de cabeça, enjoo, fome excessiva e etc. Ora, Bakuman é uma série baseada na realidade. Não é um mundo inventado e os personagens não são aliens, monstros ou seres transdimensionais. Eles são humanos. E quando uma mulher fica enjoada, tem dores de cabeça, cansaço e muita fome, o que é bem provável de estar acontecendo?

Isso mesmo, caro leitor. Kaya está grávida.

Como eu disse, nada de oficial foi falado a respeito disso mas convenhamos. Ela está grávida. Para dar base à minha teoria, vamos à algumas das aparições da Kaya nos capítulos 130 e 131:

Para começar temos a imagem que abriu esse post. Nessa cena, Takagi liga para Mashiro para dizer que não iria ao encontro dos ex-alunos porque a Kaya estava doente. É a primeira vez que a vemos nessa situação.

Isso poderia ser uma doença como outra qualquer, mas mais tarde no mesmo capítulo…

Takagi volta pra casa e encontra Kaya comendo um MEGAPOTE de arroz e um outro pote de alguma outra comida. Ele se surpreende com a “vitalidade” da moça depois do seu estado anterior.

Durante o capítulo 131…

Kaya aparece no escritório do Takagi dizendo que está indo pra cama pois está se sentindo bem cansada, mesmo não sendo tão tarde assim. Ela também diz que não está se sentindo muito bem.

A cena continua com Takagi indagando Kaya sobre o caso deles terem um filho, como seria se ele imitasse o que se passa em PCP, o mangá que Takagi escreve, sobre “pequenas pegadinhas” que um grupo de crianças faz na escola. Essa cena mostra como o tema, “filho”, existe sim. Pode ser claramente uma dica do autor de que tem algo acontecendo.

A resposta para esse mistério só saberemos nos próximos capítulos, mas os indícios são bem claros. Pessoalmente acho bem interessante que Bakuman aborde esses temas. É impressionante como no começo, nós tínhamos Takagi e Mashiro com 15 anos cada e agora estamos aí com Takagi casado e a ponto de ter um filho. Mas deixo para comentar isso quando tivermos a confirmação.

E vocês o que acham disso tudo?

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Como influenciar uma geração – Bakuman

Olá a todos. Antes de começar, não pretendo aqui criar uma coluna para falar semanalmente dos capítulos de Bakuman. O meu objetivo aqui é falar sobre algo que me chamou bastante a atenção no capítulo 130. Podem ficar tranquilos que também tentarei evitar ao máximo spoilers para quem só está acompanhando pelo anime.

Tendo dito isso, vamos a um panorama geral do capítulo: Mashiro acaba indo sem Takagi ao encontro de ex-alunos da sua turma. Ao chegar lá, ele se surpreende como todos sabem de seu trabalho como mangaka e se surpreende mais ainda quando vê a visão que eles tem do que é um mangaka.

Os amigos de Mashiro querem autógrafos, ficam venerando como é legal trabalhar com o que gosta e quanto dinheiro ele deve estar fazendo e como ele deve estar aproveitando a vida. Porém, Mashiro os mostra uma faceta não tão floreada do seu trabalho. E durante suas explicações ele lembra da conversa entre Nakai e Hiramaru sobre como é difícil ser um mangaka. Como é uma profissão sem segurança nenhuma, que não existe plano de futuro e onde se trabalha muito para tentar chegar onde poucos chegam, que é a publicação. Minhas observações começam nesse ponto, quando Mashiro está refletindo sobre sua profissão.

Muitos leitores de Bakuman com certeza sonham em um dia se tornarem mangakas profissionais. Não digo nós ocidentais, nem os adultos que leem a série, mas sim o público-alvo da Shonen Jum, as crianças. Muitos deles preenchem redações de escola com sonhos e mais sonhos de um dia se tornarem um Eiichiro Oda da vida. Porém um capítulo como esse mostra que nem tudo são flores. Que a vida de um mangaka é muito dura. É preciso muito trabalho e dedicação. Tal lição pode ser aplicada a qualquer profissão ou a qualquer objetivo. Se você quer muito uma coisa, você tem que brigar por ela. Nada cai de para-quedas na sua mão. Os grandes gênios são poucos, aqueles que sem muito esforço fazem coisas magnificas. Para a maioria das pessoas, as suas conquistas são frutos de muito trabalho.

