Primeiras Impressões da Temporada de Inverno 2016 – Parte 1

Para darmos início aos posts de primeiras impressões, vamos falar dos três primeiros animes que estrearam nessa Temporada de Inverno 2016: Prince of Stride – Alternative, Musaigen no Phantom World e Haruchika.


Prince of Stride – Alternative –  Direção: Atsuko Ishizuka – Roteiro: Taku Kishimoto – Estúdio: Madhouse

Animes - Prince of Stride Alternative - 01

O anime ser baseado num otome game, como são conhecidos os jogos onde o objetivo é você encontrar um par para a protagonista feminina do jogo em meio aos vários caras bonitões disponíveis, não me inspirava nenhuma confiança. Porém, decidi dar uma chance e o resultado foi bem o que eu esperava: um anime sem sal que tenta embarcar no sucesso de FREE!, mas com personagens ainda mais clichês e situações ainda mais forçadas.

Porém, dentro desse “gênero”, Prince of Stride se destaca dos demais devido a sua qualidade geral, contando com uma equipe de produção bem competente. Tivemos um primeiro episódio bem consistente onde fomos apresentados à protagonista e ao seu harém de meninos atléticos e tivemos uma primeira apresentação do esporte que eles praticam, uma espécie de corrida urbana freestyle. Inclusive achei bem legal e bem animada a cena da corrida. O roteirista Taku Kishimoto já provou saber lidar com a temática de “esportes” muito bem em sua adaptação de Haikyuu!!, então esse ponto não será um problema. Pena não ser o suficiente para me fazer desconsiderar o argumento principal da série, o qual não simpatizei nem um pouco.


Musaigen no Phantom World – Direção: Tatsuya Ishihara – Roteiro: Fumihiko Shimo – Estúdio: Kyoto Animation

Animes - Musaigen no Phantom World - 01

Nossa, quantos mixed feelings ao terminar de ver esse episódio. A Kyoto Animation está em alta comigo depois de entregar o excelente Hibike Euphonium, inclusive dirigido pelo próprio Tatsuya Ishihara, que eu achei ter feito um trabalho excepcional. Então claro que minhas espectativas estavam um pouco altas para Musaigen no Phantom World e sim, elas não foram atingidas. Mas dificilmente seriam, de qualquer maneira.

Primeiramente, uma coisa que me desagradou bastante foi a ambientação harém da série. Sim, mais uma vez temos um único moleque rodeado de garotas. Isso por si só não é um problema, mas a tendência do anime em se transformar em algo enfadonho e desinteressante no decorrer do tempo é grande. Ainda mais seguindo a estrutura de “monstro da semana” que, a princípio, é o que deu a entender que seguirá. Sem contar os inúmeros momentos desnecessariamente sexualizados que tivemos nesse primeiro episódio e curiosamente a fadinha de biquíni ao lado do protagonista não é nem de longe o “pior”.

Por outro lado, eu achei o conceito da série bem interessante. Devido a uma mutação genética em seus cérebros, os humanos conseguiram perceber outras camadas do mundo em que vivemos. Em especial, passaram a conseguir enxergar as criaturas denominadas de Phantoms. Alguns destes convivem de boa com os humanos, mas outros os põe sob risco. Em todo o mundo, crianças começaram a nascer apresentando poderes que poderiam ser usados para combater os esse Phantoms perigosos. Todo um sistema foi criado para possibilitar que essas crianças enfrentem esses Phantoms e os neutralizem antes que causem estragos. Nossos protagonistas são esse tipo de crianças e fazem esse tipo de trabalho. Porém, apesar da premissa legal, cenas desnecessariamente expositivas puxam tudo pra baixo.

Fiquei com vontade de pelo menos assistir ao próximo episódio para ter uma noção melhor de como as coisas vão se desenvolver na série, mas estou com um pé bem atrás. Infelizmente, não estou com muitas esperanças.


Haruchika – Diretor: Masazaku Hishimoto – Roteiro: Reiko Yoshida – Estúdio: P.A. Works

Haruchika - 01

Mas que grata surpresa esse anime. Não o tinha colocado em minhas apostas e sugestões por ter considerado a premissa meio boba, mas esse primeiro episódio me agradou bastante! A começar pela condução do mesmo. A ideia de ter um pequeno “mistério” para os personagens resolverem foi muito acertada. Fez com que nós conhecêssemos suas personalidades, seu relacionamento entre si e com o ambiente em que estão inseridos, no caso, o grupo de música. Para fechar o episódio, um gancho que funciona muito bem, pegando o espectador de surpresa, embora ele dê dicas no decorrer do episódio, e o deixando com vontade de ver o que está por vir.

