10 mangás sobre o fim do mundo

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Yo!

Listas, sempre elas… Que tal uma pra comemorar que o mundo não acabou (de novo)? E tem clássicos, famosos, underground… A regra aqui foi falar sobre o fim do mundo em si, ou situações catastróficas.

10 – Dragon Head –  Minetaro Mochizuki.

DragonHead

Uma viagem do colégio termina em tragédia quando o trem, dentro de um túnel, descarrilha e mata quase todos. Teru, Ako e Nobuo sobrevivem, mas passam seus dias presos dentro do túnel, sem o menor sinal de equipe de resgate. Nobuo enlouquece no processo e Teru e Ako conseguem fugir dos túneis para descobrir que seus problemas são ainda maiores. O Japão está destruído e não existe mais governo. O caos impera e eles precisam sobreviver e voltar para Tóquio. A trama ficou famosa no boca a boca e o mangá acabou virando filme, com Satoshi Tsumabuki e Sayaka Kanda, filha da Matsuda Seiko. Este aqui é pros mais depressivos, porque realmente é uma trama sobre perder as esperanças.

9 – X – CLAMP

X

O eterno mangá das meninas do CLAMP. Paralisado faz anos, a história é centrada em Kamui, o jovem predestinado a escolher entre salvar ou destruir o mundo, em 1999. Cheio de poderes paranormais e personagens saídos de outra obra do grupo, Tokyo Babylon, X foi por anos a referência maior no trabalho do CLAMP. Até hoje, elas evitam falar sobre quando voltarão para terminar a obra, mesmo sendo claro que só faltam mais alguns poucos capítulos. A série virou animação para a TV, OVA e um longa, dirigido pelo diretor de Metrópolis, Rintaro, sendo que esta é a versão mais lembrada de X.

8 – Hokuto no Ken – Tetsuo Hara e Buronson

Hokunoken

No ano de 199X, a terceira guerra mundial destruiu o planeta e o que sobrou foi um planeta devastado e sobreviventes bárbaros, lutando brutalmente pelo amanhã. Nesse cenário à Mad Max, Kenshiro, o herdeiro do Hokuto Shinken, o maior estilo de luta de todos, vaga pelo que restou do mundo para encontrar Yuria e se vingar daquele que já foi seu irmão, Raoh. Além de um representante da macheza nos mangás, Hokuto no Ken é um dos mais famosos representantes de mangás do fim dos tempos. O mundo destruído pela guerra e a sociedade tribal que sobra parecem só o último suspiro da humanidade ante a extinção iminente.

7 – Evangelion – GAINAX

Evangelion

Profecias religiosas, anjos, robôs, conspiração e muita menininha de roupa colada. Evangelion marcou sua época e hoje está sendo rebootado nos cinemas, onde só o ritmo de lançamento lembra a série de TV. Na trama, Shinji Ikari é convocado pelo seu pai, comandante de uma divisão especial chamada NERV, para pilotar um robô e lutar contra aliens que causaram o Segundo Impacto, a mais recente destruição em massa do planeta, e impedir que aconteça o Terceiro Impacto, aquele que deve acabar com a humanidade. MAS ELE NÃO CONSEGUE! E não venha me falar de spoilers de Evangelion!

6 – Saint Young Men – Hikaru Nakamura

SaintYoungMen

Quebrando o clima devastador, este é o positivista. Aqui, Jesus e Buda salvaram o mundo, que encontrou a paz eterna. Então, eles decidiram tirar férias e foram viver no subúrbio de Tóquio, aproveitando toda a leveza e tranquilidade do dia a dia de um mundo eternamente sossegado. A comédia, apesar da cara de polêmica, é bem leve e não vejo muitos momentos que os religiosos possam achar desrespeitoso, mas até ai, eu não sou um deles, né? Acho que a crítica da série não é tanto religiosa, mas mais ao sentimento de paz eterna que permeia a cabeça dos japoneses de hoje em dia (e talvez de muitos outros países do mundo), fazendo tempestade em copo d’água por coisas mundanas, o nosso bom e velho “reclamar muito no Twitter”. Só nesse mundo tranquilo mesmo!

5 – Devilman – Go Nagai

Devilman

Imagine se o mundo fosse invadido por demônios, que matam sua família, amigos e destroem tudo o que veem? E imagine que você se torna um deles, e não um qualquer, mas Amon, o príncipe dos demônios? E o que você poderia achar se os piores demônios fossem os humanos? Repleta de cenas gore e violence no pico, Devilman é o representante perfeito do trabalho de Go Nagai, que tem vários títulos apocalípticos em seu currículo. E o final, clássico, sempre mostra o fim dos tempos, quando Devilman, que não consegue salvar a menina que ama, só pode ver o mundo acabar. Assim, bonito desse jeito.

4 – 20th Century Boys – Naoki Urasawa

20thCenturyBoys

Em 20th Century Boys, nós vemos no passado de um grupo de amigos, uma brincadeira de profecia ser levada ao extremo quando um deles, que ninguém sabe quem é, decide tornar as profecias realidade. Ele se esconde atrás da personalidade de “Tomodachi” (trad: amigo, não sei como ficou na tradução oficial, ainda não vi a edição nacional) e arquiteta o fim do mundo manipulando pessoas, mídia, religião e criando o cenário perfeito para sua brincadeira definitiva. Tão pé no chão às vezes que assusta por mostrar que poderia ser possível, só falta o louco certo pra isso.