O capítulo continua mostrando Mashiro indo embora enquanto seus amigos vão continuar festejando madrugada a dentro. Na volta, Mashiro encontra Takagi, que se lamenta por ter perdido a festa. E lá, Mashiro parte pra outra análise da situação. Eles entregaram a infância ao trabalho deles. Eles não saíram com amigos, não foram a inúmeras festas, não namoraram várias garotas, não viajaram para as montanhas ou para a praia. A juventude deles era o trabalho deles. E lá estava ele se indagando se aquilo foi o certo a fazer.

É aí então que Takagi pega um dialogo do mangá favorito de Mashiro, Ashita no Joe, que diz:

— “Jovens na sua idade estão indo para a praia, para as montanhas, saindo com suas namoradas, esbanjando sua juventude…”

— “Pode ser um pouco diferente do tipo de juventude que você está falando em esbanjar, mas eu senti muitas vezes uma boa dose de satisfação nesse ringue. Eu não fico o tempo todo no fogo em brasa como esses caras. Mesmo que seja por um momento, eu vou brilhar tão forte e num fogo tão vermelho que eu vou deslumbrar todo mundo. E tudo que sobrar depois serão apenas cinzas…”

Essa citação foi feita enquanto Mashiro olhava para suas mãos fortemente calejadas e sujas de tinta. E a conclusão que eles chegam é que valeu a pena seguir no sonho deles e chegarem aonde chegaram. Mesmo ainda faltando muito para alcançarem todos seus objetivos, eles estão orgulhosos e satisfeitos com o enorme esforço e os sacrifícios que fizeram. Se para mim, um jovem adulto, a cena da mão do Mashiro foi chocante e inesperada, para uma criança deve ter sido ainda mais impactante. O artista, Takeshi Obata, a desenhou com extremo detalhamento. Cheia de manchas e calos de tanto desenho.

Bakuman é acusado por alguns de ser muito leve e dar uma romantizada na vida dos mangakas. Porém, capítulos como esse mostram que as coisas não são bem assim. Que há muito sacrifício a ser feito e que os leitores, que o público-alvo, que as crianças devem saber que as coisas não são fáceis. Que no mundo de hoje as pessoas precisam lutar muito para alcançarem seus sonhos. Sejam eles se tornar um grande juiz, um jogador de futebol, astronauta, comprar um carro, ou quem sabe fazer mangá. Tudo tem seu preço, sua dose de sacrifício. Nada vem de graça.

Fico muito feliz que existam mangás assim ainda hoje em dia. Mangás que não estão ali só para entreter, mas para passar uma mensagem. Se Ashita no Joe foi tão importante na infância do personagem Mashiro, Bakuman está sendo muito importante para as crianças de hoje em dia. Tem diversão, tem brincadeira, mas também tem uma mensagem séria sendo passada.

Olá a todos. Antes de começar, não pretendo aqui criar […]

18º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá a todos e sejam bem vindos ao 18º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”. No nosso último encontro eu falei sobre os problemas que a montagem dos episódios 18 e 19 causou no entendimento da situação retratada. Mas no encontro de hoje, nós vamos falar dos episódios 20 e 21, onde o mangá foi seguido a risca.

No episódio 20 Mashiro e Takagi voltam a trabalhar juntos, agora focados em desenvolver o personagem criado por Mashiro, o Detetive Trap. Miyoshi decide ajudar também fazendo resumos de infinitos filmes de mistério que Hattori enviou para Takagi estudar. A dupla consegue finalizar 10 capítulos e os mostra para Hattori que, surpreendido pela astúcia dos meninos decide ir adiante com a idéia da serialização. Mas para isso, eles teriam que fazer um one-shot para a “Gold Future Cup” (uma disputa entre one-shots de diversos mangakas amadores) e se dar bem nos questionários. Além disso, precisariam fazer um capítulo novo a cada duas semanas, mostrá-los para Hattori e discutir o capítulo seguinte, simulando um cenário de serialização. Ao final do episódio, Mashiro e Takagi descobrem que Fukuda também está tentando entrar na “Gold Future Cup” e que não vai deixar fácil para os concorrentes.

