Os 60 filmes de 2014 do Kitsune

Mais uma vez, a minha lista de filmes do ano!! Como havia escrito ano passado, a tentativa era de assistir mais filmes, com mais variedade. Ainda é uma lista ridícula (60? Pff…), mas pelo menos bati a meta do ano passado!! Yay!!

Sem maiores enrolações, seguem aqui os filmes que assisti esse ano (sublinhados, os filmes que já havia assistido antes), com suas mini-resenhas. Espero que consigam tirar boas recomendações daqui!!
E confira o post do ano passado, aqui.

1- Pokémon the Movie: Genesect and the Legend AwakenedGekijōban Poketto Monsutā Besuto Uisshu! Shinsoku no Genosekuto: Myūtsū Kakusei (Kunihiko Yuyama, Japão, 2013)
Acaba traçando paralelos demais com o primeiro filme de Pokémon, o que é perigoso, por este ser bastante inferior. Os mesmos conflitos de sempre, quando se trata dos monstros de bolso. Uma pena, com tantos temas interessantes sendo mal aproveitados ao longo do filme.
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2- Cães de AlugelReservoir Dogs (Quentin Tarantino, EUA, 1992)
O gênero heist movie (filme de assalto), de cabeça pra baixo. Todas as marcas mais óbvias do Tarantino (referências à cultura pop, trilha sonora setentista, estrutura em capítulos, narrativa não-linear), além de grandes atuações, e brilhantes momentos de metalinguagem. Até o momento, MEU Tarantino preferido.

3- Heróis de Ressaca – The World’s End (Edgar Wright, Reino Unido, 2013)
Parece só mais uma comédia como qualquer outra, mas quando a metáfora (várias delas, inclusive) aparece de verdade, é que o filme começa a brilhar. Um filme sobre como lidar com o alcoolismo e com a vida adulta. Ótima atuação de Simon Pegg. Mas… por queeeeeee esse título no Brasil??

4- Truque de Mestre – Now You See Me (Louis Leterrier, EUA, 2013)
Infelizmente, eu fui enganado. O filme (na minha experiência, obviamente) fez um bom trabalho de “mágica” ao desviar a minha atenção e esconder o real culpado. Mesmo assim, a motivação não convence (porque você não se importa com absolutamente nenhum personagem) e o subplot romântico é absolutamente dispensável.

5- George Carlin: Doin’It Again (Rocco Urbisci, EUA, 1990)
(Yay! Descobri que show de stand up conta também!) Ótimo especial do mestre absoluto George Carlin. A forma como ele começa falando sobre a língua, passa para o comentário cotidiano, junta as duas coisas para falar de política e sociedade, e volta à falar de língua e como tudo isso está ligado, é de uma habilidade discursiva que poucos têm.

6- O Lobo de Wall StreetThe Wolf of Wall Street (Martin Scorsese, EUA, 2013)
Obsceno e absurdo. Leonardo Di Caprio provando ser um ator completo mais uma vez (apesar de não ser nem sua melhor atuação, nem a melhor do filme), em uma jornada de autodestruição, que aproveita para expor o que há de pior no esquema de especulação financeira e no “american dream”. A grande tragicomédia de nossos tempos.
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7- George Carlin: You Are All Diseased (Rocco Urbisci, EUA, 1999)
Mesmo um Carlin médio ainda é superior a muita coisa por aí. Este especial perde pontos por ser menos “comédia” e mais “reclamação”. É uma sequência de fatos da vida que o Carlin não gosta, sem a estrutura do “Doin’ It Again”. Mesmo assim, tem trechos ótimos.

8- Louis C.K.: Live at the Beacon Theater (Louis C.K., EUA, 2011)
K. é o melhor da atualidade, sem concorrentes. Neste, o comediante expõe uma série de hipocrisias das pessoas, se colocando na posição do “pior humano de todos”. Todos os exemplos do que há de pior no comportamento humano usam ele mesmo como centro do problema. O trecho do “Jizzanthepuss” é o ponto alto do absurdo.

9- RoboCop (José Padilha, EUA, 2014)
Bastante divertido, mas poderia ser mais. Se beneficiaria bastante de um equilíbrio maior entre a parte político-social (interessante, porém muito mastigadinha pro público), e as cenas de ação (que quando acontecem, são boas). Sim, é um filme político, sobre controle de armas e sobre o uso político da imprensa, mas TAMBÉM é um robô fodão atirando em bandido. E Joel Kinnaman tem zero carisma.

10- O Fantasma do Futuro – Ghost in the Shell (Mamoru Oshii, Japão, 1995)
Animação estupenda, character design dos personagens e dos mechas bonito e interessante, e trama intrigante; porém tenta uma atmosfera soturna e contemplativa, que funciona ocasionalmente, mas soa forçada e pedante na maior parte do tempo. Major Motoko Kusanagi é uma personagem aborrecida e inexplicavelmente contemplativa nesta versão.
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11- O Guerreiro Silencioso­ – Valhalla Rising (Nicolas Winding Refn, Dinamarca, 2009)
Eu não sei exatamente o que eu assisti. Só sei que é um filme visualmente impactante, com atmosfera silenciosa e intrigante, sobre homens sujos no meio da névoa se matando. Gosto muito de personagens como o Um-Olho de Mads Mikkelsen, que permanecem um mistério por todo o filme. Mas há de se ter paciência: o filme tem pouquíssimos diálogos. A maior parte do tempo é ocupada por (belíssimas) tomadas de cenário e pessoas em silêncio.