3 – Tearful Soldier – Kazuya Kudo – Taku Kitazaki

TearfulSoldier

Publicado em outra época da Shonen Sunday, este mangá narra a história de um grupo de crianças que viaja no tempo para depois da Terceira Guerra Mundial, onde são obrigados a usar armas para se defender e viajar, buscando Tokyo. Apesar da arte leve, característica dos anos oitenta, o tema era bem pesado e tinha crianças na média dos 13, 14 anos usando armas e matando para sobreviver. O mundo deles viveu uma guerra de 13 anos, começando no ano em que o mangá começou, 88. Ou seja, o futuro destruído pela guerra em que eles vivem é no longínquo 2001.

2 – Taiyou no Mokushiroku (A Spirit of the Sun) – Kaiji Kawaguchi

TaiyounoMokushiroku

Essa história usa um medo antigo dos japoneses para criar um cenário devastador e falar do que Kaiji Kawaguchi faz melhor: política e relações humanas. Em Taiyou no Mokushiroku, o Japão recebe seu maior terremoto, o que eles esperam há anos: o realocamento da placa na qual o país se encontra bem na beirada. Com isso, todas as tragédias possíveis acontecem: incêndios, tsunami, desmoronamento… E a ilha central do Japão é dividida em dois! Com a sociedade e economia transformadas em pó, os japoneses perdem seu país, que tem o controle dividido em norte e sul, sob a gerência de China e Estados Unidos, respectivamente. Os sobreviventes se mudam para Taiwan e outras várias colônias, sofrendo o preconceito e tendo que aceitar a condição de seres humanos menores, sem pátria, sem lar e sem orgulho.

1 – Bastard!! – Kazushi Hagiwara

Bastard

Esse é o mix de muitas coisas, cuspindo na sua cara, mas com uma maestria que te faz voltar para mais, mesmo que o ritmo seja muito lento. A história começou na Shonen Jump e era simplesmente uma aventura de fantasia, com cavaleiros e magia. Os frequentes atrasos, causados pelo detalhismo do autor, migraram a série para a Ultra Jump, dando também margem para uma história mais violenta e com temas mais adultos. Bastard!! hoje mistura ficção científica na trama doida e colocou anjos e demônios se enfrentando na batalha do Apocalipse. O mote original era o retorno de Dark Schneider, o mago supremo, um grande filho da mãe, sádico, mulherengo e sem escrúpulos, para, ironicamente, salvar o mundo. Coisa que ele tenta fazer, entre um sexo aqui e um genocídio ali. O charme à parte fica para as referências, que vão do Heavy Metal oitentista ao RPG de mesa, videogames, tokusatsu, e tudo mais, afinal, Bastard!! é a loucura de juntar tudo na mesma panela e vomitar uma obra de arte. E provavelmente só vai terminar quando o mundo estiver pra acabar.

Quase entrou, só que não. – Seikimatsu Leader Den Takeshi! – Mitsutoshi Shimabukuro

Takeshi

Quando eu fazia as buscas por “mangás sobre o fim do mundo” surgiu muito este mangá, Seikimatsu Leader Den Takeshi!, do autor de Toriko, Mitsutoshi Shimabukuro. Por quê? Por causa do nome. Seikimatsu significa “Fim dos tempos” e pode ser traduzido como fim do mundo. Mas na história, se trata de “fim do século”, porque se passa antes do fim do século vinte. Na trama, temos Takeshi, um garoto do primário que se desenvolveu cedo e já tem a cara barbada e todo o corpo peludo. Ele se considera o cara mais apto para ser o líder da geração do fim do século.

Começando, obviamente, como um mangá de comédia, com o tempo a história fez a curva para o lado do mangá de batalha. Isso é praticamente uma tradição na Shonen Jump, onde o mangá era públicado. Dragon Ball, Yuyu Hakusho, Reborn e outros fizeram o mesmo caminho, saindo da comédia e indo para as lutas intermináveis, o efeito “Saint Seiya”, criado pelo mangá dos Cavaleiros do Zodíaco. Takeshi era um mangá de grande sucesso, contemporâneo de One Piece, lutando por posições no ranking da revista ombro a ombro com os piratas. Recebeu sua animação no evento Jump Festa, junto de Hunter x Hunter e antes de One Piece e recebeu o prêmio de melhor mangá infantil na premiação da Shogakukan em 2001. Ironicamente, em 2002, o autor foi PRESO por abuso de menor, ao ser pego em flagrante indo para um motel com uma menina colegial que conheceu na internet. Assim, o mangá foi cancelado, sua animação foi esquecida e os fãs de Takeshi ficaram orfãos. Em 2004, o autor recebeu uma segunda chance, terminando a série em outra revista, a Super Jump. Depois, ele retornou com sucesso às páginas da Shonen Jump, com Toriko, hoje, um dos alicerces da revista.

 

E então? O que achou? Forcei a barra com algum? Lembra de outro que poderia estar? Comente ai!

11 ideias sobre “10 mangás sobre o fim do mundo”

  1. 20th Century Boys é fantástico, e um que retrata o “fim do mundo” que gosto bastante, é Desert Punk

  2. Bom;
    muito legal sua lista, realmente envolveu todos os mangás relacionando um fim de mundo, mas seria legal também colocar outro mangá,que é menos conhecido e bem diferente. Sei que muitos outros poderiam se encaixar aí, mas o I am a Hero sendo mais diferente seria legal falar dele aqui. A história é onde todos contrairiam uma doença e ela é transmitida através da mordida de quem a tem, o protagonista era um assistente de mangá de hentai que perdeu tudo e é meio diferente dos outros por parte dos seus pensamentos, assim ele é um dos poucos que sobrevive e tenta sobreviver. Talvez por essa sinopse não pareça muito legal, mas realmente vale a pena dar uma conferida.

    1. Faltou! Todo mundo tem comentado que faltou! E realmente, NEM PENSEI NELE! Isso que eu tenho o mangá completo e umas três versões do longa…

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