Eventos de Anime e o Fandom

Foto por Onildo Lima.

Nunca escrevi sobre eventos de anime aqui no Anikenkai. Acho que eu tinha receio de cair no lugar comum e acabar condenando os eventos de anime baseando-me pura em simplesmente nas minhas vontades. Porém, há um enorme fandom por aí que adora ir a eventos e não há como negar que a cada ano mais e mais gente se interessa por eles. E esses são os que mais me fascinam. Por que eles sairiam de suas casas e irem a um lugar que, na teoria, não tem nada de bom para oferecê-los? Não há muito o que fazer de diferente em um evento de anime tirando o concurso de cosplay e, de repente, as competições de karaokê.

Como eu não vou a eventos de anime há uns 2 anos, e isso por quê fui ao Anime Friends 2009 por mera curiosidade de saber como seria o maior evento de animes do Brasil, tive que fazer um bom exercício de memória para poder “estudar o caso”.

Naquela ocasião, eu fiquei hospedado na casa de um amigo em São Caetano. Sendo assim, tivemos que acordar por volta das 6 da manhã para tomarmos banho e pegarmos o trem até a capital. A viagem foi bem calma, mas no trem já via algumas pessoas que também se direcionavam ao evento. Saindo cedo provavelmente porque, como eu, ainda não tinham comprado o ingresso. Um trem, um metrô e um ônibus depois, chegamos ao local do evento e uma honesta fila já se montava.

O tempo passou e inevitavelmente comecei a puxar papo com duas pessoas que estavam a minha frente na fila. Eram dois primos, sendo que um era japonês que estava visitando a parte brasileira da família e decidiu acompanhar o primo ao evento por gostar de animes e mangás. Depois de um bom papo com os dois, vi que o perfil deles era bem parecido com o meu. Juro que meu preconceito me fazia acreditar que não iria encontrar “esse tipo de gente” em um evento de anime. Mas logo a primeira pessoa com quem falei me provou o contrário.

Perguntei a eles o que iriam fazer no evento. O primo brasileiro logo me respondeu que estava ali para ficar na sala do animekê e pelo visto era por isso que ele ia nos eventos. O primo japonês disse que estava curioso para saber como era um evento no Brasil, ver quais eram as diferenças para o Japão. Acabou que lá dentro nos separamos e nos reencontramos diversas vezes, mas deixo eles de lado um pouco para falar do evento em si.

Ao entrar, depois de encarar a interminável fila e pagar o salgado valor de 30 reais, nós demos de cara com a área de stands. Eram muitos… mas MUITOS stands. Porém, apesar da quantidade, a variedade era muito pouca. Na maioria das vezes, peças de vestimenta. Dentre elas, a maioria de camisetas e toucas com orelhinhas. Haviam alguns stands com chaveiros… muitos chaveiros e alguns arriscavam expor figures. Porém, o preço cobrado por eles era tão exorbitante (comparado com o valor real das figures) que eu não me dei ao trabalho de olhá-las com calma. Por fim, os mangás. A gibiteria Comix marcou presença no evento e trouxe seu estoque de gibis para a feira vendendo com descontos que não justificavam o valor do ingresso, mas, ainda assim, era uma boa para completar algum buraco na coleção e/ou comprar algum lançamento. Nada de mangás japoneses, americanos, artbooks, etc.

Depois de uma sofrida ronda, dado o número de pessoas por m² no local, fui para a área externa onde alguns cosplays se divertiam posando para fotos. Porém, me chamou a atenção a quantidade de cosplayers vestidos pela metade carregando seus “equipamentos” para uma salinha reservada onde ninguém podia entrar ou tirar fotos. Penso até que ponto é valida essa “profissionalização” dos cosplays frente a diversão, mas isso não é assunto pra esse post.

Chegou a hora de ver as salas temáticas. Elas eram em bom número, mas infelizmente nenhuma me atraiu. Poucas eram dedicadas a animes e mangás, sendo a maioria de “maid cafés”, cosplay ou j-pop/k-pop.  Quando achava uma sala sobre animes, ela era limitada a um único, principalmente a de Bleach e One Piece. Não vi nenhuma que estava disposta a “animes em geral”.

