VQ Review – Valvrave The Liberator – Ep 01

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Minhas expectativas para Valvrave The Liberator estavam muito acima do que recebi nesse primeiro episódio. O maior problema de querer agradar a maioria do público é a falta de foco. Esse anime parece atirar para todos os lados, com cenas clichês e personagens estereotipados demais. Sinceramente, até Photo Kano me agradou mais. Pelo menos ele é honesto em deixar claro qual o seu público.

RESUMINDO

A humanidade já não sabe como é viver no Planeta Terra. Cidades espaciais prosperam há anos, dando uma falsa sensação de segurança à população. Por algum motivo, um grupo invade a Esfera Dyson, uma colônia espacial, com o objetivo de roubar uma arma secreta: o mecha Valvrave, um robô de alta capacidade de combate. Isso acaba mudando completamente a vida de todos os habitantes, principalmente de Haruto Tokishima que deverá enfrentar as consequências dessa batalha.

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EU ACHO QUE…

Apesar do ritmo inicial lento ser mal executado, ele foi competente para mostrar como a população estava acomodada com toda aquela paz. Mas ai já entra em um ponto que ficou no ar: Qual o maldito problema de se ter paz? O que está acontecendo naquele universo que faz ser tão prejudicial o povo viver sua vida pacata na colônia espacial? Nesse primeiro episódio não foi falado nada e senti falta dessa informação. Claro que nos próximos episódios eles vão abordar isso, mas se eu não vejo o propósito da história logo no início, qual o incentivo de continuar assistindo? (No meu caso, é escrever os Reviews para o Video Quest, mas já adianto, se não fosse por isso, já tinha abandonado).

Eu não gosto quando uma série, filme, anime, mangá, etc. usa o narrador para me ambientar em uma história. O narrador aqui só explica que a humanidade foi viver no espaço que estamos no Terceiro Reinado Galático (como se isso fosse dar importância para o resto do episódio), e que o nome da colônia é Esfera Dyson. Qual a relevância disso? Uma cena deixa bem claro que a humanidade vive no espaço. Um diálogo bem feito (coisa que não vi aqui), pode me dar mais informações do que 1 minuto de um narrador cuspindo nomes e fatos. Um exemplo? Cowboy Beebop. Logo no primeiro episódio você entende como o universo dessa obra funciona.

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Ok, o narrador explicou da forma mais tosca possível o ambiente e alguns fatos irrelevantes. Qual a cena seguinte? ESCOLA!!! Claro, com direito a competição de quem come mais e personagens estereotipados ao extremo. Temos o protagonista covarde, a garota valente, o melhor amigo cool, o vilão filósofo e frio, sua trupe de capangas, a professora gostosa, o general de tapa-olho, uma assistente gostosa, a garotinha geek e o pior tipo para mim que é a garotinha que se acha idosa, com direito a frase: “Ah, essa juventude…”.

Depois de sofrer até a metade do episódio, ocorre a tal da invasão a colônia. Simples assim, sem motivo, o vilão de tapa olho dá a ordem para a invasão. As cenas do início da invasão intercalam com a declaração do protagonista para a garota que ele gosta. Essa tentativa de tensão é “importante” (entre muitas aspas como diz o Leonado Kitsune), por que nós já sabemos o quanto ele gosta dela. Independente desse drama todo, sentiríamos a dor pela perda dela logo à frente. A morte dela, pois é a única maneira de um personagem bobo e sem graça como o Haruto querer agir e pilotar um robô contra um exército.

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Adorei o plano de roubar o robô ter falhado. De cara temos um vilão genérico que adora fazer show-off. Se mete na conversa do protagonista sem motivo só para humilhá-lo e provar que o seu ponto de vista é o certo. Sua equipe é composta por um grupo de personagens, que já deu para perceber que cada um vai cuidar de uma tarefa específica durante a série. Já apareceu o hacker que invade o elevador e o maluco que gosta de matar pessoas.

Com a fúria de perder sua amada, Haruto decide se vingar dos invasores e destruí-los. Num show de luzes e quadros rápidos até que a batalha foi competente, mas nada excepcional. Foi óbvia a vitória do protagonista, mas a sequência final foi muito bem executada, mostrando toda a alegria dos seus colegas por terem sido salvos e a dor de ter perdido sua amada.

