Hunter X Hunter – Primeiras impressões

Antes de começar esse post preciso avisar que não li nada do manga de Hunter X Hunter e assisti apenas algumas cenas aleatórias do primeiro anime, logo, não pretendo fazer nenhum tipo de comparação.

Hunter X Hunter chega no outono 2011 como uma das grandes promessas, principalmente por se tratar da segunda adaptação para animação do consagrado (apesar dos pesares) manga da Shonen Jump de Yoshihiro Togashi. Lançado desde 1998, o quadrinho já conta com 29 volumes encadernados.

Gon Freecss é um agitado garoto que mora na Ilha Baleia com sua “tia” Mito depois que seu pai o deixou para virar um Hunter – pessoas com grandes habilidades que caçam monstros ou valiosos tesouros. Aos 12 anos Gon finalmente consegue convencer Mito a deixá-lo partir para fazer o teste para virar um Hunter e procurar o pai desaparecido.

Apesar de um enredo base bem clichê, posso dizer que a primeira metade desse episódio inicial conseguiu me empolgar muito. Apesar de tudo acontecer de forma rápida (afinal, são apenas 10 minutos), o diretor Hiroshi Koujina conseguiu equilibrar bem a apresentação do personagem principal e suas motivações. Gon é alegre e até mesmo excessivamente bobo, mas passa um sentimento de aventura que nos faz simpatizar com o personagem rapidamente.

Isso permite que o momento de emoção do episódio seja plenamente eficaz, criando uma sensação de ruptura na história que permite você pensar “A aventura irá começar e eu quero ver no que vai dar”. Quando mal usada, essa técnica torna tudo brega, mas você deve lembrar do primeiro episódio de Pokemon e a luta contra os spearows ou a destruição da casa dos irmãos Elric. Lembram da sensação? Aqui temos algo bem parecido!

A segunda parte desse primeiro episódio serve para apresentar mais dois personagens principais: O aparentemente superficial Leorio que tem como motivação para virar Hunter o fato de querer ganhar muito dinheiro e Kurapika, último representante do clã Kurta, buscando maior poder para poder se vingar dos algozes do seu povo.

Aos poucos mais informações nos são apresentadas sobre o mundo do anime, tudo na cota exata para aumentar a curiosidade. Isso é interessante porque para mim um dos fatores fundamentais de um bom shounen não realista é conseguir nos envolver nas “regras” do seu próprio mundo. Não conseguir isso é meio caminho ao fracasso, felizmente HxH é bem competente nesse quesito.

Em uma escala menor, HxH, assim como Level E (outro anime baseado em um manga de Togashi), lembra uma produção mais antiga, o que é natural visto o traço original. O estúdio Madhouse conseguiu transportar bem esse traço, deixando suas características básicas, mas atualizando o suficiente para não soar datado.

Apesar de pouco explorada, a animação respondeu muito bem para um anime shounen que pretende ser infinito (já são pelo menos 45 episódios garantidos, com o sucesso que fatalmente fará com certeza virão mais), no mesmo nível ou levemente melhor que um Fairy Tail da vida.

Antes de ver o episódio vi algumas pessoas comentando negativamente a abertura de Hunter X Hunter. Confiram logo abaixo (cortesia do Leo Kusanagi do blog Mithril):

De fato ela não é nenhum espetáculo de abertura, mas plenamente eficaz em apresentar os personagens principais, entre heróis e vilões, não comprimetendo em momento algum. De certa forma ela me lembra muito a abertura de Yuyu Hakusho (advinhem, também do Togashi).

 Hunter X Hunter apresentou um começo muito promissor, lembrando os ótimos tempos da Madhouse. Com a base de um manga de imenso sucesso e com o estúdio mostrando uma qualidade acima da média, tudo que podemos esperar dessa nova versão de HxH é um dos grandes animes shounen do futuro.

Você também poder ler no Chuva de Nanquim um texto sobre esse primeiro episódio com uma empolgação semelhante a minha!