Ao final do evento, teve o show dos cantores japoneses que foi, de fato, muito bom. O palco era bem grande e a coisa toda foi bem feita. Se apresentaram Akira Kushida, Shinichi Ishihara e Yukio Yamagata pelo que me lembro.

Mas ok. Exercitei minha memória… mas a que conclusão cheguei?

De que eventos de anime não são pra quem quer animes.

Calma, não se assuste. É isso mesmo. Eu me explico.

Se você é um fã de animes e mangás e vai para um evento em busca de animes e mangás, irá se decepcionar. Você irá encontrar um monte de coisa e um monte de gente, mas nada do que você estava procurando.

Então quer dizer que os eventos de anime não prestam para nada e que quem vai neles é um bando de retardado?

De jeito nenhum.

De uns tempos pra cá eu me dedico a analisar o fandom e se tem uma coisa que eu aprendi foi de que o fandom se manifesta de diversas maneiras. Tem gente que, como eu, gosta de ver os animes, mas gosta também de debatê-los, de conhecer mais sobre seus produtores, sobre o país de onde vieram… porém, não tenho como dizer que todos são assim, muito menos que esses são maioria.

Alguns querem simplesmente dividir um momento com amigos em um ambiente cheio de pessoas que nem eles, com gostos parecidos. Outros vão aos eventos para reencontrar amigos que dificilmente consegue ver no dia a dia mas que, por compartilharem do gosto por animes e mangás (ou outras vertentes da cultura pop japonesa), podem confraternar. Outros podem estar lá só para exibir ao mundo seus visuais extravagantes e diferentes em um ambiente menos hostil que as ruas.

Existem diversos motivos para fazer as pessoas lotarem os pavilhões de um evento de anime. Infelizmente, a maioria deles não envolve diretamente animes e mangás, o que acaba desagradando o nicho de fãs do qual eu faço parte.

É comum dizermos que os eventos norte-americanos é que são bons, que lá é que estão os eventos de anime de verdade, mas na prática, desconsiderando o maior profissionalismo da organização e as estupidamente melhores estruturas físicas, a ideia é a mesma. O grande diferencial dos eventos norte-americanos é que ele agrada a gregos e a troianos. Ele agrada àqueles que querem ir só para passar o tempo com os amigos quanto àqueles que querem saber mais sobre animes e mangás. Ao mesmo tempo que temos o concurso de cosplay, temos também painéis de discussão sobre a evolução do shonen. Esse é o grande diferencial e é nisso que os eventos brasileiros acabam pecando.

Para finalizar, se me perguntassem hoje, que evento brasileiro mais me agrada, eu diria que é o AnimABC. Apesar de ainda ter um monte de coisas que não me agradam, o AnimABC, ao que parece, ainda tenta agradar a uma parcela do público que os outros parecem ignorar. Temos algumas palestras, por exemplo… mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Ao final desse “ensaio” sobre eventos de anime no Brasil, acabei não dando (frente ao fato deu não ter) uma resposta final para a indagação que motivou tudo isso. Mas o importante é pensar sobre as coisas. Muitas vezes deixamos nosso preconceito falar mais algo do que a realidade.

Sobre Diogo Prado

Tradutor, professor, host do Anikencast, apaixonado por quadrinhos, apreciador de jogos eletrônicos e precoce entendedor de animação japonesa.

Você pode me achar no twitter em @didcart.

Foto por Onildo Lima. Nunca escrevi sobre eventos de anime […]

24 thoughts on “Eventos de Anime e o Fandom”

  1. Grande texto DitCardt, um ensaio curto, objetivo e muito agradável de se ler (apesar de que eu gostaria que tivesse retomado o caso dos primos.

    Fiquei mais de 5 anos sem frequentar eventos de anime, ainda sou da época do Animecom. Este ano eu fui em um encontro de pesquisadores de quadrinhos e mangás em Recife e para a minha surpresa o encontro acontecia dentro de um evento de anime, o Supercon. Achei a iniciativa brilhante, pois oferecia uma alternativa aqueles que procuravam algo mais do que o de sempre. Infelizmente o evento estava um tanto quanto segregado no local e muito pouco divulgado (nem os seguranças sabiam), mas no fim de semana deu para ver muita gente que foi no evento e ficou para as palestras.