12- Frozen: Uma Aventura Congelante – Frozen (Chris Buck/Jennifer Lee, EUA, 2013)
Pode parecer paradoxal, mas eu gostei muito desse musical de princesa Disney, mesmo odiando cada música do filme. Eu entendo que faz parte do gênero, e pra quem gosta elas são lindas, mas o estilo de “música de princesa” não me desce. (e “Let It Go” é a coisa mais irritante que a humanidade criou desde a uva passa). Isto posto, ótimo filme. Plot consistente, vários conflitos, e ótimos personagens (destaque para Anna). Curti até o boneco de neve!! (desculpa, mundo)

13- Trapaça – American Hustle (David O. Russel, EUA, 2013)
Não consigo entender a fascinação da crítica com esse filme. Talvez eu não tenha sacado a jogada ou o significado do filme, mas, para mim, é um bom (somente bom) filme de golpe, com boas atuações e trama rocambolesca. Mas não tem nada de especial, no fim das contas, além da tentativa de ser Scorsese. Talvez seja a ambientação, figurino e caracterização dos atores, especialmente Christian Bale e sua careca bizarra.

14- 12 Anos de Escravidão – 12 Years a Slave (Steve McQueen, EUA, 2013)
É, obviamente, um filme importante, por adaptar um livro que conta uma passagem triste e sempre relevante da história americana. É também um filme forte, difícil de se assistir. Mas está tudo no roteiro, ou seja, vem tudo (provavelmente) do livro. O filme, em si, como estrutura narrativa, fotografia, estilo… é tudo bastante simples e direto (talvez para não se sobrepôr à própria história, que é mais importante do que possíveis marcas autorais). Ótima atuação de Ejiofor, mas a história de Patsey (Lupita Nyong’o, a melhor atuação do filme) é muito mais forte e interessante.
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15- Clube de Compras Dallas – Dallas Buyers Club (Jean Marc Valée, EUA, 2013)
Ótimo. Consegue falar sobre AIDS, homofobia, aceitação, dor, e o grande “esquema” de lobby da indústria de medicamentos e como isso afeta diretamente as pessoas; e tudo isso sem esquecer do lado humano. O arco de Ron Woodroof (Matthew McConaughey, brilhante, e merecedor do Oscar – mas o DiCaprio também, hehehe) é lindo e real, assim como o de Rayon (Jared Leto, idem). Palmas para a edição, sempre intensa, mesmo que não seja um filme de ritmo rápido.

16- Lunar­ – Moon (Duncan Jones, EUA, 2009)
É daqueles filmes que te deixam com uma constante sensação de “tem algo errado aqui…” e vai lentamente revelando suas camadas e o seu horror. Não, não é nada grotesco ou gráfico. Mas só de pensar nas consequências de tudo aquilo… Esse é o custo do progresso? O indivíduo realmente não vale nada? Ele é, de fato, um indivíduo, no fim das contas? E não, não posso contar nada. Basicamente 70% do filme é spoiler. E Sam Rockwell é o cara!!
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17- Olhos de Dragão – Dragon Eyes (John Hyams, EUA, 2012)
Típico filme de luta B, direto pra vídeo, com cara de anos 90. Cung Le (ex-campeão do Strikeforce, atualmente no UFC) é ótimo para as cenas de luta (é um profissional, afinal), mas passa o filme todo apropriadamente calado. Seu mentor no filme? Jean-Claude Fucking Van Damme. Também péssimo, do jeito que tem que ser. História confusa, adota uma estrutura não-cronológica que mais confunde do que adiciona à experiência. Obviamente, assisti dublado (filme de luta legendado é errado). Boa dublagem, boa escolha de vozes. Provavelmente, a dublagem até melhorou a atuação de Le.

18- Capitão América: O Soldado Invernal – Captain America: The Winter Soldier (Anthony e Joe Russo, EUA, 2014)
Praticamente perfeito em sua proposta. É um eficiente filme de espionagem, um ótimo filme de ação, um drama pessoal intrigante, e um empolgante filme de super-herói. Chris Evans achou o papel de sua vida no Capitão América. E os temas tocados aqui, que incluem a política do medo, drones, o preço da liberdade, a política pós-11 de setembro de Bush… todos eles são atuais e relevantes por serem específicos, não apenas o “universal”, o “superar dificuldades” e etc. Quer polêmica? Melhor que Vingadores. Pelo menos esse aqui é sobre algo.

19- O Ato de Matar – The Act of Killing (Joshua Oppenheimer, Noruega/Dinamarca/Reino Unido, 2012)
Em 1965 houve um golpe militar na Indonésia, seguido de uma sistemática perseguição e execução dos comunistas. Este documentário entrevista um dos mais importantes executores de comunistas da época, Anwar Congo, e pede que ele reproduza seus assassinatos da maneira que ele quiser. Congo decide fazer um filme. As descrições sem nenhum sentimento ou arrependimento se tornam um fantasma, e Congo passa por um incrível e chocante “arco de personagem”. Fascinante e perturbador.