INCONSISTÊNCIAS

O roteiro tem algumas inconsistências que me incomodaram. Por exemplo, quem teve a ideia genial de esconder um robô embaixo da escola? Realmente esse é o local mais seguro da colônia inteira. E como o vilão descobriu isso só de olhar? Bom… olha a perspicácia do rapaz:

“Vejo 40 assentos pela janela. (Sim, e dai?)  Tem 480 estudantes lá dentro (Ok, você enxerga muito bem, pode continuar o Show-off). Mas a construção é simples (Novamente, e dai?). Considerando o peso máximo que uma estrutura pode aguentar (Hum?! ok, vamos ver onde isso vai dar)aquele prédio não aguenta mais nada (Por que? Tá rachado? Onde?). LOGO (o robô) está DEBAIXO do prédio!!! (WTF?!)” 

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Em outra cena o Haruto aciona o console do robô. E o que me aparece? Uma menininha dando boas vindas!!! Não dá!

Na sequência, o exército inimigo percebe que o plano do garoto show off deu errado e decide partir para a porrada com ele. Em certo momento, o general exclama: “Como pode perder para uma criança?!” Que eu saiba ninguém, além dos amigos dele, viu o protagonista entrar no robô. O general deve ter poderes psíquicos para adivinhar o piloto com tanta precisão.

E para encerrar, só pergunto a necessidade da cena abaixo:

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CONCLUSÃO

Sem um roteiro sólido, cheio de buracos e recheado de personagens clichês, Valvrave aposta exclusivamente da animação e fan-service para prender o público. Mais um anime genérico de robôs lutando à toa, luzes voando para tudo quanto é lado e música alta. Vou acompanhar e ver se a coisa melhora, por que o que vi aqui não me empolgou.

Valvrave no Xil

 

 

Minhas expectativas para Valvrave The Liberator estavam muito acima do […]

31 thoughts on “VQ Review – Valvrave The Liberator – Ep 01”

  1. “Anime genérico de robôs lutando à toa, luzes voando para tudo quanto é lado e música alta.”
    Mas não é disso que se trata todos os animes de mecha?
    Tá, na verdade faltou o draminha ridículo.

      1. Aquarion evol ate pode ser mais Lagann e outra historia,os personagems são foda e carismaticos a historia e estremamente interessante e os mecha são diferente do abitual,por isso que comparar o valvrave com lagann não da cara.
        So espero que melhore historia de valvrave, senão vai dar uma pena do Danilo Kaneda que vai ter que assistir isso ater o fim.

      2. Assistiu Gurren Lagann inteiro? Eu dropei no primeiro episódio pensando que seria mais um anime de mecha nesse estilo, mas depois que assisti inteiro ficou muito claro que é bem diferente do comum anime mecha da Sunrise que sai um igual toda temporada.

    1. Cara, Guren Lagann tem uma historia mais interessante (humanidade escondida em buracos), tem uma animação estilosa que foge dos padrões, uma trilha sonora muito boa e personagens muito bons (Kamina dispensa comentários. Não vi nada disso em Valvrave.

      Geralmente o que eu curto em animes mechas (os bons, tem muita coisa ruim por ai) é o clima militar tenso, as batalhas e as relações políticas.

  2. Concordo em gênero, número e grau com você kaneda. Teve uns minutos bem wtf como essa análise do prédio que o antagonista fez, a parte que um simples estudante começa a pilotar do nada como profissional (embora essa parte já seja meio clichê nessas histórias de mecha), a úlitma cena também quando vi eu praticamente exclamei wtf!!??…vou seguir a regra dos 3 primeiros episódios e ver no que vai dar porque se fosse só por esse primeiro já tinha ido pro saco mesmo.

  3. Eu discordo, pra mim foi um bom começo, apesar de todos os clichês inseridos que já esperava, só a parte do protagonista fazer… protagonismos desnecessários, aí já é outra história. Vamos esperar mais um pouco pra tirar conclusões precipitadas, esse primeiro episódio pode ter sido apressado e sem um foco, como de fato foi, mas talvez por se tratar de uma introdução, como a maioria dos animes, no segundo episódio as coisas acabam se normalizando, eu espero.