    Hoje os eventos estão muito prejudicados por uma série de eventos infelizes que aconteceram em outros anos, levando a proibição de um monte de coisas, ademais apesar de serem eventos livres… há muito problema de bebida e consumo de drogas, inclusive com menores de idade.

    O que de bom eu ando percebendo é que agora estão tentando trazer gente nova para cantar, chega de Kageyama todo ano, assim como palestras de maior peso (apesar de não serem gente da área de anime), tudo isso anda dando uma melhorada nos eventos, mas ainda tem muita coisa para mudar.

  2. Concordo plenamente.
    A qualidade dos eventos caiu muito nos últimos tempos. Me lembro da época em que salas lotavam pra ver tokusatsu… hoje em dia ninguém sabe o que é isso (isso porque tenho 20 anos haha). Mas mesmo nessa época os eventos de animes e mangás não eram tão bons quanto outros eventos…
    Pra ter uma idéia, esse ano tive a oportunidade de ir ao Rio Comicon e área dedicada à CLAMP estava muito melhor que qualquer estande que eu tenha visto em um evento exclusivo de anime ou mangá. (Embora não fosse 10% do que foi a área Will Eisner).
    Aí eu me pergunto: será que se algo mais sério fosse feito (tipo uma seção extensa dedicada ao Tezuka) haveria público pra isso?
    O público-alvo desses eventos sequer SABE quem foi Tezuka (quem dirá ter lido algo dele…)?

  3. Parabéns pelo post Diogo. Como o amiche aí disse, foi bem objetivo e agradavel. E conte sim um pouco mais sobre os gemeos. rs.

    Enfim, na verdade, não fui a um evento se quer de animes… Não por falta de oportunidade. Até porque, moro em sjc-sp e ocorrem alguns eventos de menor proporçao por aqui.
    Mas então, eu confesso que sou um pouco preconceituoso quanto a esses eventos “especializados” pois, sou, tbm, do tipo de otaku que gosta de discutir sobre anime e mangá, indo mais fundo no assunto. Outro fator e o feedback que recebo de quem ja frequentou, por exemplo, o Anime Friends, e tenho a impressao de que seja um evento para “poser” geralmente. Meu interesse num evento seria em workshops com artistas já consagrados, fóruns “ao vivo” (presenciais) sobre anime, mangá, mercado. E é claro, areas de lazer com stands de vendas de mangás, dvds/braydisc japoneses originais, toys e garage kits, novidades editoriais direto do japao… Enfim, os eventos brasileiros estão longe dessa realidade. Embora parecem caminhar a passos de formiga para essa qualidade…

  4. Ontem fui ao Anime Family, aqui no RJ. Posso falar com algum conhecimento de causa. XD

    Não sou frequentadora assídua de eventos de anime. Quando muito, vou 1 vez ao ano com o objetivo único de comprar mangás mais antigos com algum desconto, já que não compro pela internet e nem vou sair caçando volumes perdidos por aí. As pessoas bacanas que vou conhecendo no local são um agradável acréscimo, mas não o meu foco.

    Pelo que notei, evento de anime virou um ponto de encontro como qualquer outro, onde se vai pra fazer compras e botar a conversa em dia. É até chato que a razão do evento fique restrita à uma salinha apertada (No caso de ontem, somente 1 exibia animes), mas não é só isso que o público de hoje pede e não adianta reclamar.
    No mais, isso não me aborrece tanto. O que temos hoje são eventos sobre a cultura pop jovem, não só a oriental, mas que ao menos estão interligados (a maioria), como k-pop, games, etc.

    Duas coisas que me incomodam de verdade nesses eventos são os preços abusivos e a infraestrutura bem longe do ideal. Por exemplo, a área dos estandes ontem. Aquela quadra pequena, com lona em volta, lotada de gente, estava um mini forno. Fora as filas na área de alimentação, que também era passagem pras salas temáticas e o maior espaço aberto pro público tomar um ar. Foi um evento tão compacto que me senti numa pokebola. –‘

  5. Desculpa Suna, mas em um evento que se diz “de anime” acho absurdo virem com salas k-pop, Harry Potter, Crepúsculo, Medieval, entre outros. Sinto-me extremamente ofendido pelo descompromisso para com a própria declaração.