20- Fantástico – Dr. Strangelove, or how I learned to stop worrying and love the bomb (Stanley Kubrick, EUA, 1964)
Ótima sátira política sobre as paranoias da Guerra Fria. Grandes atuações de Peter Sellers (em três papéis diferentes), mas quem rouba a cena é George C. Scott e seu comandante na corda bamba entre apoiar a iminente guerra ou não. Interessante o fato de toda a trama ser causada pela insegurança até sexual de um general americano (não é à toa que o final tem um soldado montado em um míssil – o supremo símbolo fálico da guerra). Mas o final ainda me deixa um pouco confuso.
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21- Touro Indomável – Raging Bull (Martin Scorsese, EUA, 1980)
A história de um homem egoísta, ciumento, paranoico e absurdamente inseguro sexualmente, que foi campeão mundial de boxe. Clássica história de ascensão e queda. Único defeito, a meu ver (além de ser um pouco mais longo do que eu gostaria – mas aí é frescura minha) é que, ao final, a mudança de carreira do personagem soa inverossímil, ou mal explicada. Fora isso, atuação brilhante de De Niro e edição fenomenal e brutal das cenas de luta, por Telma Schoomaker. Clássico de Scorsese, mas não um dos meus preferidos.

22- Locke (Steven Knight, Reino Unido, 2014)
É muito fácil considerar este filme “chato”. É a história de um cara, no carro, depois de abandonar a família e a obra importante para acompanhar o parto de seu filho com outra mulher; um erro do qual ele se arrepende mas do qual não foge. E são 90 minutos de Tom Hardy (o Bane do último filme do Batman) dirigindo um carro, e falando ao telefone. Só vemos o rosto dele. É “chato”. E metade das conversas são sobre concreto (ele é engenheiro). “Chato”. Mas a intensa (sim, intensa, mesmo só dirigindo) atuação de Hardy, e os diálogos inteligentes fazem desse filme brilhante. É sutil, é quase imperceptível, mas está lá. Até o concreto é necessário. Recomendo.
(Ah! Esse foi o primeiro filme que eu traduzi para um estúdio de dublagem! Ótima experiência.)
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23- Godzilla (Gareth Edwards, EUA, 2014)
A tentativa do diretor Gareth Edwards aqui é fazer com que fiquemos na expectativa de ver o Godzilla até o minuto final. Por isso, o monstro mal aparece. É compreensível e inteligente. Mas, para isso, o drama humano tem que funcionar. E aqui ele não funciona muito bem. É uma pena. O filme todo é uma espera meio aborrecida pelo Godzilla. Mas quando ele aparece, amigo… Absolutamente todas as cenas com o Rei dos Monstros são boas. O final é emocionante. Mesmo que os trechos com o “Kick-Ass” sejam meio entediantes, aguentem. Vale a pena.

24- X-Men: Dias de um Futuro Esquecido – X-Men: Days of Future Past (Bryan Singer, EUA, 2014)
Um filme dos X-Men que não é sobre o Wolverine? Yes! Já havia dado certo no genial “Primeira Classe”, e agora a fórmula funciona novamente. A batalha ideológica entre Xavier e Magneto pela “alma” da Mística é o centro intelectual e emocional da trama. Os temas clássicos de X-Men estão lá (talvez menos enfatizados, aqui), mas, mesmo assim, é claro que o filme tem uma função: “resetar” a franquia. E até que funciona. As cenas com a Blink “pensando com portais” são ótimas, assim como a já clássica cena do Mercúrio, mas, para mim, a mais genial é Magneto e o estádio de baseball. Extremamente inteligente.

25- Puella Magi Madoka Magica The Movie: Rebellion – Gekijōban Mahō Shōjo Madoka Magika: Hangyaku no Monogatari (Akiyuki Shinbo, Japão, 2013)
Curioso como parecia que o filme não tinha necessidade de existir, mas quando tudo se revela, fica claro que uma parte da psiquê da Homura ainda precisava ser explorada. E Shinbo e Urubochi acertam em cheio. Visualmente estonteante, narrativamente ousado, só peca pelo final alongado, e pela caracterização “malvada” um pouco forçada no final. Rebellion é o filme que não sabíamos que precisávamos, mas ele estava lá.
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26- O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro – The Amazing Spider-Man 2: Rise of Electro (Marc Webb, 2014, EUA)
Qual a história desse filme? O que o Electro tem a ver, tematicamente, com o Homem-Aranha? Por que não usar o Duende Verde como vilão principal desde o começo? O que Peter Parker aprendeu depois de dois filmes? Qual o plot aqui? “Homem-Aranha enfrenta Electro, que o odeia”? “Homem-Aranha enfrenta o Duende Verde, que… o odeia”? Não. É “Peter Parker não se decide se fica ou não com Gwen Stacy… enquanto uns caras tentam bater nele”. Péssimo. Odioso. Tirando a ação bem orquestrada (mas sem significado), um dos piores filmes do ano.

27- Rush: No Limite da Emoção – Rush (Ron Howard, Alemanha/Reino Unido, 2013)
Praticamente não tem onde errar, aqui. Toda a história já se escrevia sozinha. A rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt na Fórmula 1 nos anos 70 era um filme esperando para acontecer. Junte a isso atuações perfeitas de Chris Hemsworth (Hunt) e Daniel Brühl (Lauda), fotografia e figurinos de época impecáveis e boa direção e ritmo, e é um filme divertido e eficiente. Duas personalidades que se chocam, e os caminhos que seguem em suas vidas. (E o Lauda é mais legal que o Hunt! #TeamLauda!!)