  4. qual o ´problema d cenas clichês e personagens estereotipados todo anime tem pelo – metade do elenco deles. ponto o robô ta em baixo da escola nao e tanto absurdo ja q ele nao tem base milita sao neutros e ali pelo q mostra nao e uma escola e a escola normal coloca gênios d hoje ensinado os d amanha dai para os cientistas trabalharem melhor deixa o laboratorio la. ou vc queria uma fortaleza cheia d canhóis e robôs com uma placa escrita laboratorio secreto de robores super poderosos quais nos nao deveríamos possuir ja q somos neutros ps a sena da menina segurando o peito da professora si justifica na sena a aluna e uma pervertida com tendências lésbicas no anime precisa diso si quiser vender os botequins

      1. Cara, é bom sim. Boas batalhas, bons personagens e boa história. Não é nada excepcional, mas se você quer algo pra se divertir, vale a pena. As criticas pesadas vão para a continuação, que é o Gundam Seed Destiny.

  5. Concordo com você, Kaneda. Achei absurda a reação do protagonista. Passamos metade do episódio vendo como ele é fraco, sem iniciativa, e a atração dele pela menina não é bem trabalhada, fica superficial, então não dá pra engolir que a morte dela seja um choque terrível a ponto de causar uma mudança tão grande no garoto. Eu imaginaria ele ficando paralisado, traumatizado, mas sair correndo pra pilotar um robô (que ele nunca viu antes e não sabe como funciona!)?

    Vou ver o segundo episódio por curiosidade em relação à esquisitíssima cena final, mas além disso, não sei. Se a garota aparecer vivinha da silva depois daquela explosão dantesca, pode ter certeza que eu nem termino de assistir, é muita inconsistência pra mim.

  6. Concordo, Anime mais clichê impossível! um episódio foi mais q o suficiente para abandona=lo

    Obs: Pecado colocar Gurren Lagann em uma lista de Mechas genéricos, além de ser muito bom (personagens cativantes historia interessante etc e tal) é o anime de “Mecha” mais original q eu conheço.

    1. Cara, quando eu vi o pessoal na escola eu já percebi que o episódio ia ser UMA MERDA. Ah, e é lógico que a guria não morreu. Mais tarde ela vai retornar pra continuar motivando o protagonista bundão.

  7. N vo acompanhar isso nem a pal, concordo totalmente com o post. Só faltou o aluno transferido(não sei como tem tanto aluno transferido em anime escolar no japão) estrangeiro(50% dos casos ele vai ler um inglês ENGRISH pra turma e todo mundo vai ficar encantado) misterioso pra completar a salada!!

  8. “Vejo 40 assentos pela janela. (Sim, e dai?) Tem 480 estudantes lá dentro (Ok, você enxerga muito bem, pode continuar o Show-off). Mas a construção é simples (Novamente, e dai?). Considerando o peso máximo que uma estrutura pode aguentar (Hum?! ok, vamos ver onde isso vai dar), aquele prédio não aguenta mais nada (Por que? Tá rachado? Onde?). LOGO (o robô) está DEBAIXO do prédio!!! (WTF?!)“

    HAHAHAHAHAHAHAHA
    EU RI MUITO ALTO, HAHAHAHAAHAHHHAHA

    1. Colocaram essa baboseira toda só para tentar estabelecer que o cara é um fodão e que ele vai ser o gênio estrategistas nas batalhas que virão nos próximos episódios. Aff.
      Num roteiro decente, eles teriam agentes infiltrados que colheriam informações sobre as instalações estratégicas. Eles entrariam sorrateiramente, a lá missão impossível, etc
      Putz a organização dos caras não sabe nem falsificar documentos direitos: “Ei, espera aí, mas eram para ser apenas 2 estudantes transferidos”
      Aff…

  9. Opa Kaneda, cara eu tbm tive as mesmas falsas expectativas, é ver pra frente pra ver se melhora, mas sem divuda nenhuma, o primeiro epi de Ginga Kikoutai Majestic foi muito melhor do que Valvrave. Eu me surpreendi pensei que era só comédia, mas promete muito, principalmente com os char design de Gundam Seed

