#TezukaDay – Que caminho de leitura trilhar?

Após um longo tempo de preparo, com muito estresse e ansiedade, finalmente aconteceu no último dia 17 de Dezembro o tão aguardado #TezukaDay e não poderia esperar por um sucesso maior (ok, eu queria que a hashtag tivesse chego aos TT mundiais, mas chegar aos brasileiros já foi fantástico!).

O grupo no Facebook passou das 1200 pessoas (e não para de crescer), sempre interagindo e recebendo informações sobre o mestre Tezuka. O concurso de desenhos foi um grande sucesso, recebendo muitas obras de altíssima qualidade! Não ficando para trás, nossa galeria de artistas convidados também foi um sucesso com ilustrações fantásticas! Só o concurso de fotografias que não deu tão certo quanto esperado, mas isso faz parte do aprendizado.Porém, mais do que tudo isso, o principal que fica é a produção de diversos textos (e produções áudio-visuais) sobre o Osamu Tezuka, sua influência e suas obras. A partir do dia 17 é possível dizer que os brasileiros que queiram saber mais do mangaka terão agora fontes de qualidade para buscar. No entanto, com tantos textos, o que ler? Por onde começar? Afinal, nada mais frustrante do que esperar muito por algo e se decepcionar. Pensando nisso (e copiando um pouco o esquema do Qwerty do blog Nahel Argama) resolvi fazer esse post com uma indicação de ordem para consumir todas essas produções e comentando um pouco sobre cada uma delas, vamos lá?

O texto mais indicado para começar sua aventura pelo #TezukaDay certamente seria o do blog Troca Equivalente de título “Simplicidade, Otimismo e Fantasia – O mundo de Osamu Tezuka”. Aqui você é apresentado ao autor e seu processo de crescimento de uma maneira clara, com um texto leve de se ler. Continuando ainda nas apresentações, buscando conhecer ainda quem foi Tezuka, mas sem se preocupar em mergulhar fundo demais nisso, passe para o blog Mundo do Coringa e sua breve biografia do autor.

Agora que você já sabe de quem estamos falando, já é possível apresentar algumas de suas obras do autor, buscando mostrar a versatilidade da sua vasta produção. Para isso nada melhor do que o bom texto do conhecido JBox sobre um dos poucos mangas que chegaram no Brasil; Dororo. Essa análise pode ser completada com o post do blog Radix sobre o mesmo manga. Saímos de um shounen de qualidade para algo mais denso e estranho, com o Ode to Kirihito, manga que puxa mais para o gekiga e que não poderia estar em um lugar melhor do que no Mangas Underground. Para finalizar essa primeira leva de obras, vamos mostrar até onde o autor conseguiu ir com a ero-comédia Fuusuke, descrita pelo Rubio Paloosa no Visual Novel Brasil.

Essa caminhada pelo #TezukaDay não precisa – e nem é recomendável – ser feita de uma vez só, por isso talvez aqui seja um bom momento para parar e refletir sobre o foi lido.

Nossa volta se dá pelo Maximum Cosmo e seu ótimo texto mostrando que a qualidade – e talvez a vontade – narrativa de Tezuka não estava (só) em quadrinhos adultos e complexos, mas sim em uma arte que chegasse a todos. Por isso mesmo passamos desse texto para a resenha de Fushigi wa Melmo do blog Netoin!. É nesse ritmo mais leve que continuamos com o EuroQuadrinhos e Tonkaradani, seguido por Maa-chan No Nikkichou ou Otaku Yousai. São todos mangas e leituras leves, perfeitos para entender esse outro lado do autor sem cansa-lo.

Agora chegou o momento de mergulhar de cabeça no que foi Osamu Tezuka com – possivelmente – o melhor texto do evento, onde o blog Otakismo mostra toda a influência ocidental na formulação de quem foi o autor, sem, porém, se cegar a esse tão conhecido lado do autor. Continuando com textos mais técnicos e informativos, vamos para o Nahel Argama conhecer Tezuka e o porquê dele também ser considerado o pai dos animes como conhecemos. E completando essa trinca de fortes textos que o farão entender de vez que Tezuka não ficou conhecido como “deus dos mangas” por simplesmente ter estado “no lugar certo, na hora certa”, a Valéria Fernandes do Shoujo Café mostra perfeitamente as principais contribuições diretas de Osamu Tezuka, fazendo-o olhar para os mangas do autor de outra forma para sempre.