28- The Pervert’s Guide to Ideology (Sophie Fiennes, Reino Unido, 2012)
Documentário sobre como Ideologia está em tudo, usando o cinema como exemplo. Para cinéfilos (como eu gostaria de ser de verdade) é um prato cheio. Em suma, é como uma aula de filosofia/letras/história em uma faculdade, mas na qual o professor metalinguisticamente entra nos filmes para exemplificar o que diz. Inteligente e nunca cansativo, mas é uma avalanche de informações. Muitas, em sequência. Vou precisar assistir de novo alguma hora, para absorver tudo que foi dito.
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29- Wolverine: Imortal – The Wolverine (James Mangold, EUA, 2013)
Curioso como esse filme é bastante eficiente no 1º e 2º atos, quando ele praticamente não é um filme de super-herói, e, sim, um filme de ação com yakuza, estrelado por Hugh Jackman no papel de “Logan”. Mas, no 3º ato, com poderes mutantes, robô de adamantium e tudo mais, quando chega o “Wolverine”, a coisa perde o rumo, e vira mais um filme bobo de super-heróis, daqueles que alguém desinformado assiste e usa de argumento contra o “gênero”.

30- Guardiões da Galáxia – Guardians of the Galaxy (James Gunn, EUA, 2014)
Pura diversão. Simples assim. Um plot típico de filme da Marvel (“objeto misterioso” precisa ser recuperado!!), que, sinceramente, pouco importa (a não ser para a continuidade do universo Marvel no cinema), porque, na real, só o que queremos é mais e mais destes personagens sensacionais interagindo. Visualmente empolgante, ótimos diálogos, e atuações surpreendentes, como Dave Bautista como Drax, entregando um personagem trágico e cômico com eficiência. Aliás, em geral, todos os personagens funcionam, e só precisam de, talvez, um ou dois minutos de “background”, porque o que importa são as suas ações. Manda mais, Marvel!
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31- Anjos da Lei – 21 Jump Street (Phil Lord/Chris Miller, EUA, 2012)
Jonah Hill é um dos maiores talentos de nossos tempos. Pode não parecer, mas é. Essa é a comédia de ação média americana em sua essência, mas funciona, e funciona muito bem, pela junção da paródia de gênero (“Ué, não explodiu?”), plot bem escrito e a atuação de Hill, compensando o vácuo de carisma que é Channing Tatum. Começa aparentemente previsível, e tropeça no draminha entre os parceiros, mas do meio pra frente, quando até esse drama é alvo das piadas, engrena e diverte bastante.

32- Eddie Murphy: Delirious (Bruce Gower, EUA, 1983)
Aqui entramos naquele problema de anacronismo. Neste show de stand up de Eddie Murphy, aqui ainda com 22 anos, sua primeira piada já é homofóbica (“Não quero viados olhando pra minha bunda!”). Em seguida, um discurso bastante machista (“É só ser cantor que as mulheres saem jogando bucetas em você!”). E o tom segue assim. Em 1983 isso era normal. Hoje, já em tempos mais sensíveis (ainda bem), soa bastante ofensivo. O bastante para eu não achar nenhuma graça desses trechos. Mas é uma avaliação anacrônica. Complicado dar um veredito. Ironicamente, num show bastante “adulto” e preconceituoso, Murphy se destaca quando fala de infância e de racismo.

33- Primer (Shane Carruth, EUA, 2004)
Eu não entendi absolutamente nada deste filme. Zero. Admito derrota. E é isso que faz desse filme perfeito. Primer é a história de caras normais que acabam construindo uma máquina do tempo. Mas nada é explicado ao espectador. As coisas vão simplesmente acontecendo, e você meio que “escuta as conversas”. Não tem exposição. Os paradoxos vão se desenrolando e é seu trabalho entender. É complicadíssimo. Merece ser assistido várias vezes. Mas é ótimo. Mesmo que você (assim como eu) não entenda absolutamente nada. Zero.

34- Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário – Saint Seiya: Legend of Sanctuary (Keichi Sato, Japão, 2014)
Uma aula de cinema básico. Ou melhor, uma aula de como errar até o básico de cinema. Todo o universo é apresentado em diálogos expositivos. Nenhum personagem tem motivação clara. Quase nenhuma luta tem conflito de fato. Estrutura completamente bagunçada (Qual é o 1º ato? 2º? 3º?). Enfim, um filme absurdamente mal escrito. É até bem bonito, e pra quem só queria ver Cavaleiros do Zodíaco animado com tecnologia de hoje, até funciona. Mas como cinema, falha.
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35- Trainspotting: Sem Limites – Trainspotting (Danny Boyle, Reino Unido, 1996)
Jornada de um homem tentando se livrar de seu vício em heroína. Uma enorme sequência de péssimas decisões, protagonizadas por Renton (Ewan McGregor, ótimo). Além dos ótimos personagens, meu destaque vai pra edição. Simplesmente impecável, dita o ritmo da experiência e nos faz mergulhar na vida desses péssimos seres humanos. Além disso, as representações visuais do vício são belíssimas. Mas… não liguei pro filme. Não consigo ver nenhum defeito, é de fato um filme muito bom, mas, na minha experiência, eu só… assisti, e deixei pra lá. Esquisito. Talvez eu não consiga me conectar com nenhuma daquelas vidas… Pode ser isso.

36- Pi (Darren Aronofsky, EUA, 1998)
Um estudo sobre a loucura. Max Cohen é obcecado por achar um padrão na sequência do Pi, pois ele acredita que tudo pode ser explicado pela matemática. Mas nunca fica exatamente claro se ele tem alguma razão, ou se está simplesmente louco. O filme, todo em preto e branco, é um primor visual. Claustrofóbico e sufocante, o clima de perseguição e conspiração é constante. Palmas, assim como em Trainspotting, para a edição ousada e dinâmica.

