Fairy Tail, Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini – Primeiras impressões

Um pouco atrasado, mas hoje chega mais um post sobre os animes da temporada de outono! Estamos quase terminando, acredito que no máximo mais três animes serão analisados aqui.

Fairy Tale

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E finalmente Fairy Tale estreou! Não que eu seja um fã do manga, na verdade só li o primeiro capítulo, mas eu sempre me empolgo com a estreia de grandes shounens. Felizmente fomos recompensados nesse primeiro episódio. Antes de falar da partes boas, vou fazer umas pequenas críticas aqui.

O primeiro ponto é a animação. Antes de seiyuus, antes de músicas, antes de muita coisa, pra mim o ponto fundamental para uma boa adaptação de um shounen é a sua animação. Afinal, normalmente eles não tem roteiros extremamente bem trabalhados, se baseiam mais em empolgar o telespectador com boas cenas de ação e comédia. Quando um anime de lutas não é bem animado, fico com aquele ar de estranheza no ar, algo como “Ah… poderia ser melhor”, tanto que isso era pelo menos 50% da razão pela qual eu gostava tanto de Soul Eater e suas cenas de ação incríveis e por que nunca fui muito com a cara da versão animada de One Piece.

Mas ela é tão ruim assim? Não, é razoável e consegue levar o anime, mas certamente poderia (e deveria) ser melhor. Não sei se tem algum sentido, mas acredito que animes longos como Fairy Tale provavelmente será, acabam economizando um pouco de dinheiro visto o grande número de episódios (se alguém souber se estou falando besteira, pode falar nos comentários, é mais um chute aqui).

Fora isso a estreia foi muito agradável, tiveram grande habilidade de contextualizar o mundo em que o anime se passa de uma maneira rápida, sem ser maçante. Os personagens principais que apareceram foram divertidos e carismáticos, algo fundamental para um shounen. A dublagem também é boa, apesar de inicialmente ter estranhado a voz da Hirano Aya no papel de Lucy. Além de tudo isso, claro, a história parece bem promissora, como disse uma amiga minha no twitter, “se envolve magia, então é no mínimo apreciável”, já começando de maneira a empolgar.

Só pra terminar, quero destacar a abertura, que pra mim é até agora a melhor dessa temporada de outono. Infelizmente não achei no Youtube para colocar aqui, visto a ridícula política de retirar esse material do site. Mas nesse link é possível vê-la.

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Darker than BLACK – Ryuusei no Gemini

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E Darker than Black está de volta! A primeira temporada quando saiu foi um grande e grata surpresa, era uma época em que eu não ia muito atrás de informações, lembro de ter simplesmente achado o nome legal e baixei. E que primeiro episódio foi aquele? Apesar de sua qualidade, DtB deixou MUITAS coisas sem explicação (eles explicaram alguma coisa?) e mesmo seu OVA não ajudou muito. Por isso uma sequência era algo lógico e quando Fullmetal Alchemist: Brotherhood foi confirmado, era só um questão de tempo (pra quem não lembra, o primeiro boato de uma sequência para Dtb saiu junto com o boato de uma nova série de FMA).

E se ali em cima eu comentei da animação não tão boa de Fairy Tail, aqui eu só posso louvar o ótimo trabalho que o estúdio Bones faz novamente nesse quesito! Enquanto algumas sequências perderam em qualidade na animação (FMA, Inuyasha), DtB continua muito bonito e com cenas de ação muito bem feitas!

A história parece que vai passar longe da primeira, com muitos novos personagens, mas Hei continua e nesse primeiro episódio sua aparição não poderia ser mais emocionante!

Não tenho muito o que falar de DtB que não fosse chover no molhado, só posso esperar que a qualidade continue e que as muitas respostas sejam respondidas (apesar de que eu não reclamaria se aumentassem as dúvidas e fizesse uma terceira temporada!).