Após assimilar todas essas informações que eu admito ser a parte mais densa do evento, chega a hora de ler o maior texto do #TezukaDay, onde você irá poder ver na prática tudo que os três últimos blogs apresentaram. Aqui no Gyabbo! você irá se questionar como ser com a análise da grande obra Apollo’s Song, além de refletir um pouco sobre que importância teve as relações sócio-histórias diferentes no autor.

Reconheço que tivemos uma sequência forte, por isso, para relaxar um pouco é uma ótima hora de partir para o Mais de oito mil e dar umas risadas com a comparação escrachada de Don Drácula e Zorra Total. Depois dessa folga é importante nos remetermos à algumas criações de Tezuka que marcaram de forma mais ampla o público geral. Bastante conhecido temos Metrópolis em uma análise feita no podcast JWave e no blog Across the StarLight. Coloquei eles aqui pela importância que essa obra possui para aquela que seria a mais conhecida do autor, Astro Boy. O único post que falou diretamente desse ícone japonês foi o Subete Animes já construindo uma ponte com a versão de outro mestre dos mangas, Urasawa, Pluto. Ponte essa terminada no blog Chuva de Nanquim. E já que começamos a falar de Tezuka por outros autores, podemos passar para outro podcast justamente com esse tema, o do Mangatologia. E ainda falando de obras não feitas diretamente por Osamu Tezuka, mas que tiveram seu envolvimento, que tal um filme de animação trazido pelo blog Anikenkai; Phoenix 2772?

Na sua segunda contribuição para o evento, o blog Maximum Cosmo vem falar de uma das obras mais consagradas do autor e que sairá pela editora NewPop no Brasil no ano de 2012, Kimba: o leão branco. Continuando nos clássicos, podemos ir para o bom texto do Planeta do Moe sobre aquele que é uma das bases do shoujo manga e que já foi publicado aqui no Brasil, Ribon no Kishi. E para mostrar que o autor não fez um shoujo por acaso, vamos ao blog Moon Stitch ler sobre outro manga desse tipo de Tezuka, Angel’s Hill. Mas ainda voltando para uma das marcas mais conhecidas do autor, vemos Black Jack no Special Days.

Aqui cabe novamente uma parada, voltando com o post do Folha Nerd onde podemos conhecer um pouco mais do relacionamento de um dos maiores quadrinistas japoneses com um dos maiores quadrinistas brasileiros, Mauricio de Sousa. Passando para o Anime Portifolio e conhecendo a obra “O castelo da alvorada”, chegamos ao momento onde iremos conhecer um lado mais obscuro do autor. Para isso, não poderíamos começar de um lugar melhor que não o Manga Cult com Tetsu no Senritsu e uma análise que deixa qualquer um com vontade de ler. O clima vai esquentando enquanto passamos para MW no Virtual Meinsanity até chegar à perversidão humana de Barbara, que obviamente está no Elfen Lied Brasil.

Estamos chegando ao fim, mas a qualidade só aumenta. Uma das produções mais caprichadas e aguardadas desses #TezukaDay, o Video Quest sobre Adolf dá uma experiência não somente informativo/de opinião ao espectador, mas também visual com uma ótima produção. Para fechar com chave de ouro, no Blog do Graveheart fechamos essa primeira edição do #TezukaDay com uma análise objetiva e fluida daquela que é considerada a obra máxima do autor; Buddha.

Acredito que essa seja a melhor ordem para um bom aproveitando de quase tudo que foi produzido nesse #TezukaDay. É importante ressaltar novamente a não recomendação de se consumir tudo de uma vez. A verdade é que são tantos textos e produções, tantas informações que o melhor seria espassar por uma semana inteira.

Espero que esse guia ajude a quem estava meio perdido ao meio de tudo isso e também torço para que tenham gostado do #TezukaDay assim como nós gostamos.

Mais informações, vá para a página no facebook: http://www.facebook.com/tezukaday

Após um longo tempo de preparo, com muito estresse e […]

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