JBC em nova fase… as novidades e o que vamos ganhar com tudo isso

Visão geral do evento.

Ontem tivemos a coletiva/conferencia da editora JBC sobre suas mudanças no departamento editorial. Como eu não pude me deslocar do Rio para acompanhar pessoalmente, solicitei ao meu correspondente interestadual Paulo Henrique, vulgo @graveheart, para que fizesse a cobertura pelo Anikenkai. Além de observar bem o que estava sendo falado por Cassius Medauar, gerente de conteúdo, Edi Carlos, gerente de marketing, e Leo Lopes, gerente de comunicação, pedi para que ele desse uns cliques dos bastidores e ele o fez. Quais foram as novidades? O que vamos ganhar com essas mudanças?

Para começar, o evento em si já foi um diferencial. Não diria que foi uma coletiva de imprensa na melhor definição do termo, afinal foi aberta ao público interessado, mas o fato deles terem tomado a iniciativa, e sendo a primeira do gênero, foi algo extremamente válido.

Edi Carlos, Leo Lopes e Cassius Medauar

Não tivemos grandes anúncios, mas a editora começou a criar um vínculo com os veículos que falam sobre seus produtos e poderão usá-los futuramente para anúncios maiores como, quem sabe, Samurai X e YuYu Hakusho em edição definitiva? Mas ao invés de falarmos sobre o que eles podem fazer, vamos falar sobre o que eles fizeram.

Começando por Sakura, a novidade principal foi a de que o preço mais elevado da edição não se deve só a um maior número de páginas coloridas, mas sim a uma melhora no papel geral da publicação. Além de Sakura, todos os mangás receberão uma melhora no papel de impressão, não tão grande, mas melhor. Essa notícia emendou com outro anúncio: o de que a partir de agora cada título será tratado de maneira diferente. Alguns terão páginas coloridas, outros contra-capa colorida, papel melhor, dentre outros. Isso também irá gerar preços diferentes para as publicações regulares da editora.

Dih (Chuva de Nanquim) fazendo uma pergunta, Leo Kusanagi (Mithril) a frente atencioso, Juba (J-Wave) prestando atenção à pergunta e Trevisan (LeddHQ), careca, ao fundo dando uma risadinha.

Mas no que isso seria vantagem? Simples: eles irão dar atenção a exigência de vários públicos. Teremos aqueles mangás para as pessoas que querem simplesmente ler e depois jogar embaixo da cama e teremos também mangás para aqueles que querem ler e depois deixar uma coleção bonita na estante, com páginas coloridas, capa melhor trabalhada, etc. Uma evolução, sem dúvida, mas uma preocupação a mais para a editora, afinal, que tratamento dar para que mangá… uma questão interessante que terá que ser respondida a cada novo título. O que foi deixado de promessa pela editora é de que se o título tem páginas coloridas nos tankohons japoneses eles também o terão aqui no Brasil. Promessa interessante, não?

Estamos falando de novos mangás, mas não podemos esquecer de que a JBC anunciou há algum tempo sua parceria com o Crunchyroll, serviço americano de streaming de animes. Muito pouco se falou desde então e durante o encontro eles deram mais alguns detalhes. A empresa foi um tanto apressada no anúncio e pouca negociação foi feita desde então pelos mais diversos problemas. No entanto, a JBC está empenhada em aprender mais sobre o mercado de licenciamento, que está esquecido no Brasil quando o assunto é animes. Vamos torcer para que dê tudo certo pois só temos a ganhar com bons animes vindo oficialmente para cá.

Leo Lopes conferindo o vol. 1 de Freezing

Voltando para os mangás, uma das minhas grandes preocupações sempre foi com os títulos mais adultos. A JBC tem um bom catálogo de títulos shonen, mas seinens são praticamente inexistentes. A entrada de Freezing começa a abrir as portas para essa demografia e quando perguntados sobre a questão pelo Paulo a resposta foi de que eles virão, mas não poderiam dar mais detalhes. Anotem essa promessa. Será que um dia teremos Genshiken por aqui? Nunca o título teve mais chance de ser publicado.

Interação, pós-evento, da blogsfera…

Basicamente essas foram as informações relevantes dadas pela JBC, e se tem algo que podemos ver disso tudo é que sim, a JBC quer mudar para melhor e parece que o grande cabeça por trás disso é o gerente de comunicação Leo Lopes, tendo, claro, suporte de seus colegas de trabalho. Que a empresa continue com essa ideia de se comunicar melhor com a imprensa e com os leitores, que seus produtos melhores cada vez mais e que os leitores retribuam comprando. Afinal, se o trabalho é bem feito, não vejo por quê não comprar. Se a JBC publicar Genshiken com as páginas coloridas e um bom trabalho de tradução, vai pro cofre aqui do QG e isso é uma promessa minha.

Para saber mais sobre a coletiva/conferência/encontro, confira o post atualizado minuto a minuto feito pelo Chuva de Nanquim e esperem em breve um vídeo no Video Quest, eles estavam lá captando imagens…

Leo Kitsune gravando para o Video Quest

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

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4 thoughts on “JBC em nova fase… as novidades e o que vamos ganhar com tudo isso”

  1. É bom ver que as a JBC e as pessoas agora encarregadas do seu conteúdo, finalmente perceberam que mudar era necessário. Não dava mais pra aguentar a situação do jeito que estava.

    Pretendem fazer uma review sobre essa primeira edição de Freezing? Estou pensando em comprar o mangá(por mais superficiais que sejam as histórias dessa dupla coreana me divertem e no fundo é isso que importa né?XD) e seria bacana saber o que esperar, ver como ficaram essas páginas coloridas e etc…

  2. Eu torço muito para que a editora melhore, cresça e que o Cassius leve boas ideias, admiro o trabalho dele desde a época da Conrad.
    Não estou nenhum pouco crédulo com o papel de 52g que será utilizado, a carga de tinta que leva cada página de mangá é muito alta, transparências não devem desaparecer, o ideal seria algo acima de 60g, eu recomendaria 63g. O papel couché para as páginas coloridas é algo interessante, só espero que não seja algo esporádico, mas sim regular em toda a linha.
    Muitas das coberturas falam bastante de Sakura e RG Veda, uma republicação que pode ser um tiro no pé (torço para que não) e um título bem desconhecido do público geral, quero muito ver o vídeo do VideoQuest e ver a coletiva quase na íntegra, já que não pude ir.

  3. Tirando os gostos de cada um…
    Na minha opinião tinha que trazer os mangás Top do Japão..
    Mangás como Gintama. Toriko, Sket Dance, katekyo hitman reborn entre outros..
    One Piece foi foda seu relançamento pela Panini ( pqp demorou pacas)

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