37- Garota Exemplar – Gone Girl (David Fincher, EUA, 2014)
Um filme que domina a arte de esconder. Tanto é que muito pouco pode ser dito do filme sem revelar o que ele realmente está dizendo. É um filme sobre como todos têm dois lados. Ben Affleck, por exemplo, é uma espécie de “mocinho” da história, mas o personagem e o filme nunca deixam que a gente goste completamente dele. Brilhante performance de Rosamund Pike, direção sempre eficiente e tensa de David Fincher.
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38- Os Bons Companheiros – Goodfellas (Martin Scorsese, EUA, 1990)
Não havia entendido quando li que “O Lobo de Wall Street” fechava uma espécie de “trilogia” de Scorsese, junto de “Os Bons Companheiros” e “Cassino”. Agora entendo. A estrutura dos três filmes é praticamente a mesma: Cara comum entra para o mundo do crime, e tudo é ótimo e glamuroso e brilhante… até que não é mais. E acompanhamos uma espécie de “dia-a-dia do crime”, sem julgamento: As coisas são como são; e o crime de fato compensa, senão ninguém faria nada disso. Você que tire suas conclusões. Divertido e ao mesmo tempo macabro.

39- O Palhaço (Selton Mello, Brasil, 2011)
Eu acredito não ter realmente entendido esse filme. Pois existe grande admiração por ele, e eu não consigo conceber o motivo. Selton Mello tenta criar o seu “pagliacci”, seu Chaplin brasileiro, mas com zero carisma (ele quase se torna um personagem divertido quando palhaço), e conta uma história sobre autodescoberta absolutamente previsível; ao mesmo tempo em que tenta mostrar como é difícil fazer circo no Brasil dos anos 70/80. As coisas não exatamente se conectam, boa parte das cenas/sketches é descartável, muitas das atuações são sofríveis… é um filme absolutamente médio.

40- Kung Pow – O Mestre da Kung-Fusão – Kung Pow – Enter The Fist (Steve Oedekerk, EUA, 2002)
Filme absolutamente bobo, que não se leva nada a sério; e que justamente por isso, é hilário. A ideia do diretor Steve Oedekerk é ótima: inserir a si mesmo digitalmente em um filme de kung fu chinês dos anos 60/70, mudar os diálogos e criar um novo filme. Funciona perfeitamente justamente quando usa o filme chinês; quando resolve criar cenas originais, falha: o contraste faz mal ao filme, pois a produção atual não tem o charme da antiga (a conhecida cena da vaca, pra mim, é o ponto mais baixo da produção). Destaque para a hilária e perfeita dublagem brasileira.

41- Ninja 2: A Vingança – Ninja: Shadow of a Tear (Isaac Florentine, EUA, 2013)
Típico filme americano de artes marciais: Homem branco americano genérico em busca genérica por vingança, numa desculpa pro ator mostrar seu talento pras artes marciais (que, claro, é inversamente proporcional ao seu talento como ator). Abre com uma constrangedora cena de arquivo da Segunda Guerra Mundial, mas a trama se desenvolve de forma até interessante, e fecha com um plot twist bem escondido e amarrado. Com melhor direção e um ator de verdade, poderia ser um bom filme.

42- Invisible Invaders (Edward L. Cahn, EUA, 1959)
Ficção científica de 1959 com pouquíssimo orçamento, mas com soluções inteligentes: Os aliens são invisíveis (não precisa gastar com fantasia) e os personagens principais se fecham em um bunker para achar uma solução (60% do filme se passa em um mesmo cenário). É limitado, claro, mas diverte em sua simplicidade. O principal problema, para mim, é a mensagem ecológica forçada, citada apenas no começo e no fim do filme, que mal se conecta à trama.

43- Dragon Ball Z: O Poder Invencível – Dragon Ball Z: Moetsukiro!! Nessen Ressen Chō-Gekisen (Shigeyasu Yamauchi, Japão, 1993)
Sofrível de tão ruim. Constantemente se contradiz na motivação de seus personagens, e quando define alguma coisa (o ódio do vilão Broly ao protagonista Goku) o motivo é provavelmente o mais imbecil de todos: quando bebês, Goku chorava demais e não deixava Broly dormir. O que poderia ser uma coisa divertida em um filme que se levasse menos a sério, mas aqui a história é dramática e tem mão pesada. Nada funciona. Nem as lutas.

44- Interestelar – Interstelar (Christopher Nolan, EUA, 2014)
Interessante debate sobre como agir em relação à ciência: Até que ponto pode ir a subjetividade na busca pela verdade e pelo melhor para a espécie e para o mundo? Tem boa base científica (pra quem não quer ficar checando demais – afinal, o que importa é o efeito dramático), fazendo ótimo uso da Teoria da Relatividade como recurso narrativo. Porém derrapa quando usa o “amor” como conceito-chave, principalmente por Nolan ser um diretor com mais cérebro que coração. Um Nolan médio, mas mesmo assim, um filme muito bom.
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45- Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro – Saint Seiya: Gekijoban (Kozo Morishita, Japão, 1987)
Como (quase) todo filme de Os Cavaleiros do Zodíaco, ele reúne o que há de melhor e pior na série original: objetividade e simplicidade, porém a serviço de uma trama risivelmente básica (Corram! Atena vai morrer em X horas!). Lutas rápidas demais, contra inimigos irrelevantes, não chega a produzir imagens nem momentos marcantes o suficiente pra valer a pena assistir, tirando a cena da Armadura de Sagitário (que vai ser repetida ad eternum no resto dos filmes).