No episódio 21, após saberem que foram selecionados para serem publicados na Jump, os meninos seguem com os capítulos pedidos por Hattori. Em uma visita à Yueisha (sim, é Shueisha, mas eles chamam de Yueisha no anime, se você não se lembra), Mashiro e Takagi encontram com Nakai conversando com a vencedora do último torneio para roteiristas da Jack (sim, é a Jump, mas eles chamam de Jack no animes, se você não se lembra), Aoki Ko. Lá, descobrem que essa dupla também está na “Gold Future Cup” e que serão fortes concorrentes com um excelente roteiro de Aoki e com a arte impecável de Nakai. Hattori finalmente aceita o fato de que Ashirogi está pronto para uma serialização séria e pede que os meninos foquem na “Cup” agora e esperem o resultado. Ao final do episódio, conhecemos o personagem Koogy, um músico que decidiu começar no mundo dos mangás e pensa em usar sua popularidade e seus fãs para ganhar a “Cup” com seu mangá “Colorfusical”. Os outros mangakas então decide tomar uma ação e vão até a Yueisha protestar contra tal ato!

Fiquei feliz com esses dois episódios. Digo isso porque, como mencionei na introdução, eles seguiram bem a risca o mangá. Sem tirar nem pôr. Gosto quando eles fazem essas coisas e pelo visto, eles devem seguir assim até o episódio 25, sem mais mudanças doidas nas composições dos episódios ou na ordem de cenas. Afirmo porque cada vez mais parece que eles terminarão exatamente ao final dos eventos do volume 4, que não direi aqui para não estragar a surpresa dos que estão assistindo ao anime.

Tivemos a apresentação da personagem Aoki Ko, extremamente esnobe e “do-contra”, se podemos dizer assim. Acho interessante a maneira como o autor decidiu apresentar a personagem. Ela, sem dúvida foi uma das personagens que mais evoluiu no decorrer da série e acho uma pena o pessoal que acompanha pelo anime ter que esperar até a próxima temporada para ver isso. Essa união dela com o Nakai ainda vai render muita coisa para a história de Bakuman… se vai. Nakai é um personagem que hoje tem uma recepção de “ame ou odeie”, quem tem percepção aguçada já notou alguns problemas só pela conversa dele com Ashirogi na presença da Aoki.

Koogy é um bostão… digo que até hoje foi um dos piores personagens já criado pelo Ohba. Eu sei que ele tinha algo a dizer com o personagem e tudo mais, mas a maneira como foi colocado não agradou. No anime, se você perceber, ele aparece desde os primeiros episódios. Em pôsters, CDs, comentários aleatórios, etc. Isso torna a presença dele algo até certo ponto interessante para quem acompanha só pelo anime. Pareceu algo natural. No mangá, a coisa foi meio jogada. Mas como é do Ohba que estamos falando, é bem provável que o Koogy tenha uma participação ainda no futuro da série. Vai saber.

Eu também fico curioso pelo trabalho que a dubladora da Miho, Saori Hayami. Na vida real ela sabe cantar… e bem! Mas no anime, ela tem que fazer uma menina que não sabe cantar tão bem. Deve ser bem estranho. Mas ela até que conseguiu se virar bem.

Ah, mais uma curiosidade “animeXmanga”, na hora em que Mashiro, Takagi e Miyoshi estão assistindo a apresentação da Miho (episódio 20), eu estava esperando para ver como iriam colocar as roupas da Miho e, por incrível que pareça, eles suavizaram, mesmo mantendo o comentário que Takagi faz a respeito das saias curtas. Eles realmente estão querendo agradar ao público feminino que vê o anime. Mas para os curiosos de plantão, a comparação…

Até o próximo encontro!

