Anne no Nikki: Anne Frank Monogatari

“Para mim, as lembranças são mais importantes do que os vestidos.”

Anne no Nikki: Anne Frank Monogatari é um filme animado biográfico que relata fatos históricos de 1942 até 1944, narrando a história que a judia Anne Frank escreveu em seu diário quando tinha apenas 13 anos e vivia escondida com sua família e outros judeus em Amsterdã durante a ocupação nazista dos Países Baixos.

A animação é de 1995, tem duração aproximada de uma hora e quarenta minutos, foi dirigido por Akinori Nagaoka e produzido pelo estúdio Madhouse.

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Em razão da invasão nazista, Anne Frank e sua família passaram a ser possíveis alvos do genocídio alemão. Com a ajuda de uma amiga da família eles passaram a morar, escondidos, num sótão. No decorrer da trama, aparecem outras personagens e Anne aprende a conviver com elas e com suas diferenças, tanto no modo de pensar quanto nos hábitos.

Por mais que a garota não gostasse daquela situação e fosse a mais incomodada, ela ainda se importa com os outros que ali também estão refugiados. Mesmo não se simpatizando muito com eles no começo, a experiência de sofrimento em conjunto faz surgir um vínculo forte entre eles.

Os pais de Anne, junto de sua irmã, são personagens que não tiveram suas personalidades muito bem desenvolvidas e nem eram pessoas de atitudes, mas é exatamente isso que atrai a atenção,  criando um equilíbrio dentro da historia, mantendo Anne com os pés no chão. Por outro lado, os demais habitantes do sótão fazem justamente o contrário, tomando atitudes e “gritando” em cena.

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A animação, apesar de conter várias cenas com teor cômico, nos transmite uma profunda melancolia, levando-nos de cenas cômicas para um clima mais pesado no qual vive Anne. A composição das cores com a trilha sonora fazem você sentir a complexidade da agonia misturada com pura incerteza.

Outro fator em destaque é o amadurecimento dos personagens durante os dois anos por onde a trama desenvolve-se, tanto no aspectos físicos quanto em relação à forma como se relacionam com as outras pessoas ali.

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Como o filme narra a partir do ponto de vista de uma personagem apenas, a narrativa oferece pouca contextualização, além disso, deixa um desenvolvimento vazio em muitas das cenas que poderiam ser melhor explicadas, principalmente com os demais personagens.

Recomendo a todos que procuram algo mais alternativo ou curtem a historia de Anne Frank e biografias em animação.

Sobre Karolina

Formada em Comunicação Visual e estudante de Design, Karolina Facaia é gerente de conteúdo do Portal Genkidama, consagrado veículo do segmento otaku no Brasil. Desde 2015 faz parte da comissão, escrevendo resenhas e cobrindo eventos do meio.
Twitter: @KarolFacaia

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