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Um pouco atrasado, mas hoje chega mais um post sobre […]

Kimi ni Todoke, Sasameki Koto – Primeiras impressões

Hi! Excepcionalmente o post será feito no sábado, não no domingo. Por quê? Porque eu estou com tempo e amanhã pretendo estudar, estou muito atrasado com várias xérox da faculdade e preciso me atualizar logo, vou tentar aproveitar o domingo e o feriado na segunda para isso. Além do mais, como os posts são sobre as estreias que estão acontecendo, é bem melhor fazer isso o mais cedo possível, para não ficar como algo atrasado. Mas vamos ao que interessa, hoje vou comentar sobre dois shoujos, Kimi ni Todoke e Sasameki Koto:

Kimi ni Todoke

Se Letter Bee e Kyan Koi! não conseguiram suprir as expectativas que eu tinha sobre eles no primeiro episódio, Kimi ni Todoke teve um sucesso bem maior. Sendo sincero, inicialmente esse não era um anime que eu ia acompanhar, só mudei de ideia ao saber que seria feito pela Production I.G., a mesma de Higashi no Eden. Não tenho um histórico muito favorável com shoujos em anime, principalmente depois do trauma que foi Peach Girl. Normalmente um manga shoujo possui um traço mais detalhado, com desenhos mais finos, o que é difícil de passar para a animação. Então, apesar de gostar de mangas shoujos, nunca me animei tanto com animes shoujos (claro, existem exceções como Nana, Paradise Kiss, Fruits Basket).

Porém, a Production I.G conseguiu animar Kimi ni Todoke de uma forma que mantivesse em parte as boas características do traço de um shoujo. Não que tenhamos aqui um traço belíssimo como o de Kobato feito pela Madhouse, mas temos sim um traço bonito, bem feito e fiel.

A história segue Sawako Kuronuma, uma garota simples e que só quer se socializar melhor com seus colegas de colégio. O problema é que a garota não é exatamente boa em mostrar feições amigáveis, ganhando o apelido de “Sadako”, a garota de O chamado. Por todos se assustarem com ela, Sawako acaba um pouco solitária, e por isso ela ganha admiração por Shouta Kazehaya, um garoto de bem com a vida e que se dá bem com todos.

Quase esqueço, mas tenho que ressaltar a seiyuu de Sawaka, a Mamiko Noto, de quem sou grande fã desde os tempos em que ela fez a voz da Yakumo em School Rumble!

Esse primeiro capítulo mantém um bom nivelamente entre a comédia, o drama leve e o romance ao estilo shoujo, unindo isso com uma animação bem realizada, boa abertura e personagens carismáticos, Kimi ni Todoke promete bastante!

Sasameki no Koto

Comentar sobre Sasameki Koto uma temporada depois de Aoi Hana é algo no mínimo injusto, mas inevitável. Enquanto no primeiro tínhamos uma animação muito bem feita, com um toque suave, lembrando pintura manual, traços bonitos, um desenvolvimento lento, mas progressivo e principalmente, personagens carismáticos, em Sasameki Koto temos justamente o contrário.

O trabalho de animação ficou a cargo do estúdio AIC, mas parece que os melhores profissionais foram designados para Nyan Koi!, enquanto os que sobraram ficaram Sasameki Koto. Character designs bem genéricos, traço “duro”, animação mediana, cores sem graça, tudo isso faz pensar como Aoi Hana era bom e Sasameki não.

Claro que tudo isso poderia ser salvo por uma história interessante, só que infelizmente isso não acontece. Ushio Kazama é uma lésbica declarada, mas que só se interessa por garotas fofas. Sumika Murasame é sua grande amiga, que obviamente tem uma queda pela amiga, mas não tem nada de fofa. Não parece óbvio o que vai acontecer?

Outra decepção dessa temporada de outono, por enquanto uma temporada bem fraca. Mas eu sou uma pessoa paciente, pretendo continuar assistindo, torcendo para que melhore.

Hi! Excepcionalmente o post será feito no sábado, não no […]

Nyan Koi!, Kobato – Primeiras impressões

Olá a todos! Estou um pouco atrasado, mas hoje continua os posts das primeiras impressões dos animes dessa temporada de Outono. Sem mais enrolações, hoje vou comentar sobre Nyan Koi! e Kobato:

Nyan Koi!

Nyan Koi! era um dos animes que eu mais esperava nessa temporada de outono. Já esperava que ele não fosse a coisa mais espetacular do mundo, mas estava sentindo falta de um comédia realmente amalucada, no melhor estilo Seto no Hanayome. Esse primeiro episódio infelizmente não cumpriu aquilo que eu esperava.