Olá a todos e sejam bem vindos ao 18º encontro […]

Rapidinhas #12 – A face de Ohba Tsugumi

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é o autor de dois grandes mangás de sucesso: Death Note e Bakuman. Porém, até pouco tempo atrás sua identidade era desconhecida do grande público. No entando, para quem acompanha o Anikenkai e, mais precisamente, para quem ouviu o último Anikencast, ele não é mais um mistério. Ohba Tsugumi é o pseudônimo de Gamou Hiroshi, autor da famosa série cômica do passado, Tottemo! Luckyman. Apesar de saberem sua identidade, poucos sabem como é a sua cara.

Quem acompanha Bakuman, sabe que a Jump realiza festas de ano novo com seus autores que estão sendo publicados. E até a década de noventa, era bem comum eles todos tirarem uma foto comemorativa que estamparia a capa de uma edição da revista. Isso até 1997 quando essa prática foi extinta. E foi justamente no ano novo de 1996-1997, na última foto comemorativa, que lá estava ele, Gamou Hiroshi.

Sem mais delongas…

Agradecimento especial ao meu amigo @XILFX por ter me mandado essa reprodução da capa.

Ohba Tsugumi, em parceria com o desenhista Obata Takeshi, é […]

17º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá e sejam bem vindos a mais um encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”! Eu decidi adotar de vez esse esquema de comentar dois episódios por vez ao invés de um. Acho que dessa maneira dá pra analisar melhor o andamento de certas coisas e não há risco de se ter um encontro que se resumirá basicamente a uma sinopse do que aconteceu no episódio em questão.

Por isso, vamos ao que interessa… episódios 18 e 19!

Ao terminar de ver o episódio 18, com o Mashiro descobrindo que o Takagi não tinha feito nada ainda, seguindo-se pela discussão a respeito da “vida amorosa” de ambos, fiquei com um gosto amargo na boca. Não porque eu não esperava por aquilo, afinal já tinha lido no mangá, mas a maneira como foi tratada me deixou um tanto irritado.

Para começar, há de se convir que o Takagi foi o vilão da história. Que ele atacou o Mashiro gratuitamente mesmo estando diante de sua própria incompetência. Porém, a questão é que Tsugumi Ohba, ao escrever o mangá, não queria deixar o Takagi como vilão. Um pequeno quadrinho foi adicionado ao final do capitulo 25, também final do volume 3. Vou tomar a liberdade de traduzi-lo e colocá-lo abaixo…

Takagi: Miyoshi, é melhor você não falar para a Azuki ou para o Saiko que eu to fazendo um mangá de mistério ao invés de um de batalha.
Miyoshi: Como assim?
Takagi: Ele está tão determinado a fazer um mangá de batalha, mas se eu aparecer com um excelente mangá de mistério, mesmo ele ficará convencido. Eu tenho que escrever algo que o convença. Eu não sou bom em mangás de batalha.
Takagi: Mas será que eu consigo fazer isso em dois dias?

Colocando essa cena ao final do capítulo, o autor mostra que o Takagi não foi o vilão da história, ele só estava querendo fazer o melhor e o espectador logo saca que os dois estão em sincronia porque ambos pensaram da mesma maneira… nada de mangá de batalha. Isso torna a cena com Hattori no episódio (e capítulo) seguinte, muito mais interessante.

No episódio 19, Hattori tenta ajeitar as coisas e percebe que ambos estão trabalhando na mesma linha. Ao final, os dois se falam e logo se juntam. No anime, isso pareceu meio sem lógica e isso foi fácil um erro da direção.

A cena em que a Miyoshi descobre que o Mashiro também está indo na direção do mistério e decide ajudá-lo sem contar diretamente que o Takagi também está trabalhando num mistério fica completamente sem sentido. A personagem, sabendo como ela é, teria contado de imediato. Quem leu o mangá sabe que o Takagi pediu pra ela não falar nada, mas quem não leu e é atento aos detalhes, fica sem compreender tal atitude da personagem.

