Deadman Wonderland – Editora Panini – Vol. 1

Há quase três anos atrás, ainda nos primeiros posts do Gyabbo!, eu fiz uma review de um manga até então não muito conhecido. A série ganhou corpo, fãs, até mesmo uma animação (não muito boa, mas isso fica para outra hora) e recentemente chegou às bancas brasileiras pela editora Panini.

Deadman Wonderland – DW – é de autoria de Jinsei Kataoka e desenhado por Kazuma Kondou, dupla conhecida também por Eureka Seven, outro título lançado no Brasil pela editora italiana e que eu acredito ter vindo apenas para a chegada de DW. Lançado desde 2007 nas páginas da revista Shounen Ace, hoje conta com dez volumes encadernados.

Em um Japão no ano de 2029, DW nos coloca em uma espécie de mundo pós-apocalíptico onde o país tenta se reconstruir após um imenso terremoto que deixou 70% de Tóquio embaixo d’água. Para isso é construída a prisão Deadman Wonderland, um tipo de parque de diversões onde os presos são usados não somente como mão-de-obra, mas como espetáculo em apresentações brutais, com o objetivo de aumentar a arrecadação do país através do turismo.

http://gyabbo.wordpress.com/2011/05/08/deadman-wonderland-primeiras-impressoes/

Dentro desse contexto temos o protagonista da série, o jovem Ganta Igarashi, um estudante do colegial de apenas 14 anos que seguia o cotidiano japonês como é de base para histórias com estudantes, até que um dia todos os seus colegas de classe são massacrados brutalmente por um estranho “Homem de Vermelho” que surge do nada pela janela da sala, sobrevivendo apenas o pobre garoto. Se a situação não fosse traumática o suficiente, Ganta é culpado pelas mortes em um julgamento bastante tendencioso e é sentenciado à morte.

No entando, na verdade, essa sentença significa sua ida para Deadman Wonderland, onde os presos no corredor da morte precisam participar de espetáculos nem sempre muito seguros para conseguir os chamados Cast Points e com eles comprar um doce que serve com antídoto para um veneno que é injetado lenta, mas progressivamente pela “coleira” que todos usam, levando-os à morte sem o doce.

Deadman Wonderland nos apresenta um antítese bem interessante entre o que é fofo (o lugar, as fantasias, as festividades, o próprio Ganta, sua estranha parceira, Shiro) e o que é grotesco. Isso cria um ciclo de quebra de expectativas que está sempre chamando a atenção do leitor, tornando tudo mais dinâmico. Em um manga onde o tema central é a espetacularização da violência, isso é fundamental para não tornar tudo gratuito demais.

Além disso, isso nos ajuda a simpatizar com o protagonista, que perde as esperanças à cada capítulo. E é justamente quando você desiste de uma “salvação” que o primeiro volume termina, deixando-o mais do que ansioso pelo próximo. A união de um traço até certo ponto limpo, mas extremamente detalhista quando exigido, uma narrativa estudada para se encaixar bem com o enredo e uma história interessante fazem de Deadman Wonderland uma ótima leitura.

Se eu tivesse que criticar algo no manga seria seus personagens. Por mais que a narrativa ajude muito, é complicado torcer para o chato Ganta. Muito mais difícil é aceitar que ele consiga sobreviver. Mas não só ele, a maioria dos personagens é bastante rasa de personalidade e genéricos no visual. É apenas no seu conjunto que DW se sobressai.

O trabalho da Panini infelizmente não se diferencia da maioria dos seus títulos, o que para os padrões brasileiros não é nada ruim, mas eu torcia para algo mais próximo de Air Gear. A tradução e adaptação estão muito bem feitas, deixando o texto fluir bem. Vi que algumas pessoas questionaram a falta de palavrões e termos mais pesados nos diálogos, o que não chega a ser um questionamento vazio, mas sinceramente não senti falta nesse primeiro volume. São 226 páginas por R$9.90, contra-capas coloridas e com imagens diferentes, lançado bimestralmente.

Deadman Wonderland não é um título para todos, a mensagem aqui é clara: Violência, desespero e uma pitada de mistério. Se você não gostar de mangas mais gores, fique longe de DW (que se comparado a outros do estilo talvez nem poderia ser considerado gore, mas levando-se em conta que estamos falando de um shounen, o limiar de avaliação é outro). Se quiser um enredo complexo, também não irá encontrar. Mas se quiser algo bem trabalhado naquilo que se propõe e com boas cenas sangrentas, esse é o manga certo!

Mas não fique apenas com as minhas opiniões, vários outros blogs comentaram sobre esse lançamento:

Anikenkai

Chuva de Nanquim

Elfen Lied Brasil

Video Quest

Onde comprar:

Comix

Há quase três anos atrás, ainda nos primeiros posts do […]

3 thoughts on “Deadman Wonderland – Editora Panini – Vol. 1”

  1. Nesse 1° volume n tem muito oque sentir falta mesmo +e o proximo ? a mina q frase marcade dela é dizer q ta gozando, q ta molhadinha vao mudar para oque ?

    eu imagino q se censura uma frase como o kra q xama a mina de puta e acaba virando mulherzinha idiota… oq esperar + pra frente onde tudo fica + pesado ?

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