Não que tenha sido um episódio ruim, longe disso, com uma animação muito bem realizada pelo estúdio AIC, Nyan Koi! tem tudo para crescer e se tornar uma ótima comédia, o problema é que eu esperava algo mais non-sense que isso. Afinal, não é isso que se deve esperar de um anime onde o protagonista começa a ouvir e entender o que os gatos falam de um dia pro outro?

Apesar desse começo morno, Nyan Koi! mostrou um bom elenco inicial, tanto por parte humana quanto por parte animal. São personagens divertidos, principalmente Kaede Mizuno, a paixão secreta do protagonista Junpei Kousaka. A garota salvou esse primeiro episódio com seu jeito meigo, mas não retardado como muitas garotas em anime acabam sendo, além disso, transformar ela na “vilã” do episódio foi uma ótima sacada.

Na parte de gráficos, você pode ver que dei um 7,5 para esse primeiro episódio, uma nota mediana, mas que mostra a qualidade que a série pode ter!

Kobato

O primeiro ponto a ser apontado em Kobato é a incrível animação feita pelo estúdio Madhouse. Já devo ter comentado por aqui, mas dos animes que eu assisti, esse estúdio está facilmente no meu top3. E aqui eles chegam a um nível absurdo de tão bonito. As cores, a animação, o traço, os detalhes, o ambiente, tudo é feito com uma qualidade gigantesca! Sem contar a ótima abertura que já lhe deixa empolgado para assistir ao capítulo. Sem contar com o trabalho feito pelos seiyuus (dubladores), muito bem escolhidos, especialmente para a dupla de protagonistas.

Mas infelizmente a qualidade do roteiro não acompanha a animação. Sendo sincero, eu me senti bastante entediado vendo esse episódio. A Kobato é uma ótima personagem, ingênua, feliz, como várias outras heroínas do grupo CLAMP, seu parceiro, Ioryogi, uma espécie de cachorro de pelúcia com vida, também é bem divertido com sua personalidade violenta e sem paciência, mas com jeito de ser um cara legal. Porém, o resto é puro tédio.

Não me entendam mal, eu gosto de animes parados, lentos, Sketchbook ~fullcolor’s~ me empolgam bastante com seu estilo calmo, mas a questão aqui não é lentidão, é simples e puro tédio. Com certeza muitos vão dizer que estou exagerando, já li reviews bem positivas à Kobato, mas para mim foi uma grande decepção.

Nos gráficos vocês podem ver um 6,9 para esse primeiro episódio, a menor nota de um primeiro episódio desde que comecei com os gráficos. A verdade é que só pretendo continuar por se tratar da CLAMP e do ótimo trabalho feito pela Madhouse. Agora é torcer para que esse primeiro episódio tenha sido apenas uma apresentação e que tudo comece de verdade a partir do segundo.

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Letter Bee, Seiken no Blacksmith – Primeiras impressões

Olá a todos! Outubro chegou, estamos cada vez mais perto do fim do ano. Lembram que comentei que estava doente a uns posts atrás? Pois bem, ainda estou. Pra falar a verdade estou passando por um momento bem delicado e estou bem desanimado. Mas assistir bons animes é sempre uma boa maneira de se distrair e se animar, e como essa semana foi o início da temporada de Outono, vocês já devem saber, hoje começam os posts sobre as primeiras impressões dos novos animes que comecei a assistir. Como os dois primeiros, serão Seiken no Blacksmith e Letter Bee:

Seiken no Blacksmith

Pra ser sincero esse não era um dos animes que pretendia assistir, nem nas segundas opções. Mas hoje ao visitar alguns blogs, acabei lendo opiniões positivas sobre ele, além de ter achado o traço muito bonito. Seiken no Blacksmith tem como protagonista a jovem Cecily Cambell, que apesar de não ter grandes habilidades com a espada, acaba se tornando um cavaleiro para perpetuar a tradição da família de seu pai. Após uma batalha, Cecily tem sua espada quebrada e procura a ajude de Luke Ainsworth, um espadachim e ferreiro habilidoso,  para que ele possa concerta-la.