E mais uma curiosidade. Achei estranho o JC Staff não ter aproveitado para colocar o panty shot da Miyoshi no episódio 19. Parece que eles estão realmente querendo atingir o público feminino de jeito. Mas para o público masculino que acessa o blog e quer saber do que eu estou falando, aí vai…

E com isso encerramos mais um encontro. E se vocês perceberam, não coloquei nenhuma imagem do anime nesse post. O motivo? Protesto pela picaretagem nesses dois episódios. Simples assim. (risos)

Até o próximo!

Olá e sejam bem vindos a mais um encontro “O […]

16º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Olá a todos e bem vindos ao 16º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”… no post de hoje iremos falar sobre os episódios 16 e 17, já que semana passada não pude postar.

Para começar, no episódio 16 tivemos o primeiro problema que ameaçou a unidade da dupla. Mashiro pegou o Takagi saindo com a Kayla ao invés de estar escrevendo a história para o próximo mangá da dupla. No mesmo episódio, Mashiro aceita a proposta de trabalhar como assistente de Eiji, o que faz Takagi se ajeitar e voltar a pensar numa história.

Nesse episódio, nós pudemos ver um ponto bem interessantes: a diferença entre os dois personagens principais. Takagi confia bastante em sua habilidade, sempre imaginativo e tem uma vida aparentemente normal, inclusive com direito a um relacionamento no modelo “tradicional”. Mashiro, por outro lado, sempre está duvidando de sua habilidade como desenhista e sempre sendo o “pé na realidade” da dupla. Sua vida não é nada normal e seu relacionamento do a Miho muito menos. Porém, apesar dessas diferenças, ambos tem um objetivo em comum, se tornarem mangakas profissionais e isso os une acima de todas as diferenças.

Já no episódio 17, nós temos a construção de um cenário que vai definir a série a partir desse ponto. Mashiro começa seu trabalho como assistente de Eiji. Lá ele conhece os dois outros assistentes: Fukuda, uma pessoa bem extrovertida e que não teme falar a verdade. Ele atualmente está desenvolvendo seu próprio mangá para ser serializado. Do outro lado, temos Nakai. Um homem com mais de 30 anos e que nunca conseguiu emplacar um mangá que fosse, apesar de sua impressionante habilidade como desenhista. Me limitarei a comentar isso sobre eles por enquanto, teremos muitas outras oportunidades para tratar desses personagens.

O que importa nisso tudo é esse combo formado dentro do apartamento do Eiji e do que acontece lá dentro. Após alguns comentários, Eiji realiza que seu mangá corre realmente risco de ficar chato dentro de poucos capítulos, devido às críticas de Fukuda. Mashiro concorda e a partir de então ambos decidem ajudar Eiji a tornar o mangá melhor e tornar o próprio Eiji um mangaka melhor. O grande porém disso tudo é que eles são rivais, não deveriam estar se ajudando. Mas como no episódio anterior, há algo maior unindo aqueles três (quatro, se considerarmos o Nakai): a vontade de “revolucionar” a Jump, opa, quer dizer, Jack. Mudá-la para algo melhor.

Esse era o ponto em que eu queria chegar. Esse é o cenário que irá caracterizar a série a partir de agora. Esse é o espírito que envolverá esses autores. Eles irão competir entre si pelo primeiro lugar do ranking, mas farão tudo isso pensando em tornar a Jack uma revista ainda melhor. Episódio muito importante para o futuro.

Quero terminar o encontro dessa semana anunciando uma NOVIDADE para o Anikenkai. É algo que há muito tempo eu estava querendo fazer e pensando em como fazê-lo e finalmente agora vai sair do papel. Aguardem, não direi o que é ainda, mas sexta-feira, dia 04/02 será o dia do lançamento. Não deixem de conferir.

Até o próximo encontro…

Olá a todos e bem vindos ao 16º encontro “O […]

15º encontro "O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante"

Mais uma semana e mais um episódio de Bakuman. Sem dúvida o destaque e o que merece comentário foi o filler que criaram. Sim, amigos. Os fillers chegaram à Bakuman. Mas foram bons? Foram ruins? Vamos a isso!