46- Expresso do Amanhã – Snowpiercer (Bong Joon-Ho, Coréia Do Sul , França , EUA , República Tcheca, 2013)
Futuro distópico, toda o resto da humanidade está em um grandioso trem. Lá, está reproduzida toda a estrutura social clássica: alguns com privilégios, uma maioria vivendo na mais abjeta pobreza. Assim, se dá a revolução. Ficção científica típica, mas com cenário inusitado e criativo. Conceito visual muito interessante, ritmo constante, e um importante e empolgante senso de progressão e crescendo, sem medo de tomar decisões difíceis e matar personagens ao longo da história. Um filme cruel, inventivo e cativante.

47- O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos – The Hobbit: The Battle of Five Armies (Peter Jackson, Nova Zelândia/EUA, 2014)
Desculpa, Peter, mas não dá pra te defender aqui. O terceiro Hobbit abre com uma cena que deveria estar no segundo; segue com uma colcha de retalhos de batalhas épicas sem emoção; chega no clímax com lutas individuais que até têm os seus momentos… e o hobbit do título assiste a tudo, inútil. Tem tomadas muito bonitas (Thorin falando com a voz do dragão é realmente muito criativo e assustador), mas depois do segundo filme, que não significa nada, não tem como se importar com esse.

48- Os Cavaleiros do Zodíaco: A Grande Batalha dos Deuses – Saint Seiya: Kamigami no Atsuki Tatakai (Kozo Morishita, Japão, 1988)
Pra mim, o melhor dos quatro filmes clássicos dos Cavaleiros de Atena. Apresenta até certa motivação de personagem, alguns conflitos bacanas, e tem boas lutas (com destaque pra já clássica luta entre Shiryu e Hyoga). E não termina com Sagitarius Ex Machina (pelo menos, não totalmente)!!! Ponto pra ele!

49- Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda dos Defensores de Atena – Saint Seiya: Shinku no Shōnen Densetsu (Yasuhiro Yoshikawa, Japão, 1988)
Tem um tema interessante: Qual a relação dos humanos para os deuses? Por que os deuses deveriam se aproximar dos humanos? Ter um tema já é algo raro para um filme dos cavaleiros. Ter um 1º ato bem definido, então? Caramba!! Mas acaba se perdendo na choradeira. Não é ruim, mas parece maior do que realmente é.

50- Os Cavaleiros do Zodíaco: Os Guerreiros do Armageddon – Saint Seiya: Saishûseisen no Senshitachi (Yasuhiro Yoshikawa, Japão, 1989)
O pior dos filmes dos cavaleiros. Apenas o básico: Atena vai morrer! Corram, cavaleiros de Atena! E eles correm em fila, lutam, perdem, voltam e vencem. De longe, os piores designs de inimigos de toda a franquia (talvez empatados com os cavaleiros fantasma da Gisty; lembra deles?). Talvez só a cena de Hyoga, Shiryu e Seiya com armadura de ouro juntos se salve.

51- Os Cavaleiros do Zodíaco: Prólogo do Céu – Saint Seiya: Tenkai-hen Joso Overture (Shigeyasu Yamauchi, Japão, 2004)
Bastante bom. Mas estranhamente distante da atmosfera “Cavaleiros do Zodíaco”. É lento e contemplativo. Até as cores e a trilha sonora acabam sendo bem diferentes. Mas está tudo a favor do tema (muito parecido – talvez diretamente tirado de lá – com o filme do Abel) sobre a distância entre humanos e deuses. Um dos melhores (talvez o melhor) filme da franquia. Uma pena que não tenha sido usado pra fazer a lendária “Saga do Céu”.
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52- Com a Bola Toda – Dodgeball: A True Underdog Story (Rawson Marshall Thurber, EUA, 2004)
Eu acho que é possível gostar da genialidade e relevância social da comédia de um George Carlin ou um Louis C.K, e ao mesmo tempo, dar risada de um cara tacando chaves-inglesas na cabeça de 5 idiotas. Eu gosto muito desse filme, mesmo sendo uma idiotice infernal. Peguei por acaso na TV, não consegui deixar de ver até o fim, de novo.

53- Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança –Star Wars Episode IV: A New Hope (George Lucas, EUA, 1977)
Agora sou um “nerd de verdade”!!! 27 anos de idade, e por algum motivo, nunca tinha visto Star Wars. Agora vi. E digo que são, legitimamente, filmes bons!! Juro que duvidava. O primeiro é meu preferido, por ser mais coeso: É uma missão de resgate e fuga; ponto. Gosto da ambientação, os diálogos são divertidos, e o jeitão de “ficção científica besta” é a minha parte preferida. NÃO É um grande épico, são uns caras que acabam se metendo em uma confusão com o Império. Muito divertido.
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54- Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca –Star Wars Episode V: The Empire Strikes Back (Irvin Kershner, EUA, 1980)
Aqui entramos na parte realmente “épica” da coisa, onde Luke começa seu treino Jedi e tem que enfrentar seus monstros internos e conflitos. Muitas das cenas mais marcantes da franquia estão aqui (“I’m your father”), então não tem como não gostar. Mas, pra ser polêmico, acho o treinamento com o Yoda a parte mais fraca do filme. Desvia e destoa (sim, mesmo sendo uma das bases pro conflito mais importante da trilogia).