    Não tenho nada contra quem aprecia isso (quer dizer, desde não seja lunático nem ignorante), mas cada um em seu espaço.

    Toda vez que vejo isso, eu me sinto como ao entrar em uma loja de informática e encontrar uma geladeira. O_O

  6. @Humberto Sasaki

    Entendo seu ponto de vista, é chato ver que a base desses eventos, os animes e mangás, perderam o destaque. Ainda não me ofendo com a presença de algumas salas, desde que os animes estejam lá, reinando, porém, passaria bem mais tempo num evento de anime se ele fizesse jus ao nome.

    O caso é que grande parte do público atual não pensa assim. E sem essa grande parcela pagante, os eventos não seriam tão lucrativos como são. Essa variedade é sem sentido, só que atrái mais e mais gente. Triste verdade, mas o que importa para os organizadores é o lucro obtido, não a fidelidade ao tema do evento.

  7. @Humberto Sasak

    Essa parada msm cara !!
    Isso está igual o Rock in Rio …
    Um evento de Rock , mais na pratica tem pop,axé e sabe mais o que….

  8. Eu diria que eventos de anime são para os que não são apreciadores de anime e mangás. São conhecidos como “poser”. Acho essa história de poser meio idiota, mas é basicamente o que acontece nesses eventos. Pessoas que gostam superficialmente de animes e mangás e que só estão lá pela diversão… Não condeno isso, mas não é pra mim… Quando eu for em um evento, será apenas por curiosidade…

  9. Enquanto fizerem mais animes e mangas para otakus ignorantes a tendência é só piorar e a única coisa que terá anime nesses eventos será o nome.

  10. Excelente post. Sou um frequentador de eventos de anime todo ano vou e realmente esta cada vez mais raro encontras lugar para discutir sobre animes e mangas , pois o eventos ultimamente estão cada vez mais de desviando do que eu acredito ser o foco sabe acredito que tenha sim publico para discussões sobre mangas e animes mais cada vez menos encontro um lugar para discutir e ver pontos de vista diferentes.
    Ultimamente só oque me atrai em um evento são as compras de mangas com desconto. (fora que os mangas vendidos em eventos são limitados a os que são publicados no Brasil )

  11. Hahahahaha ja esperava uma comparaçao com o RiR (que em tese, o nome é ao pé da letra tipo: “balanço no ria”. E desde sua 1a ediçao participam artistas de musica pop… Mas nao cabe falar disso aqui).

    Notei que o intuito comum é o de comprar mangás com desconto.
    Concordo, tbm, que como é um evento de cultura otaku, stands de era medieval e afins são dispensaveis… A nao ser que levemos em conta o fato de algumas obras niponicas terem influencias do que “nao diz respeito ao universo otaku”. Enfim, mesmo que os eventos melhorem nos quesitos organizaçao, “respeito” e infraestrutura, ainda existirao os que dizem ser otakus mas estao lá só por modismo (ser otaku, para mim, é ir além das anime songs e boons do momento!). Vms torcer para que tudo entre nos eixos.

  12. Assim como o Suna eu também estive ontem no Family e como não tinha muito tempo, não visitei todos os stands. Porém, uma das coisas que reparei e que mais me deixou triste de ver, foi o stand da Comix! Como disse, eu já não tinha muito tempo, então fui atras de duas coisas que eram meu objetivo desde o inicio: o volume 1 de Nausícaa e a primeira edição da Ação Magazine. Haviam pouquíssimas edições de Nausícaa e duas da Ação intocadas. Também tinham algumas obras de Osamu Tezuka, mas as revistinhas de “como fazer mangá” ocupavam 80% do espaço! Senti um descaso com obras tão importantes.

  13. eu nunca fui em um evento mas tenho curiosidade mas eu iria para comprar coisas e acho que não veria nada muito legal pra fazer alem de compras

  14. Eu vou nos eventos só porque que é lá que todos meus amigos vão se encontrar com certeza!

    Sei que dá pra se encontrar em outros lugares e tal, mas um evento e anime é um evento de anime; Tem coisas como os convidados especiais, karaokê, cosplayers e a possibilidade de fazer mais amigos.