Seiken no Blacksmith primeiro chama atenção pelo primoroso trabalho feito pelo estúdio Manglobe na sua animação. Apesar de ter participado de apenas três outros animes, o estúdio Manglobe sempre apresentou uma animação muito consistente e fluida. As cenas de ação nesse primeiro episódio mostraram que o anime tem muito potencial nesse lado, o que era de se esperar, se tratando de um anime medieval.

Em termos de roteiro as coisas não parecem ser das mais espetaculares, típico anime de aventura onde um cara salva uma garota e ambos acabam se unindo para combater um mal alheio. Certamente dá pra perceber vários clichês só nesse primeiro episódio, mas clichês não são necessariamente ruins quando bem usados, parecendo ser esse o caso de Blacksmith.

Com 12 episódios tem tudo para ser um bom anime de aventura e lutas.

Letter Bee

Esse provavelmente era o anime que eu estava mais aguardando desse temporada de Outono, achava o roteiro extremamente promissor. Porém, ao assistir ao primeiro episódio boa parte dessa minha empolgação se foi. Não que Letter Bee seja ruim, longe disso, com um mundo que lembra vagamente Mushishi e um conceito muito interessante de carteiros enfrentando perigos extremos, Letter Bee tem tudo pra ser um ótimo anime, mas acho que ficará de fora dos melhores do ano.

A animação do Studio Pierrot certamente é bonita, bem acima de outros trabalhos do estúdio, como Naruto,  mas falha em alguns momentos, principalmente nos personagens humanos.

É bem difícil comentar muito com apenas esse primeiro episódio, até por parecer se tratar de um flashback, mas rapidamente foram introduzidos ganchos e mistérios para que a história possa se desenvolver, o que já deixa quem assiste com vontade de continuar. Os personagens são carismáticos, com exceção do protagonista Lag Seeing que nesse primeiro episódio se mostrou bem chato, mas é compreensível, visto os problemas que ele enfrenta logo no começo.

Letter Bee tem um grande potencial, por isso torço que não fique apenas como mediano, mas isso vai depender muito do segundo episódio, que provavelmente determinará o ritmo da série.

Lembrando que ambos já iniciaram novos gráficos na seção “Gráficos – O que estou assistindo

Olá a todos! Outubro chegou, estamos cada vez mais perto […]

The Melancholy of Haruhi Suzumiya 2 – Conclusão

Olá a todos novamente! Mais um domingo está passando, daqui a pouco tempo chegaremos ao horário de verão, como o tempo passa rápido, não? Essa semana o Gyabbo! ultrapassou às 10.000 visitas, algo que quando comecei, não esperava acontecer tão cedo, achei que teria que esperar pelo menos o primeiro ano para isso. Agradeço a todos que entram aqui, todos que comentam e todos que apoiaram esse projeto que felizmente tem dado muito certo. Vários posts estão sendo programados, alguns projetos desenvolvidos, podem esperar! Para que o blog continue crescendo, peço que quem ainda não respondeu, por favor responda a enquete que está no menu ao lado, pretendo finaliza-la com 50 votos.

Mas bem, hoje o comentário é sobre uma série muito popular e que esse ano criou muita confusão pela sua segunda temporada. Vocês já devem ter entendido, mas o post será sobre The Melancholy of Haruhi Suzumiya 2.

Para quem por acaso não conheça, e eu recomendo que procure conhecer, The Melancholy of Haruhi Suzumiya foi uma série lançada em 2006, contando com 14 episódios. Baseada em uma série de light novels, Haruhi Suzumiya contava uma história de uma forma bem diferente do que normalmente se vê em outros animes, com episódios apresentados de forma não-linear. Ligado a isso, tínhamos uma história muito interessante onde a estudante colegial que dá nome à série, Haruhi Suzumiya, forma um clube em sua escola, o SOS Brigade, com o intuito de encontrar viajantes do tempo, ESPER’s e aliens ou outras formas sobrenaturais. A grande questão é que na verdade Haruhi é (ou pelo menos isso é suposto) uma espécie de entidade, com poderes para criar e recriar o universo inteiro. Afim de estudar melhor essa situação, uma alien, uma viajante do tempo e um ESPER entram para o SOS Brigade, que ainda conta com Kyon, o único normal da história toda.