Para começar, é bom falar que esse 15º episódio de Bakuman cobre os eventos do capítulo 19 do mangá. Esse ponto é valido de se colocar para fins de comparação quando tratarmos do filler. Outro detalhe importante para se colocar é o significado filler. Essa palavra deve provavelmente ser de conhecimento de todos os leitores do Anikenkai, mas podem haver pessoas que lerão esse posts e não saberão o que isso significa. Um filler nada mais é que conteúdo que os produtores de determinado anime colocam em suas produções sem respaldo na obra original. Por exemplo uma aventura de Naruto que não aconteceu no mangá ou um Fruto do Diabo que nunca apareceu no mangá de One Piece. Esses são exemplos de filler. Os fãs das séries obviamente não gostam de tais liberdades justamente por fugirem do original que eles tanto gostam. Porém, fillers são necessários para animes longos que estão se aproximando demais do ponto onde o mangá se encontra no momento e precisa dar uma segurada no ritmo. Sendo assim, os fillers são constantes motivos de discussão entre os fãs.

No caso desse episódio, a primeira parte onde Mashiro e Takagi estão conversando com Hattori é extremamente fiel ao mangá, inclusive a participação do Eiji. O filler começa quando o foco muda para Miho e Kaya. Eventos que aconteceram em 3 páginas de mangá acabam tomando 8 dos 21 minutos do anime (sem abertura e encerramento). Um espaço considerável. Para ter essa duração foi necessário adicionar algumas cenas extras (algumas não… MUITAS) e diálogos inexistentes no original. Tal dedicação ao núcleo feminino no anime de Bakuman desagrada a muitas pessoas que assistem à série, principalmente aos meninos que tem sua “inspiração” na vida dos protagonistas “cortada” graças a esses momentos “de menina”. Porém, na minha opinião, eu não tenho nada contra essa parte do anime. Gosto de desenvolvimento de personagens e de fato o que o mangá peca é em desenvolver as personagens femininas tão bem quanto os masculinos.

Contudo, esse filler cometeu mais uma vez algo que eu venho colocando como minha principal crítica à adaptação: suavização das críticas. Bakuman é um mangá que, além do seu fator metalinguístico (é um mangá que fala sobre o fazer mangá), ele é extremamente crítico com a indústria. Seja a sua luta contra o moe (encarnada no personagem Ishizawa), que já foi suavizada uns episódios atrás, como sua crítica a outras áreas da indústria, como a dublagem. No mangá, Miho é selecionada antes mesmo de fazer o teste pelo chefão do estúdio. Ela e outra menina são selecionadas simplesmente pela sua aparência. Uma visão mais realista e menos romantizada do meio das seyuus. O oposto do anime que mostra Miho fazendo o teste e, como nada indica o contrário, parece ser aprovada por sua voz e não por seu corpo e rosto.

As críticas de Bakuman são o que tornam um mangá ainda mais especial e se o anime insistir em diminuir essa crítica poderá rapidamente se tornar um anime mediano até que resolva arriscar um pouco mais. Mas como não há como agradar gregos e troianos a todo momento, eu ainda acredito que o anime de Bakuman está bem competente e tem feito cada vez mais gente conhecer a história. Só por isso ele já merece crédito.

Até o próximo encontro.

Mais uma semana e mais um episódio de Bakuman. Sem […]

14º encontro “O Bakuman Dessa Semana Foi Interessante”

Depois de uma semana sem Bakuman e, consequentemente sem o nosso, agora tradicional, encontro, o 14º episódio foi lançado junto de uma nova abertura e encerramento.

Inicio nosso encontro falando da nova abertura que continua tendo a música Blue Bird como tema, mas agora com novas cenas aparecendo. Nessas cenas pudemos ter um preview de personagens que já são velhos conhecidos no mangá, com o Fukuda, Aoki e Nakai, que até então só apareciam no encerramento. Um fato interessante é que nessa segunda abertura eles valorizaram muito mais o aspecto “fazer mangá” da série, em oposição à primeira abertura onde muitas das cenas valorizavam o aspecto “romântico”. Muitos fãs respiram aliviados com essa escolha.