Além disso, simpatizei com a protagonista. Quando olhei seu design previ que seria uma personagem chata e que me deixaria com raiva, mas foi o oposto. Essa dualidade entre expectativa e realidade para a personagem é até comentada em um dos diálogos do episódio. Eu achei sua personalidade interessante e suas motivações são engraçadas, mas bem honestas. Ela só quer deixar seu passado de tomboy jogadora de vôlei hardcore pra trás e abraçar uma vida de garota fofa tocadora de flauta na banda da escola. Ou como ela mesmo diz, quer ser uma “cute girl”.

Não dá pra saber que a série terá futuro, mas esse primeiro episódio me divertiu e me deixou interessado. Se você curtiu Hyouka e Hibike Euphonium, olha… imaginem que Haruchika é um filho dos dois. Ainda tem que comer muito feijão e arroz pra chegar aos “pais”, mas parece estar no caminho certo.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

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24 thoughts on “Primeiras Impressões da Temporada de Inverno 2016 – Parte 1”

  1. Em HaruChika vai rolar um triângulo amoroso de dois adolescentes (um menino e uma menina) que querem “dar” para o professor e vc reclama do fanservice de Musaigen? Ok.

    1. Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. Não tem nem como comparar os dois. O primeiro é a sexualização exagerada fora de contexto e altamente desnecessária. Já o segundo é uma circunstância que, embora eu não aprove, existe (e muito).

    2. Aonde que triângulo amoroso é considerado “sacanagem”? É o que mais se tem em mangá shoujo. Não é porquê é um triângulo que eles vão se pegar ao mesmo tempo.
      Outra coisa é ficar sexualizando os personagens sem motivo algum, apenas pra satisfazer otaku remelento.

    3. Até porque a mulher ficar balançando os peito pra conseguir passar numa vareta é muito mais comum que alunos gostarem de um professor na escola.
      Você ta defendendo o indefensável…basicamente.

    4. cara o garoto eh um gay, mas em nenhum momento foi sexualizado, pra mim foi legal ver um gay n sendo nem drag nem gay escandalosa, simplesmente um cara normal q por acaso eh gay ponto final, sem contar aquela opening foderosa que até agora é disparado a melhor q ouvi da temporada.
      e falando de musaigen, velho …. a gangorra de peitos foi constrangedor, vo assisti só pela comedora de fantasma e pq gostei do character design da guria de fone, mas n sei se guento mais de 4 episódios com esse nível baixo de fan service

  2. Dos 3 o que mais achei chato mesmo foi esse HaruChika. Ao meu ver esse primeiro episódio não mostrou nada de interessante e ainda terminou daquela forma “estranha?”. Vou ver o próximo, se não gostar vou dropar na certa.

    1. Achou o pior dos três mesmo? Hummm… Não achei a forma como terminou estranha. Vou achar estranho é se o professor, de alguma forma, corresponder. Aí sim a coisa vai ficar estranha. Até lá, é só fantasia adolescente que existe a rodo por aí.

  3. Eu meio que concordo o anime não deu que vai ser bom ,p . a works nunca fez mais de um anime bom tirando shirobako . Então meio que certo que vai ter o romance bobo professor dando pinta pra garota , passado triste pra fazer a protagonista gosta de outro cara e não o professor etc….

  4. Na hora que come;ou aquele dialogo mega expositivo no meio do episodio de Phantom World ja dropei, agora o Prince of Stride eu consegui chegar ao final mas não me agradou, talvez por eu não ser o publico alvo

        1. Olha… não é na mesma vibe de Hibike não, ein. Eu não iria nessa expectativa se fosse você. rs.

          1. Não é mesmo, é uma mistura de investigação com um triangulo amoroso, ainda não sei muito bem o que vi e se gostei mas acho que darei chance pro proximo episódio. Ontem tambem vi Boku Dake Ga Inai, tem um puta primeiro episódio, aguardo as primeiras impressões

  5. Não achei Prince of Stride ruim, a corrida no final foi muito empolgante para falar a verdade, mas o problema são os personagens. Eles não são nada, não são carismáticos, são apenas estereótipos.

    Haruchika foi muito chato. Aquele mistério logo no começo, jogando um monte de explicação, não dando tempo para me acostumar com os persongens, acabou com toda a experiência. Mas vejo uma luz no fim do túnel, vou continuar pois acho que foi só uma má condução do primeiro episódio.

    Muisagen apesar de tudo me diverti. Eu não estava com nenhum tipo de expectativa (boa ou ruim), isso ajudou. Apesar da narração e diálogo expositivo, acho que manteve um bom ritmo, e um bom timing cômico (os postes dançando foi muito bom). Não me incomodei com a sexualização, apesar de estar presente ao longo de todo o episódio, passou de maneira rápida, ainda sim foi bem ridículo uma das protagonistas invocando os poderes dela. O clichê de harém foi apresentado de forma mais natural do outras série harém que já vi.