Essa história interessante, com personagens originalmente clichês e um trabalho muito bem feito pelo estúdio KyoAni fizeram de Haruhi Suzumiya um sucesso gigantesco, chegando a ser criado uma espécie de culto à personagem principal, o Haruhismo. Todos esperavam que a KyoAni fizesse uma continuação do seu maior sucesso, a ansiedade era gigantesca, até que em maio desse ano, após o início de uma reprise linear da série, finalmente novos episódios surgiram.

O primeiro foi o episódio 8, Bamboo Leaf Rhapsody, que apesar de não ter sido tão aclamado como os antigos, foi um ótimo episódio, começando muito bem a nova leva de episódios. Entrando nas minhas opiniões, fui um grande fã da primeira temporada de Haruhi, mas ao baixar esse novo episódio, não lembrava muito bem a razão de gostar tanto, mas o fim desse episódio que se apresentou interconectado com o futuro da série, me lembrou do porquê.

Mas foi aí que começou, o terror dos haruhistas, o flame maior da animação japonesa, algo que criou a ira de milhares! O infame arco conhecido como Endless Eight. Primeiro episódio, a SOS Brigade está de férias e Haruhi quer aproveitar ao máximo as férias de verão; psicina, matsuri, bicos, caça à insetos e várias outras coisas preenchem o tempo até o fim do verão. No segundo episódio do arco somos apresentados com eventos muito semelhantes ao do primeiro, mas dessa vez descobrimos que o mundo está preso em um loop temporal onde todo o verão é repetido seguidamento por Haruhi.

Wow! Fantástico, não? Sim, até aqui todos estavam achando tudo muito interessante. Mas quando veio o terceiro episódio e nada novo foi acrescentado, apenas apresentando as férias de verão novamente, as pessoas ao redor do mundo começaram a ficar apreensivas (sim, estou sendo exagerado e irônico). Mas o desespero total veio com sequência dos outros episódios, até o sétimo episódio, tudo que tivemos foram episódios com animações diferentes, mas acontecimentos iguais. Muitos se revoltaram, anunciaram que não iriam mais ver a série, iriam boicotar os dvd’s e o próprio estúdio. Até mesmo a dubladora Hirano Aya, responsável pela voz da protagonista, disse achar estranha a decisão da KyoAni. Ao fim do oitavo episódio finalmente tivemos a resolução do arco, que por um lado foi muito bom, já que ninguém aguentava mais essa repetição, mas por outro foi muito pouco para a expectativa gerada pela situação toda.

Uma das principais coisas que me fizeram gostar da série foi o seu estilo non-sense, tanto na história, mas principalmente no formato da animação. Não via problema em repetições, mas 8 episódios com basicamente a mesma coisa foi um grande desperdício. Não chego a pactuar com a revolta que muita gente apresentou, tanto que assisti a todos os episódios, mas esperava por coisas melhores.

Em seguida ao Endless Eight, começou um novo arco, o The Sigh of Haruhi Suzumiya, que dividido em 5 partes, conta todo o processo de produção do vídeo caseiro apresentado no episódio 00 (1º) da primeira temporada. Aqui vemos todo o potencial que a série pode ter. Para mim o grande trunfo de Haruhi Suzumiya é passar a quem assiste a impressão que esses 5 estudantes são estudantes normais aproveitando a juventude, mas subitamente somos lembrados que nada ali é normal, nem o simples fato de gravar um vídeo passa pelo normal. Haruhi passa da comédia rápida e non-sense,  para o drama filosófico com maestria, de uma forma tão inesperada, mas natural, que você acaba imerso totalmente no que está acontecendo. O caso mais emblemático disso é o do gato falante. Haruhi gostaria que um gato falasse e Kyon comenta em seus pensamentos “Não fale, por favor!”, criando uma piada metalinguística de grande qualidade. Mas quando se pensa que as coisas ficam por aí, eis que o gato realmente fala, iniciando um diálogo pseudo-filosófico sobre a linguagem humana.