    Já no caso “evento de anime que não é evento de anime” já acho tenso malhar as outras coisas. Por exemplo, todos os eventos daqui do RS se dizem “multitemáticos” ou seja, englobam todo o mundo do entretenimento.

  15. Eu agradeço a todos os dias por eu ter livre acesso a internet,por que olha se dependesse de convenções de ”anime” para comprar produtos licienciados eu estaria na bosta.

    Eu nunca fui em um evento de Anime e não pretendo ir,conheço gente que sempre vai e posso dizer sem preconceitos que aquilo não é para mim.Por que veja bem, com a internet eu consigo tudo e muito mais do que eu posso ter em uma convenção de anime…em convenções de Anime tem o de sempre que são camisas a preços exorbitantes,chaveiros meia boca,figures made in china e olhe lá,mangás precariamente disponiveis a preços que não valem a pena e muito vergonha alheia com os pseudo-otakus.

    Eu juro que se os eventos de Anime no Brasil fosem como os eventos europeus-em especial na frança,alemanha e italia-ou mesmo os americanos que conta até com mangakas famosos como o Kubo que foi uma ou duas vezes para uma sessão de autografos,perguntas e respostas e etc.,eu iria sem problemas,ou melhor nem precisaria de ter palestras por que isso ja é sonhar alto demais ,afinal estamos no brasil onde nem mangá nacional decente temos quanto mais visitas de mangakas renomados.

    È uma pena por que concerteza as empresas saem perdendo…por que uma convenção de Anime seria um ótimo lugar para vender produtos licienciados,raridades do japão,bonecos originais que vc nao encontra todos os dias e etc.

    Mas não fico chorando,tenho a internet e ela me oferece muito mais e melhor do que uma convenção de Anime,eu só lamento pelos organizadores por que poderiamos ter um evento melhor.E eu gostaria de saber o que o primo japones achou do evento,no minimo deve ter achado tudo precario o cara veio do japão onde é a terra natal da cultura Otaku e tem a maior e melhor convenção Otaku- e quando digo otaku é otaku mesmo- do mundo: O AnimeExpo.

  16. *Desculpem eu manjei AnimeExpo é nos EUA,fiquei com o evento que acontece nos EUa na cabeça ao escrever o post rsrs.

    Eu quis dizer o Anime Fair e a Jump Fest que são os maiores eventos de ANime do mundo. 😀

  17. @Suna vc foi no Rio Anime Club em Copacabana? xD…

    Cara esse ano eu fui no meu primeiro evento de anime e foi tipo “meu mundo caiu”, é muito lotado, um calor dos infernos e apenas 2 salões para se locomover (no meu caso). Teve os jogos de luta monopolizado por um mesmo grupinho de amigos, (tinha 2 caras que tomaram um videogame uns 30 minutos só pra liberar um personagem no Naruto -.-) , isso tudo com uma entrada salgada. Did eu te invejo por ter pago apenas 30 reais pelo AF.

    Teve bastante atrações como jogos de dança e campeonato de pokémon, além de visita de dublador e apresentações de cosplay, mas nada daquilo realmente me interessava, valeu a pena pois fui com amigos e comprei umas camisas a preços menores dos que estão online mas tirando isso o resto era…. descartável. Se você quer conhecer gente lá pra debater esqueça, não sei se o Café é justamente para isso mas não dá pra ter grande interação com o pessoal em pé, música alta e gente passando na sua frente a cada 0.3 segundos. Lógico que algum dia pretendo ir no AF, 30% de chance no ano que vem para encontrar um certo grupo de amigos espero que seja melhor.

    PS: 15 reais por um chaveiro decente? Não obrigado. 70 reais pelo relógio (idêntico porem de verdade xD) do Ed de FMA, não obrigado.

