Sekai no Chushin de ai wo sakebu – Socrates in Love – Editora JBC

Olá pessoal! Voltando para mais um post da série sobre Sekai no Chushin de ai wo sakebu, dessa vez com o manga originado do livro que você pode conhecer lendo aqui.

História original: Kyoichi Katayama  

Adaptação e desenho: Kazumi Kazui

Tradução: Mariana Ueda | Ficção – Romance – Drama | ISBN: 978-85-87679-96-3 | Lançamento: 09/2007 | Formato: 13,5 x 20,5 cm | 192 páginas | Preço Original: R$19,90

Após o sucesso obtido pelo livro Sekai no Chushin de ai wo sakebu lançado em 2001, era apenas questão de tempo para que obras relacionadas começassem a surgir. A primeira delas foi um manga adaptado e desenhado por Kazumi Kazui para a revista Petit Comic, da editora Shogakukan (a mesma do livro original, o que mostra mais uma vez a simbiose entre as produções japonesas, se algo faz sucesso será explorado da forma que for possível), nos números dos meses de Janeiro e Fevereiro de 2004, dessa vez com o título que o autor concebeu desde sua criação, Socrates in Love. Uma coisa interessante de notar é que apesar da história entre Sakutarou e Aki poder ser facilmente classificada como um romance adolescente, o manga foi lançado por uma revista Josei.

Assim como o livro, temos aqui a história de amor e dor entre os adolescentes Sakutaro “Saku” Matsumoto e Aki Hirose, que ao se conhecerem ainda no ensino médio, rapidamente sentem uma forte ligação que irá desafiar o tempo e o mundo, a vida e a morte. Na primeira página o leitor é confrontado com o fato de que Aki está morta e que Sakutaro não consegue se livrar do sofrimento dessa perda. Volta-se ao passado então para recontar o encontro e aproximação dos dois, tudo apoiado com o simples, porém, bonito traço de Kazui.

O manga é extremamente fiel ao texto original, recontando com habilidade muitas das diversas cenas que Katayama escreveu. Nas suas 192 páginas (maior que o livro em português por sinal) temos basicamente a mesma história, mas o desenho de Kazui dá um fôlego extra, seja nas cenas mais leves de comédia ou amor, ressaltando-se uma das cenas chaves que é a viagem do casal para a ilha deserta de Yumejima, ou nos momentos de tristeza, como na tentativa falha de levar Aki para a Austrália. Com um crescimento gradual, o leitor é levado a se apegar aos personagens sem dificuldade, principalmente por, da mesma forma que o livro, contar com um quadro mínimo de personagens, deixando o foco sempre nos dois protagonistas. No ápice do apego aos dois, chega a hora da dura realidade da primeira página retornar, quebrando de forma abrupta os sentimentos do leitor com o sofrimento pelo qual os dois irão passar.

Apesar da sua fidelidade, o manga deixa de fora algumas cenas que para mim são de extrema importância para o andamento. Não há comprometimento, mas quem conhece o livro original deve sentir falta em uma cena chave do manga. Bem no início do livro, Sakutaro liga para um programa de rádio, o favorito de Aki, e para ver sua carta escolhida na leitura ao vivo inventa uma história sobre uma garota da sua turma, “Julieta”, que teria Leucemia. Muito do enredo criado por Katayama se dá por uma sequência de “coincidências”, sendo essa a mais forte, infelizmente ficou de fora do manga.

Socrates in Love foi lançado no Brasil em Setembro de 2007 pela Editora JBC em uma edição de luxo da  para os padrões naquele momento. Apesar de que até hoje esse provavelmente é o manga mais bem cuidado graficamente da JBC, juntamente de Hiroshima – A cidade da calmaria. Custando o preço de R$19.90, lembro de ter ouvido algumas pessoas criticarem esse valor na época, mas quem pega o volume nas mãos tem uma satisfação grande e o sentimento de que valeu a pena.

São 192 páginas brancas (Desculpem, mas não sei dizer qual é o tipo de papel, lembra sulfite, mas é mais grosso e resistente), com acabamento em brochura no formato de 13,5 x 20,5 x 1 cm. A capa é elegante, apesar de infeliz ao trazer “O best-seller de maior sucesso do Japão em versão mangá”, isso poderia vir na parte de trás junto com o resumo. Diferente dos outros mangas que viriam pelo selo “Graphic Novel JBC”, não há aquela horrível barra de informações, o que foi um retrocesso por parte da editora. A tradução é boa e o texto flui sem problemas, ajudado por poucas notas de rodapé.