  10. Te dizer o que ví:
    Cópia de Gundam. Mas sem o pano de fundo de reflexão e contestação político social, ao menos não no primeiro episódio.
    As cenas de slice-of-life foram totalmente desnecessárias. A relação afetiva do protagonista com a menininha poderia ser melhor desenvolvida, sem aquela baboseira de competição de quem come mais. Alias, a morte da garota não me chocou. Não senti empatia e nem acreditei na perda e motivação gerada a partir dela.
    Grande parte do episódio desperdiçada com aquela enxurrada de posts no twitter, como pretenso incentivo para o protagonista despertar seu espírito de luta.
    Também achei totalmente desnecessário os vilões sádicos maluquetes. Eles deveriam ter um ideal, uma ideologia. Não “ah, que chato, vc sempre mata todo mundo e não deixa nada p mim, sniff”
    Também soou falso demais a luta, em que o protagonista derrota todo mundo na sua primeira vez pilotando e não causa nenhum dano colateral na colônia.
    -Cara eles estão disparando lasers dentro de uma colônia espacial pressurizada. Num Gundam legítimo da vida, o herói teria destruído metade da colônia e deixado metade dos vilões escaparem e ficado se torturando p causa disso.
    O design do mecha também não convenceu.
    E porra, que isso, Crepusculo? O moleque agora é um vampiro? Desnecessário, pois tira a emoção das lutas. Para que ficar na espectativa, né? O moleque é vampiro, ele num vai morrer, então nem importa se ele se fuder todo nas lutas.

    Meu veredito. Se queriam fazer um Gundam, então fizessem. Mas, tentar pegar Gundam e entulhar uma porrada de esteriótipos e ingredientes de outros estilos só para tentar ganhar os públicos que geralmente não assistem Gundam, acabou não dando muito certo.

    Prefiro mil vezes ver Gundam Seed, com o protagonista mais irritante que Gundam já teve (Kira Yamato, cara tú chora demais), que assistir Valvrave (se eles não fizerem uma mágica para salvar a série).

  11. Tbm me decepcionei ao assistir esse primeiro epi. Primeiro pq tenho nojo de personagens arquétipos, será que não podiam colocar simplesmente um personagem que fosse um aluno comum, na média, que não fosse muito aparecido nem muito introvertido? E o mesmo para a garota pela qual ele está “apaixonado”. Tinha que ser mesmo aquele clássico tipo de garota “macho”, que fica o tempo inteiro agindo como um homem? Tbm fiquei perdido na lógica do garoto do mal lá, que só de olhar o design da escola parece que recebeu via Wifi telepático a planta da predio, e ainda me lança akela frase mó trash dizendo que por causa da estrutura da escola o mecha só poderia estra lá embaixo. Outra coisa, porque diabos uma ARMA estaria fazendo abaixo de um prédio cheio de crianças/adolescentes??? Coincidência? Ou será que os cientistas pensaram assim: “Hehe, vamos colocar o mecha ultra-motherfucker embaixo da escola, porque os vilões nunca irão imaginar que nós colocariamos uma arma mortal sob um predio cheios de estudantes inocentes?”. Mas o “Ó” do episódio foi quando naquela parte melosa, que todo fã homem de animê curte, que é a parte da melação de calcinha do Haruto com a futura mina dele, ele fica na maior frescura pra dizer o que sentia pra menina até que a invasão sem sentido do capitão caolho acontece e no meio da confusão e da fuga dos persongens principais, a Juma Furacão (a mina macho do Haruto) pára pra resgastar um ferido enquanto que nosso heroi está a metros de distancia locou pra fugir dali, depois disso ela leva uma rajada de energia e some deixando o Haruto desolado e furioso ao ponto de entrar no mecha que à essa altura já estava todo aberto, até com as escadas arriadas esperando por ele. Bom, mas onde o Haruto teve aulas de pilotagem de um mecha que alias ninguem nem sabia que existia??? WTF??? Nó veio, muito trash esse motivo. “Ai, eu vou lutar contra os vilõezinhos pq eles mataram minha mina!” Vai se f*#%@ seu v!@*&, tu nem sabia se o amor era mutuo seu corno. Se a mina fosse namorada dele à mó tempão e talz e quando ele tivesse pronto pra pedir em casamento aew sim seria plausivel toda aquela fúria, mas ficar brabinho pq a TALVEZ futura namorada dele morreu sendo que nem parece que ele era tão proximo dela assim, par mim num colou. Até o fator nome me deixou entristecido. Haruto? Que raios de nome de personagem é esse? Com um animê/mangá com um nome tão parecido, meio difícil saber se esse nome foi uma boa escolha. Bem, vou ficar naquela de 3 epi. se colar, colou. Se não colar, babau!

  12. Se eu fosse vc ne continuariae assistindo, do geito que abordou o anime, parece que vc repara tudo nos minimos detales, eu particulamente lendo o seu reviw poderei ate concordar en certa parte, mas eu acho que esse fatores nao deixa o anime ruim.

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