Mangá de canibalismo leva moe a outro nível

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Yo!

Isso aqui é surpreendente. Bora ver!

Quando eu vi a notícia deste anime, fiquei intrigado por diversos motivos. O primeiro foi o fato da Earth Star, uma editora pequena, que tem crescido principalmente por seu material quase que exclusivamente moe, estar investindo em algo com uma sinopse tão ousada quanto a deste mangá, ainda mais quando se trata de uma iniciante. O segundo é que este mangá seria ousado até mesmo em revistas mais cults, pela arte, pelos assuntos em que toca e por ainda manter um espírito moe.

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“pupa” (em minúscula mesmo) conta a história de dois irmãos. Eles sofriam com a violência do pai e acabaram abandonados até pela própria mãe, indo morar sozinhos. O irmão mais velho cuidava de sua irmã e eles levavam uma vida em paz até um acontecimento bizarro mudar suas vidas. A menina é transformada em um monstro canibal chamado pupa e o antídoto está na carne do garoto. E para salvar sua irmã, ele não se incomoda de dar até mesmo seu próprio corpo.

Cheio de assuntos polêmicos, esse mangá de Sayaka Mogi traz um nível diferente para os mangás de irmãzinha, trabalhando o amor entre irmãos de uma forma inusitada e bizarra, com uma arte bonitinha, mas que ainda traz elementos tão pertubadores quanto a trama. Está apenas em seu terceiro volume, saído em janeiro deste ano, mas já tem anime anunciado.

Neste site você encontra a primeira história para ler online. É o primeiro botão da imagem, o de baixo leva ao site do anime.

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O que eu acho? O mangá sai na mesma revista que Yama no Susume e Mangirl, que viraram anime no começo do ano, além de Photokano, que estará nesta temporada. Todo o lineup da revista segue essa mesma linha, mangá com menininhas bonitinhas e sempre seguindo tendências do nicho otaku, uma atitude comum de revistas menores. Mas desvirtuar esse tema é uma atitude de coragem e que foi muito bem executado, pelo menos no que se pode ver em reviews, que se rasgam em elogios à série que ainda nem começou direito. E isso em uma revista que quase não recebeu as luzes da fama até hoje. Eu diria que esse mangá nessa antologia é mais corajoso até do que Death Note foi na Shonen Jump, desvirtuando o mote da revista.

E o material mostra uma segurança da autora no que faz. O primeiro capítulo é sólido o bastante para impressionar. A arte, apesar de ainda ser muito crua, é consistente e só deve melhorar. Para uma novata, está muito acima da média. A autora é vencedora de dois anos seguidos do concurso da Afternoon (Kodansha), um da Square/Enix, um da Shogakukan e o da Earth Star. Teve um one-shot publicado na IKKI, o lar dos mangás cult, mas estranhamente, nunca publicou nada seriado até “pupa”.

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Fiquei mesmo muito curioso com este mangá e com certeza verei o anime. Se conseguir, devo pegar os volumes que existem para ler.

É bom ficar de olho, pode não virar um sucesso gigantesco, mas tem potencial de ser um material excepcional que você verá nascendo.

4 ideias sobre “Mangá de canibalismo leva moe a outro nível”

  1. Se já tem anime anunciado, verei com certeza.
    Infelizmente não sou bom em inglês o bastante para ler nessa língua, muito menos em japonês. Mas pelo currículo da autora e pelos elogios, fico muito feliz que ainda poderei ver a animação dessa obra.

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