Pessoalmente falando, lembro de ter lido em 2007 este manga com grande prazer, tanto pelo trabalho da JBC quanto pela história emocionante e bem contada que tinha em mãos. Apesar de não ter chego a tanto na segunda leitura que fiz para escrever esse post, chorei na primeira vez que li, principalmente com o seu final. Socrates in Love é para mim um dos melhores materiais lançados no país e que felizmente recebeu o tratamento que merecia.

Onde comprar:

Loja HQM

Livraria Saraiva

Lojas Americanas

Gostando da sequência sobre Sekai no Chushin de ai wo sakebu? Então fique atento ao blog Gyabbo! que ainda tem muito mais!

Olá pessoal! Voltando para mais um post da série sobre […]

6 thoughts on “Sekai no Chushin de ai wo sakebu – Socrates in Love – Editora JBC”

  1. Saudações

    Jovem Denys, posso lhe garantir que chorei ao ler este mangá. A história dele é simplesmente maravilhosa.
    A narrativa de “Socrates in Love” é de uma qualidade que, das obras que já tive o prazer de ler, é acima da média. O conjunto de personagens também auxilia, por mais que sejam poucos de real impacto.

    E concordo contigo sobre a qualidade da obra na impressão brasileira. Muito boa mesmo.

    Mais um ótimo texto de sua parte.

    Até mais!

    OBS: escrevi há quase um ano atrás sobre este mangá em http://migre.me/55nVu. Me limitei muito no texto, para ser bem franco.

  2. Esse mangá me fez chorar também.
    Uma história muito diferente de tudo que eu estava acostumado a ler, é assim que defino esse mangá.

    Me lembro que quando comprei, achei o preço absurdo, mas depois de ler, disse que valia cada centavo.
    Um traço realmente lindo, com uma história muito emocionante.

    Ótimo texto.

  3. Nossa, diferente de você, eu odiei odiei odiei esse mangá. Achei ele extremamente chato e só cheguei até o fim pra aproveitar os vinte reais. Fiquei muito decepcionada porque já tinha ouvido falarem bem do dorama. Não gostei do traço e achei que a história era toda “quebrada”. Minha vontade, quando terminei, era de pedir meu dinheiro de volta, huahua. Não mexeu comigo nadinha. Mas faz muito tempo que li também… não sei se ainda pensaria assim atualmente.

    Parece que nossas opiniões sobre o livro e o mangá foram opostas! Desculpa! Parece até que eu digo só pra contrariar, mas juro que não! Eu até falei que não gostei na minha review do skoob que postei faz uns dias, pode ver. Parece que nosso gosto é bem diferente! XD Mas desculpa assim mesmo. Você se incomoda por eu postar aqui a minha opinião? ;_;

    Ah! E estou adorando a série! Mal posso esperar pelo próximo post! Até! :D

    1. @lali
      Faz parte Lali, independente de serem opiniões totalmente opostas, importante é ler a opinião das pessoas, se todo mundo concordasse não teria graça. Espero que você acompanhe a série até o final e espero sempre a sua opinião!

      Gyabbo!

      PS: Mas o manga é ótimo! XD

  4. Eu também não gostei do mangá. Quando falaram que ele seria lançado, fui logo comprar pela internet, nem esperei chegar nas bancas de Cuiabá. Mas quando comecei a ler não gostei, o ritmo da história não me agradou, parece que deu uns saltos, cortando muita coisa. Claro que o mangá não vai poder contar tudo, mas acho que faltou articular a história pra ficar bem adaptada ao mangá.

    E eu me senti impelida a comprar não apenas pelo nome e pelo fato de ser inspirado no livro do Kyoichi Katayama, mas também pela ilustração da capa. Pena que dentro ele não é tão agradável.

  5. Socrates in Love passa longe de ser meu mangá favorito, mas é engraçado como ele é um bom mangá pra fazer garotas “não-otakus” lerem e gostarem.

    Minha namorada não gosta de mangás, principalmente por falta de informação (e nem tem necessidade, né?), mas resolvi que Socrates in Love seria o mangá ideal pra ela conhecer como funciona os tais quadrinhos japoneses. Ela simplesmente se emocionou com a história e achou muito legal, tanto que me pediu pra indicar mais alguns pra ela ler.

    Daí pensei, que tal “1 litro de lágrimas”? Ela detestou! haha. Achou muito bobinho e infantil, porém resolveu ler Socrates in Love novamente.

    E de fato concordo com a opinião leiga dela. Socrates in Love é um mangá dramático, mas não é tolo e nem chega a ser chato. Claro, é um dramalhão danado, mas ainda sim é bom de ler.

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