    1. Teu primeiro parágrafo define bem Prince of Stride. É bem isso aí.

      Já Haruchika eu realmente não achei chato. rs. Já o mistério, acho que era mais pra unir os personagens em torno de alguma coisa para facilitar a apresentação dos mesmos nesse primeiro episódio. Pra mim funcionou. Não é como se fosse um mistério para ser levado a sério.

  6. Dos três, o único que vi, até agora, foi Prince of Stride. Pela proposta da obra original, não achei o anime ruim. Mas falta “sustância” nos personagens e, talvez, pelo que vi nesse primeiro ep., na história também. A parte mais legal foi a da corrida, intensa e interessante de se ver.

    [Quando vir Haruchika atualizarei o comentário, falando sobre minhas impressões. Sobre Musaigen, quando vi a premissa e o pôster da obra já saquei que seria um anime que se focaria mais no ecchi e de forma exagerada, e eu estava certo, portanto não verei. (não que eu ache isso ruim em uma obra, mas meio que estou de saco cheio desse tipo de coisa).]

  7. Taí uma das piores coisas que inventaram esse negócio de “primeiras impressões”. Você tenta julgar toda a série com base no primeiro episódio e fica com o julgamento impregnado pelo resto da série, você passar toda a série com base nesse julgamento e ao invés de apreciá-la, você apenas fica esperando pra ver se seu julgamento irá tornar verdade ou não. Ao menos nesse caso, eu não vi muitas criticas de cara e sim uma abordagem mais geral, mas mesmo assim, “primeiras impressões” é uma prática que eu desaprovo e que na minha opinião jamais deveria ser levada a sério já que isso pode inclusive prejudicar sua experiência com a série.

    1. Compreendo sua reclamação, mas não acho que ela procede. Todos temos primeiras impressões do que assistimos. Se gostamos, continuamos assistindo. Se não gostamos, paramos de assistir. Pode ser que uma boa primeira impressão não se mostre verdadeira e a série seja fraca, assim como o contrário. Sem contar que, por serem, justamente, primeiras impressões, está claro que não são reviews das séries como um todo e não deveriam ser encarados como tal.

      Como você mesmo disse, textos de primeiras impressões são (ou pelo menos deveriam ser), observações mais gerais. Afinal, temos pouco material para analisar.

      Enfim, espero que mesmo não curtindo os textos de primeiras impressões, possa curtir o resto do conteúdo do blog!

  8. O problema do fanservise de Phantom não foi nem ele existir, mas é que esse anime num geral é muito idiota. Literalmente todos os clichês de LN numa tacada só, sem o mínimo de inspiração (quando cara falou “Isso é conhecimento comum, mas eu vou explicar mesmo assim” eu só pude gritas PORRA). Essa ideia de mundo também é bem bobinha, pra não dizer estúpida. Enfim, muitos problemas de escrita.
    Prince of Stride foi decente, pena que a protagonista existe. Essa mania de protagonistas de otome game serem completamente sem personalidade, ou uma “menina boazinha” padrão como é o caso me irrita até no fundo da alma. Ainda bem que Ishizuka é uma boa diretora e tenta compensar.
    Haruchika foi sinceramente bem sem sal, se o guri não tivesse admitido o crush no professor eu não teria muitos motivos pra continuar (apesar da Chika também ser interessante a primeiro momento, só não acho que segura um anime mediano).

  9. Nossa, eu AMEI haruchika e o que mais gosto é da personalidade dela. Vez ou outra me faz rir.
    E também achei legal a surpresa do final do episódio.
    Assisti Musaigen e não gostei, parece que todos os episódios serão caça aos phantons, previsível.

  10. minhas primeiras impressões:
    Haruchika: 8.0
    a guria eh carismática, o mistério foi até legal (n costumo gosta desse tipo de mistério, só Hyouka me agradou nesse gênero), como é apresentado os outros 3 é bem interessante tbm, e o guri é um cara normal que por acaso é gay, foi um mindblow bem legal kk, mas o principal motivo de eu dar uma chance pros próximos é: fhána, sério que abertura linda, perfeita, gostosa de se ouvi, to bobo com aquela musica (melhor q a abertura de boku dake, haters gonna hate)
    Musaigen: 5.5
    kyoto animation nos dando uma aula de animação como sempre, plot interessantíssimo, e com o passar do episódio eu tava gostando, o ecchi tava ali mas tava aceitável, tranquilo a comedora de fantasma é linda, a guria com fone tbm, mas a gangorra de peitos……. velho…..o que foi aquilo………. por um momento pensei tar assistindo to love ru, vo assisti mais uns 2 ou 3 episódios so pra ver mais um pouco das comedora e a de fone mesmo e dropa axo kk
    o outro n vi por n me atrair kk

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