Análise – mangá No Game No Life vol.1

A editora Newpop começa o ano apostando todas as suas fichas em No Game No Life, mas será que o mangá é tudo isso mesmo? Ou é melhor ficar só com a light novel? Pois temos a resposta para suas dúvidas. ACCIENTE!

Que comecem os jogos

Em No Game No Life acompanhamos a história dos irmãos Sora e Shiro, eles são conhecidos como a lenda urbana “Kuuhaku” (significa lacuna) um jogador tão bom que nunca perdeu em nenhum jogo online. Os dois são tão viciados que praticamente nunca saem de casa, até o dia em que recebem o convite de um deus chamado Tet para irem a outro mundo onde todos os problemas são decididos através de jogos (de vidas a limites territoriais). O problema é que a raça humana tem ido mal nesses jogos e os dois acabam se tornando a última esperança para humanidade voltar a ganhar o território que está sendo tomado por outras raças.

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Edição Brasileira

O mangá é uma criação do autor Yuu Kamiya, pseudônimo de Thiago Lucas Furukawa, um brasileiro filho de dekasseguis que ainda bem jovem se mudou para o Japão e hoje publica uma das light novels de maior popularidade da terra do sol nascente (para saber mais sobre o autor clique aqui). O mangá que adapta a história da light novel começou a ser publicado em 2013 no Japão pela editora Media Factory e conta por enquanto com apenas um volume encadernado.

A edição brasileira chegou às bancas no começo de janeiro custando R$14,00, com páginas coloridas e em periodicidade indefinida. A qualidade do material está boa e continua seguindo o padrão que a editora já aplica em seus outros materiais. A capa do volume 1 é bem fiel a edição japonesa e trás uma belíssima ilustração dos protagonistas, já nas páginas internas o desenho parece ter um traço e um acabamento um pouco inferior do esperado (ainda mais se comparado a bela arte da capa).

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Estratégia e fanservice 

Conheci No Game no Life após o anúncio do anime e admito ter ficado surpreso ao descobrir que a história era publicada por um brasileiro, entrar no mercado de mangás e light novels já é difícil para um japonês, imaginei então para um estrangeiro. Pela curiosidade de ver o trabalho de um conterrâneo sendo transformado em anime acabei assistindo a adaptação do estúdio Madhouse e rapidamente fiquei fã da obra. Com o lançamento da light novel e do mangá no Brasil meu interesse sobre a obra voltou e resolvi ver se na mídia impressa ela me conquistaria também.

O que posso falar agora com o mangá em mãos é que a adaptação para quadrinhos também está bem fiel e consegue transmitir toda a diversão e inteligência da história criada por Kamiya. Então tanto o marinheiro de primeira viagem que ainda não conhece a história, quanto o fã que já assistiu o anime ou leu a light novel vão conseguir se entreter de maneira satisfatória.

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A única coisa que me incomodou bastante foi o excesso de fanservice do primeiro volume, o mangá acaba sendo bem mais ecchi que o anime, apesar de ainda ficar mais leve que a light novel. Se você é fã do gênero vai ter um motivo a mais para ler o mangá, caso não seja ainda de uma chance porque a história é boa.

Outro ponto ruim, principalmente para quem já assistiu o anime, é a falta de detalhes dos cenários e do mundo de Disboard. No mangá praticamente não temos cenários, o foco dos desenhos acaba ficando na silhueta dos personagens, principalmente os femininos é lógico. Por ser um mundo de fantasia muitos elementos fantásticos poderiam ter sido explorados para conquistar o leitor, mas pelo menos nesse primeiro momento isso ficou de lado.

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Considerações finais

No geral o mangá de No Game No Life funciona como um material complementar, ao final da primeira edição existe até uma “short story” que deve agradar bastante os fãs da franquia. Como escolha de publicação acho que a editora Newpop poderia ter esperado um pouco, afinal o mangá ainda está muito no começo e a espera pode fazer os fãs desanimarem de continuar comprando a obra.

Caso você não ligue de esperar e esteja doido para ler uma história cheia de estratégia, fantasia e muitas garotas bonitas, sem dúvida nenhuma os jogos de No Game No Life irão te surpreender.  Na dúvida entre a light novel e o mangá, diria para ficar com a obra original que possui muitos mais detalhes, mas se o mundo dos livros não é muito a sua praia acredito que essa adaptação dará conta do recado.

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Ficha Técnica

Total de Edições: indefinido
Formato: 12,5 x 18,5 cm
Páginas: cerca de 200
Preço: R$ 14,00
Classificação etária: 14 anos

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Sobre Wagner

Wagner é o manda chuva do Troca Equivalente. Formando em algo sem relação alguma com o universo dos animes e mangás, está sempre por aqui dando seus pitacos. Pelo nome do blog já dá para imaginar qual é o seu mangá/anime favorito.

A editora Newpop começa o ano apostando todas as suas […]

5 thoughts on “Análise – mangá No Game No Life vol.1”

      1. eu não curto :! Mas NGNL tem uma história bacana. Se não for algo como Fairy Tail até compro se não nem quero. De qqr forma irei comprar o 1 assim q voltar pras bancas ESGOTOU aqui em RJ

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