Quanto ao novo encerramento… excelente! Um dos melhores encerramentos que já vi. A composição e a aparição de vários personagens principais e secundários da história ficou muito boa e a música casou bem. Minha única crítica é quanto a ausência do Hiramaru. Um dos melhores personagens que apareceram até hoje no mangá não teve sua imagem gravada no encerramento. Bola fora!

No episódio em si, temos Takagi e Mashiro se esforçando para criarem um mangá mais mainstream e que dê maiores chances para eles serem serializados na revista. Eles acabam vindo com uma ideia que, apesar do Mashiro considerar genérica e um tanto comum demais, ele aceita pois “para mainstream está bom”. Obviamente o rascunho não agrada nem um pouco Hattori que tenta tirar essa ideia da cabeça dos garotos. Porém, ao final do episódio, nós vemos Hattori cedendo e colocando um ultimato para os dois. Eles teriam seis meses para apresentar algo que o convença a apoiá-los. Se nesse tempo eles não conseguirem produzir algo decente, Hattori irá pedir para deixar de ser o editor responsável por eles.

Aqui temos uma clara evidência da personalidade de Hattori que vale ser ressaltada. Muitos fãs o consideram como o melhor editor da revista até o momento e isso não é por acaso. Ele é um personagem que, ao mesmo tempo que sabe ouvir e entende a situação de seus autores, ele sabe também ter pulso firme quando é necessário, arcando com as consequências de seus atos e apostando neles. Apesar de mutias vezes parecer que ele quer sabotar o trabalho do Ashirogi, ele na verdade está pensando sempre no melhor para a dupla. E muitas vezes o melhor nem sempre é o que eles querem. Prestem atenção no Hattori, ele é um excelente personagem.

No episódio nós temos também um bom destaque para Eiji que apronta uma pra cima do seu editor. A sua série “Yellow Hit” será serializada, o editor pede o manuscrito para Eiji, mas quando vai receber, vê que o manuscrito não é de “Yellow Hit”, mas sim de “Crow”. O Editor-Chefe decide chamar Eiji ao departamento editorial para dar um jeito na situação. Quando ele lê o manuscrito de “Crow”, ele decide mudar as coisas e colocar esse para ser serializado, chocando a todos os outros editores.

Simultaneamente a esses eventos, Hattori está com Ashirogi no departamento e Eiji vai lá cumprimentá-los. Ele se apresenta como um grande fã da dupla e diz ter adorado o trabalho dos dois em “Dinheiro e Inteligência”. A dupla fica chocada com a declaração e, assim como o espectador, percebem que Eiji não tem má intenções no seu jeito de ser e nem quer o pior para Ashirogi, muito pelo contrário. E esse é um divisor de águas. A partir de agora, os meninos não tem uma mera rivalidade genérica, mas sim uma disputa de qualidade entre duas pessoas que querem mesmo é fazer e ler bons mangás. Uma disputa que renderá bastante no futuro.

Com esses eventos é fácil percebermos as características de Eiji. Ele não é malvado, só extremamente excêntrico. Ele faz as coisas da maneira que quiser, mesmo que isso acabe resultando em desrespeito à autoridade, como no caso com o editor nesse episódio. Claro que até o momento tudo tem sido uma maravilha pois apesar de tudo ele produz material de excelente qualidade, mas todos sabem, principalmente o Editor-Chefe, que Eiji é um gênio, mas ainda tem muito a aprender.

Bakuman é recheado de personagens interessantes. Fiquem de olho nos coadjuvantes e prestem atenção naquele assistente gorducho e mais velho. O nome dele é Nakai. Ele será um personagem bem polêmico no futuro… pelo menos no mangá foi. Vamos ver como vão tratá-lo no anime.

Por hoje é só. Espero vocês no próximo encontro! Para finalizar, assistam o novo encerramento:

httpv://www.youtube.com/watch?v=HGpqWhlVsnY

Depois de uma semana sem Bakuman e, consequentemente sem o […]