55- Star Wars Episódio VI: O Retorno de Jedi –Star Wars Episode VI: The Return of Jedi (Richard Marquand, EUA, 1983)
Estranho como esse poderia ser um filme bastante objetivo (“Precisamos desativar o escudo da Estrela da Morte!”) mas ele consegue ganhar peso de um lado (Luke e seus diálogos com Vader) e perder totalmente o impacto por outro (Ewoks). O mais fraco dos três, mas ainda diverte bastante.

56- Harry Potter e a Ordem da Fênix – Harry Potter and The Order of the Phoenix (David Yates, Reino Unido, 2007)
Por uma série de coincidências, esse é o filme da série Harry Potter que mais vezes assisti até hoje. Peguei sem querer na TV e acabei vendo de novo. O que mais gosto desse filme é do clima de paranoia e conspiração, e de como Harry vira realmente um agente nesse ponto da história, usando suas experiências passadas a favor dos amigos. Um bom filme. (mas ainda não me importo tanto com a franquia como um todo)

57- Operação Invasão – The Raid: Redemption (Gareth Evans, Indonesia, 2011)
Filme indonésio de luta, no qual a polícia (a SWAT deles) invade um prédio controlado por uma gangue, mas acaba sendo uma armadilha. Plot básico à parte, o destaque são as sequências de luta: Porrada super rápida e intensa, muito violento, com sangue, membros quebrados, pessoas voando, mortes (inclusive de personagens-chave)… Tem seus problemas, mas pra quem curte um bom filme porradeiro, perfeito.

58- Jogos Vorazes: Em Chamas – The Hunger Games: Catching Fire (Francis Lawrence, EUA, 2013)
Já gostava bastante do primeiro, muito mais pela metáfora da sociedade de consumo perdida em seu mundo de fantasia, do que pelos “Jogos Vorazes”. Aqui, aconteceu a mesma coisa. A primeira metade do filme é toda sobre como está a situação política do lugar, e, mesmo que ocasionalmente maçante, é bastante inteligente. Já quando os “Jogos” começam… armadilhas de videogame, porrada sem graça, mortes sem impacto… Uma longa espera até o plot twist final, esse sim, bastante interessante. “This is the revolution.”
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59- A Entrevista – The Interview (Seth Rogen, Evan Goldberg, EUA, 2014)
Muito barulho por nada? Talvez. Politicamente falando, é um filme inofensivo (apesar de ter uns pontos interessantes tanto sobre a Coreia do Norte como sobre a hipocrisia americana), então ele se tornar pivô de conflitos tão grandes é uma baita de uma bobagem. Mas é o típico filme do Seth Rogen. Pra quem gosta (e eu gosto), é o de sempre. Derrapa um pouco no meio, mas quando resolve enlouquecer no clímax, vale a pena. Destaque para o longo desenvolvimento da piada do “Fireworks”. (mas James Franco quase estraga o filme, com sua atuação esquisita)

60- O Poderoso Chefão – The Godfather (Francis Ford Coppola, EUA, 1972)
O único defeito que achei no filme é ritmo. É um filme enorme e lento. Mas… é um filme de 1972, e eu estou (re)vendo em 2014. É um comentário anacrônico. Sendo assim, filme praticamente perfeito. Pra mim, muito melhor e mais impactante que Marlon Brando aqui, o melhor do filme é Al Pacino no auge. Sua lenta e dolorosa transformação no “Don” da família Corleone, e como isso impacta dentro e fora de seu círculo familiar. Clássico inquestionável.
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Mais uma vez, a minha lista de filmes do ano!! […]

32 thoughts on “Os 60 filmes de 2014 do Kitsune”

  1. Muitos bons e muitos maus filmes nessa lista. Enfim, adorei “O Lobo de Wall Street”, com certeza entra na minha lista de melhores do ano, e acho sim a melhor atuação do Di Caprio, principalmente por ele conseguir atuar sempre “em maiúsculo” e nunca soar exagerado. Claro que a direção do Scorsese, que é excessiva pela necessidade da história, ajuda.

    Discordo sobre o mérito de “12 Anos…” ser principalmente por parte do livro. Do começo ao fim dá pra perceber o trabalho do Steve McQueen (o diretor), que não desvia a câmera em momento nenhum. Adoro, principalmente, a cena onde o Solomon está enforcado, lutando pra ficar com os pés no chão. O McQueen mantém o plano por uns 5 minutos, e causa um desconforto enorme.

    Claro que não tem como comentar filme por filme, mas visto que você viu a maioria dos filmes do Oscar, gostaria de te recomendar dois filmaços que também acabaram na premiação: “Ela”, do Spike Jonze, e “Inside Llewyn Davis”, dos irmãos Coen.

    Ah, parabéns pelo trabalho de tradução em “Locke”.

    1. Eu escrevi aquilo logo que assisti o 12 Anos, talvez com um olhar mais atento eu ache melhor. Mas é que em meio a tantos filmes mais “cinematograficamente” ousados (Clube de Compras é um puta filme intenso, com edição doida, e podia ser bem mais chato… e eu tinha acabado de ver Lobo de Wall Street), me pareceu um filme normalzão.
      Mas a cena dele enforcado é foda. Devia ter citado, msm.