The Melancholy of Haruhi Suzumiya foi muito polêmico na sua primeira temporada, seguindo a risca do amo ou odeie. Essa segunda temporada não foi diferente, só que dessa vez dividiu os que já eram fãs da série. Para mim ela manteve o alto nível que deu o seu sucesso, além de ter sido comentada em todos os lugares por conta do Endless Eight. Por isso, se você não gostou desse arco, pule-o, veja só os dois primeiros episódios e o último, mas não deixe de assistir Haruhi Suzumiya 2, pois a série ainda é bem melhor que a maioria das coisas que se encontram por aí.

Mas e vocês, o que acharam dessa segunda temporada?

O próximo post já deve ser sobre as primeiras estreias da temporada de outono!

Olá a todos novamente! Mais um domingo está passando, daqui […]

Tokyo Magnitude 8.0 – Conclusão

Olá novamente. A maioria dos animes da temporada de primavera com até 13 episódios estão terminando com a proximidade do outono. Nessa terça-feira foi a vez de Tokyo Magnitude 8.0 chegar ao fim, concluindo aquele que possivelmente será o melhor anime desse ano. Assim como fiz com Aoi Hana, novamente vou analisar a série utilizando o gráfico formado pelas notas que dei em cada episódio. Caso você não tenha visto ou terminado a série ainda, recomendo que não leia esse post por enquanto, ele terá spoilers!

Tokyo Magnitude 8.0 foi um anime feito pelo estúdio Bones com a proposta de mostrar o que aconteceria com Tóquio no caso de um terremoto de magnitude nunca sequer imaginada. Para isso a história segue os irmãos Yuuki e Mirai que acompanhados por uma mulher chamada Mari Kusakabe, tentam sobreviver e voltar para casa no meio de tamanha catástrofe.

Desde seu início, a série foi marcada por um alto teor de realismo, algo difícil de se encontrar na maioria dos animes. Mesmo o  resultado do grande terremoto foi feito a partir de diversos estudos científicos e toda a ajuda oficial que aparece durante o anime (exército, bombeiros, equipes de resgate etc) foi baseada nos procedimentos reais a serem usados. Para terem uma ideia melhor do nível de realismo da série, é só ver a imagem a seguir. Ela é uma espécie de propaganda do exército japonês (sim, em teoria o Japão não tem exército, mas vocês entenderam) utilizando os personagens da série:

Um dos meus receios sobre essa série antes dela começar era quanto ao roteiro. Tudo bem, terremotos de força absurda são sempre coisas legais de se ver na ficção, mas como eles iriam fazer para seguir com os 11 episódios da série? Não só conseguiram envolver (quase) todas as possibilidades que um acontecimento desse causaria (até problemas com banheiros teve!), mas mostram personagens carismáticos, humanos e que cresciam com o desenrolar da trama. Como eu falei quando comentei sobre o primeiro episódio da série, Mirai era uma garota extremamente frustrada e irritada. Mas durante a série ela cresce sem que você perceba, de forma bem sutil, para chegar ao final como uma garota totalmente diferente daquela de antes do terremoto.

Como é possível notar pelo gráfico formado, a série manteve um alto nível durante todos os episódios, tendo somente três abaixo da nota nove. Também é possível notar que Tokyo Mg8.0 teve dois picos, os episódios 2 e 10. E é interessante notar que esses dois episódios tratam do amor da Mirai pelo seu irmão Yuuki. O segundo episódio foi um dos episódios mais angustiantes que eu já assisti em animes. O desespero de Mirai na busca pelo irmão entre os escombros de um prédio até a descoberta que ele estava vivo foi de um desespero e humanidade que eu não lembro de ter visto anteriormente.

Já o décimo, marca a declaração de que Yuuki havia morrido.Vi pela internet, principalmente pelo MyAnimeList que muitas pessoas já haviam percebido que ele estava morto (possivelmente de traumatismo craniano quando salvou sua irmã na queda da Torre de Tóquio), e realmente, reassistindo depois, chega a ser até óbvio esse fato. Mas a questão é que eu não havia percebido que Mirai estava na verdade alucinando. As “pistas” disso vão sendo colocadas cada vez mais fortes nesse episódio até que você não tem mais dúvidas, sucumbindo com a frase final desse episódio, onde Yuuki declara que na verdade já está morto.