  18. fui no anime friends que teve aqui no rio dia 4/12 e digo que evento de anime basicamente é um lugar para procurar itens sobre animes como miniaturas, camisas, broxes, gorros e etc, porem não só isso para quem curti cosplay é muito bom, boa parte do evento fiquei admirando os cosplays e depois suas apresentações(infelizmente não fiz video e nem foto TT_TT), o unico incoveniente foi a fila da comida,comer sobre o sol forte e a falta de lugar para sentar ou descançar (tava cheio la XD), quem foi por gosta da cultura em geral deve ter gostado porem quem foi só e exclusivamento por causa de anime não deve ter gostado, resumo para mim que foi bom porem podia ser melhor mudando pouca coisa XD

  19. @ Ryan
    Fui no RAC não, Ryan. Já estive em 1 edição, mas faz tempo. Esse ano só o Family mesmo. ^^
    E é isso daí: Local pequeno demais pro volume de gente (o que deve triplicar num domingo), ambiente abafado, estandes metendo a mão por qualquer coisa…
    Ah, me esqueci disso: O que eu já li de reclamações à respeito de furtos dentro de evento… Esse ano o Family foi tenso.

    O Eduardo Shinonome resumiu bem a utilidade do evento pra mim: Comix. Bem que podiam abrir uma loja aqui no RJ, me poupava de ir nesses eventos, não tenho muito o que fazer neles depois de comprar mangá. xP

    @Mônica Camacho
    O estande da Comix tava uma zona. No sábado deviam ser umas 10 edições da Ação Magazine, elas estavam num cantinho, escondidas perto dos mangás de Naruto. Encontrei por acaso mas nem levei (Otaku pobre é fogo).

    Aliás, tinha de tudo ali: Mangás, comics, o livro “A guerra dos tronos”… No estande de dvds, quase metade era de shows de bandas pop/rock oriental em geral, não só cantores de animesongs.
    A coisa virou multicultural, anime e mangá sozinhos não dão esse dinheiro todo. Há atrações totalmente destoantes, mas é fácil entender que o lucro vem na frente da tradição. Não reclamo tanto porque ainda é possível falar de anime e mangá sim, basta puxar assunto. No meio de trolls e gente com cara de nojo eterno, sempre tem alguém disposto a jogar conversa fora. XD

  20. É o que a galera diz, virou apenas um ponto de encontro, mas um ponto de encontro bem caro hehe

    Na minha visão um evento de anime perfeito seria mais ou menos assim:

    Feira de fanzines organizada.

    Bandas/Musicos relacionados ao tema

    Palestras com “celebridades” do meio, e não
    estou falando em aquele casal Brigs ou Petra Leão e essas aberrações, digo diretores, animadores, mangakás de verdade e etc.

    Comércio de produtos licenciados oficialmente.

    Lançamentos de animes/mangás.

  21. Desde moleque eu era maluco pra conhecer os eventos de São Paulo, principalmente pelas propagandas que eu via nos mangás de Dragon Ball e na revista Henshin nos idos de 2000, porém só pude conferir o meu primeiro evento grande em 2004, o Anime Festival BH.

    Sinceramente foi legal, porque nunca tinha ido antes e foi ótimo ver que existia muito mais pessoas na cidade que gostavam de mangá/anime do que eu imaginava. Frequentei o evento durante mais dois anos seguidos e comecei a perceber que não saía daquilo, não evoluía de forma alguma, pior, o público se tornava cada vez mais “imbecilizado” e sem-noção, daí desisti de frequentar.

    Em 2010 resolvi ir novamente pra ver se algo tinha mudado e NADA MUDOU!

    Ou seja, os organizadores estão em sua zona de conforto, com as mesmas “atrações”, com preços e público cada vez maiores. Portanto, sentem que não precisam mudar, afinal, a criançada está lá pra levantar plaquinhas e outras coisas inúteis, pagando caro por isso.

    Sinto falta de um evento realmente voltado para o público otaku, que tenha palestra com artistas da área pra um bate-papo, palestra abordando temas interessantes sobre anime/mangá, entre outras coisas.

    Tivemos eventos não-otakus com exposição do CLAMP, também teve evento não-otaku com a presença ilustre do Shinichiro Watanabe. Porque não temos isso aqui, se esses eventos geram tanto dinheiro? Que tal trazer um mangaká consagrado? Sei que o tempo deles é corrido, mas existem vários mangakás famosos que nem estão na ativa que seria um prazer vê-los pessoalmente. Ou então trazer um animador, representante de algum estúdio! Mas não! Trazem sempre os mesmos dubladores de sempre, isso cansa!

    Só volto em evento quando mudarem e tentarem melhorar, senão, continuarei não frequentando.

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