  2. Kitsune já pode se considerar um crítico de verdade, usou a palavra “anacronia” três vezes nesse texto.

    Brincadeiras à parte, como eu sou um aculturado do caralho (até gostei de Hobbit 3, olha que absurdo!) só posso comentar o quanto fiquei aliviado de saber que não sou o único que achou a parte dos jogos no 2º Jogos Vorazes uma tremenda bobagem. Os jogos viraram viraram para o filme o que torneio de luta são para mangás: uma distração para a falta de capacidade do roteirista de criar algo melhor. O 2º filme deveria se focar inteiramente na parte política, ou, se era pra ter “jogos”, seria muito mais interessante se a caçada se passasse dentro dos distritos, com a Katniss fugindo dos perigos enquanto se preocupa em proteger os inocentes do perigo que ela própria trouxe pra eles. Ainda serviria para reforçar a influência da personagem como símbolo entre o povo.

    Enfim, por mais que Em Chamas seja um filme tecnicamente melhor que o primeiro (os efeitos especiais são melhores, a ação é melhor coreografada, etc), a história funciona muito pior.

  3. “Clube de Compras Dallas – Dallas Buyers Club”

    Ótimo? Eca. Parece um bloco de notas informativo. Um porre.
    Se não fosse por Leto e Matthew, passaria despercebido.

  4. Ótima lista Kitsune!

    – Locke é o filme que me fez ver como Tom Hardy é um grande ator, sendo Bronson a primeira grande surpresa (que descobri graças à sua recomendação). Ficarei com atenção redobrada nos próximos trabalhos dele.

    – Acho que você vai curtir o 3º Jogos Vorazes, pouca ação e muitas ideias sendo trabalhadas, além de ser muito mais contemplativo.

    – O Oscar desse ano foi recheado de filmes excelentes. Mas sobre Trapaça é aquilo que o Pablo Villaça comentou na época: É o filme mais “ok” no gosto comum, fácil de agradar, mas difícil de incomodar alguém, e isso não é sinônimo para um grande filme. Só deixo a recomendação para assistir “Ela”, que foi o meu favorito da premiação desse ano.

    – O Poderoso Chefão realmente é uma obra-prima, mas as opiniões se dividem mais nos próximos dois filmes. Veremos o que vai achar deles.

    – Garota Exemplar, junto de Ela, foi pra mim o melhor filme de 2014 (ou dos que assisti), David Fincher em um dos melhores filmes da sua já excelente carreira. Só de lembrar da cena que abre/fecha o longa me deixa arrepiado.

    – Por fim, você é um guerreiro por ter feito essa maratona de filmes de CDZ, porque olha, não é fácil não haha.

    1. Acho que nunca vi Shaun of the Dead inteiro, mas Hot Fuzz é FODA PRA CARALHO. Preciso muito rever. Uma das minhas comédias preferidas.
      E meu favorito do ano (apesar de ter sido lançado lá nos States em 2013) foi O Lobo de Wall Street, mas Garota Exemplar tá ali coladinho.

      1. Hot Fuzz > “Todo Mundo Quase Morto.

        Paul – O Alien Fugitivo é legalzinho, Só faltou a direção do Edgar Wright pois a dupla Simon Pegg e Nick Frost está de volta, o roteiro é deles! Talvéz tenha faltado o dedo do Edgar no roteiro, mas pelo menos o Pegg mantem o estilão presente!

  5. Opa, pelo oq eu li já sei que tenho q adicionar mais filmes na minha lista. Mas olha Kitsune, tá faltando uns filmes de terror ai, hein? Não curte esse gênero?
    E se possível vc tbm poderia fazer mais side quests sobre filmes, que tal? (Eu sei que é inútil pedir, mas não custa nada tentar). AH, e veja Thelma e Louise que é ótimo.

    1. Thelma e Louise! Esse filme nunca passa pela minha cabeça, mas tem que fazer parte do repertório.
      E, olha… terror não me desce. Não consigo nem assistir um trailer e me interessar. Sempre foi assim. (mas, é, precisa ver, né?)
      (ALSO: SIM! Vídeos sobre filmes, sim!)

      1. Assista Psicose (o original pelo amor de deus!!!!)

        O único defeito deste filme (que como Um Drinque No Inferno) começa de um jeito e de repente vira outro filme é se explicar demais no final, mas considerando a época do filme era meio necessário!

        Hitchcock é demais, este nem é o melhor dos filmes dele, mas é obrigatória (se ainda não viu), Acho que todos os filmes dele são ótimos (pelo menos todos que eu vi) até os filmes feitos na Inglaterra como o 39 Degraus e o Sabotagem, filmes de apenas uma hora, super ligeiros e divertidos, ainda não tem a marca do cineasta mas já muito bons (levado em conta época e recursos).

        Outro diretor que adoro é o Brian de Palma, ele é over muitas vezes, mas faz parte do seu charme!

  6. Porra, Stand-Up é tão cinematográfico quanto especial de fim de ano da Globo ou DVD de apresentação de banda ao vivo, não to falando que um “vídeo de Stand-Up é algo ruim, pode até ser comparado a um documentário (nem todo documentário tem qualidades cinematográficas), mas achei que rolou uma trapaça ai!

    Ano que vem vai citar os filmes pornos também? huahhahahaha, tem uns bem mais cinematográficos diga-se de passagem!

    Desculpa a brincadeira!

  7. Só eu acho Star Wars muito ruim?A princesa Leia é uma personagem desnecessária ,o Luke é muito raso ,há o império do mal,mas ninguém sabe como ele prejudica a todos.Nem o motivo dos rebeldes se oporem aparece.Realmente ,detestei a trilogia.

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