Para quem não é da área, depois de analisar o que acontece e pesquisar no CID-10 (Código Internacional de Doenças, décima edição), acredito que Mirai tenha sofrido de F43.1 (Transtorne de estresse pós-traumático) e F23.8 (Outros transtornos psicóticos agudos e transitórios), bem comuns em situações de estresse agudo como o que acontece na série. E justamente por ter certeza que na verdade Mirai estava alucinando, não gostei muito do último episódio onde Yuuki volta a aparecer, parecendo mais um fantasma (algo que muita gente ainda tem dúvidas que não seja). Não que a série não tenha fechado muito bem, mas acho que o Bones perdeu a chance de explorar melhor essa situação de revelação.

Tokyo Magnitude 8.0 é pra mim a melhor série do ano, juntamente com Higashi no Eden, ficando esse um pouco abaixo. Com seu realismo, seu humanismo, suas emoções, com certeza é um anime que todos deveriam assistir, mesmo quem não gosta de anime.

Olá novamente. A maioria dos animes da temporada de primavera […]

Aoi Hana – Conclusão

Olá a todos! Eu estava esperando por esse tipo de post já tem um bom tempo, desde que iniciei com a parte de “Gráficos – O que estou assistindo”. Como essa semana aconteceu o encerramento da série Aoi Hana (que pelo visto não terá outra temporada por enquanto), pude terminar o primeiro gráfico e hoje vou analisar a série como um todo com a ajuda dele, por isso é bem possível que contenha spoilers!

Para quem não acompanhou, Aoi Hana foi um anime yuri da última temporada de verão feito pelo estúdio J.C. Staff, contando a história de duas amigas, Fumi Manjoume e Akira Okudaira, que após 10 anos sem se ver, acabam se reencontrando. Apesar disso, a série não foca suas atenções no romance entre as duas, mas sim, principalmente, entre Manjoume e uma senpai sua, Yasuko Sugimoto.

Pra mim isso teria se mostrado uma boa saída do óbvio se o anime não tivesse apenas 11 episódios. Quando Aoi Hana iniciou achei que o relacionamento de Fumi e Akira erá o foco, mas na verdade as duas ficam somente no campo da amizade, mesmo que uma amizade emocionalmente mais íntima, mas apenas na amizade. E isso é ótimo, faz você olhar para um outro lado. O problema é que o relacionamento de Fumi e Sugimoto é obviamente perecível. Não que ele seja ruim, na verdade ele consegue levar o anime muito bem como fator central, mas ao final, quando as duas se afastam, fica um vazio na série, afinal, é um anime de romance! E aí entra uma cena final bonita, mas forçada dentro do contexto, onde Fumi deixa quase explícito que gosta de Akira. Com mais 11 episódios o relacionamento delas é que poderia ser explorado, criando uma sensação de desenvolvimento única para o roteiro. Por isso fico no aguardo por uma outra temporada, mesmo não achando que isso vá acontecer.

Aoi Hana é certamente uma série de grande qualidade. Vendo o gráfico formado pelas notas individuais por cada episódio, percebe-se que apenas um episódio ficou em menos de 8 pontos. A série teve um bom início, mas acabou oscilando bastante, até que, ao entrar no final, foi aumentando de qualidade, o que refletia o aumento das tensões no anime, principalmente no episódio que Sugimoto apresenta Fumi para sua família, uma cena bem interessante, principalmente pelo confrontamento do relacionamento yuri das duas e o término do relacionamento delas no mesmo episódio. Por fim, manteve uma média acima de 8,5 sempre, mas caiu no episódio final justamente pelo que comentei.

No final Aoi Hana se mostrou um bom anime de romance, com uma belíssima animação do estúdio J.C. Staff, mas que prometeu mais do que cumpriu. Para quem gostar de romances e não se importar com yuri, recomendo muito, um dos melhores animes que eu vi esse ano.

E para quem assistiu e gostou, dê uma olhada no site oficial da série, tem uns wallpapers muito bem feitos!

Olá a todos! Eu estava esperando por esse tipo de […]