Antes de começar esse post preciso avisar que não li […]

20 thoughts on “Hunter X Hunter – Primeiras impressões”

  1. gostei do poste, e só um aviso sobre HxH ”bobo” sim, mas não pra sempre, e pra quem gosta de uma boa porradaria (a de verdade) vai demorar pra acontecer, mas até lá Toga é bem competente

  2. Pelo que eu entendi as coisas aconteceram um pouco depressa nesse primeiro episódio. Atualmente eu tenho assistido a 1ª versão do anime e, pelo que me lembro, o Leorio entra no segundo episódio e o kurapika no terceiro. Enfim, tenho que assistir pra ver como ficou

  3. Justamente. Aquela sensação quando o episódio acaba de “Que droga, já? Quero ver o resto!” que não sentia em um anime shonen há tempos foi o que mais me cativou. Eu assisti um pedaço da primeira versão do anime, mas não lembro praticamente nada. Inclusive nem sei se esse primeiro episódio foi igual ao da primeira versão. Mas HxH está com certeza na minha watchlist e esperarei cada episódio asiosamente semana por semana. O traço realmente ficou bem legal. A primeira animação traz um ‘quê’ de nostalgia, e foi mantido com modificações que deixam o visual mais bonito e atual.

  4. Hm, vamos ver:
    Opening – Empolgante, própria pra deixar o espectador no clima aventuresco da serie.
    Ending – Cacetada, há muito tempo não via um encerramento desse jeito! A musica encaixa quase que perfeitamente às cenas, muito bom.

    1ª Episódio em si – Deram uma enxugada na introdução. Cortaram a parte em que o Gon fala com o Kaito (antigo amigo do seu pai, mesmo o Gon não sabendo), mas creio que isso será explorado mais a frente. Pelo o que eu vi adaptaram os dois primeiros capítulos do mangá… E caraca, isso é tão nostálgico… tio Togashi recebeu mais uma chance pra (re)erguer a moral da sua serie. Voltou dos hiatus, e ainda por cima ganha um anime da MadHouse… Prevejo uma nova velha febre…

  5. Ta muito bom, como o Daniel disse o episodeo acaba e fica aquela vontade de QUERO MAIS
    como poucos animes na atualidade faz acontecer , agora e continuar porque eu quero ver a saga das QUIMERA ANTS kkkkkkkkkkkkkkkk vai demora mais tenho esperança que verei possivelmente antes do fim de OP que tbm não consigo largar

  6. “no mesmo nível ou levemente melhor que um Fairy Tail da vida.”
    Me senti até meio ofendido com isso kkkkk
    Curti a adaptação, lembro que os primeiros epis eram entediantes, foi bom apressarem a apresentação dos personagens principais.

  7. Digo o mesmo, six. Fairy Tail é um dos aimes com a pior animação que eu já vi. As lutas são extremamente entediantes. O que me prende a esse anime ainda é o manga, e a história. Já HxH não, é um anime que te faz pensar que foi feito por alguém que realmente entende de mangá. HxH na minha opinião ainda está no top 5. O mangá, (e possivelmente a segunda animação), já que o primeiro anime me dava pena…

  8. Acho pouco provável que vire um ‘One Piece’ da vida, mesmo porque o Togashi tem um controle excessivo com qualidade e não deixaria que sua obra se prolongasse sem ter história pra isso.

  9. Não pode se esperar muito do primeiro episódio, e é como já foi mencionado, parece que eles estão encurtando a história em comparação com a versão anterior do anime, o que ao meu ver é um fator positivo, pois HxH só empolga mesmo quando eles conseguem a licença hunter e partem pras aventuras juntos. HxH tem a proeza de nos mostrar um dos melhores vilões (ou grupo) do mundo dos animes, Gen-ei Ryodan e seu lider Kururo, sem falar é claro do bestial Hisoka. Do lado dos mocinhos destaco um dos personagens mais bem construídos que já pude ver em animes e mangás, longe de clichês, se trata de Kurapika, e terá uma saga inteirinha dedicada a história desse personagem.

    Dos animes/mangas que temos na ativa, sem dúvida HxH, FMA e OP são os melhores.

  10. Eu assisti a versão que foi ao ar pelo falecido Animax e como já disseram está acontecendo tudo rápido demais, fora isso está realmente muito bom, Fairy Tail foi citado no texto mas eu pessoalmente já tentei acompanhar o mesmo por duas vezes e em ambas acabei abandonando ao contrário de One Piece aonde cada episódio do anime ou do manga é esperado com ansiedade a cada semana, na minha opinião HXH é tão promissor quanto OP. Até gosto de alguns personagens de FT mas o autor não consegue um bom desenvolvimento da maioria deles ou da trama.

  11. Sempre ouvi amigos mais old-school falando sobre esse anime. E a frustração de todos era sempre a mesma: a série era interrompida sem mais nem menos. De qualquer maneira, isto despertou meu interesse, que nunca foi alimentado. Estou acompanhando e curtindo muito este revival que HxH recebeu! E valeu pelo review! De primeira!

  12. ficou horrivel esse remake, ruim demais
    a historia ta sendo contada errada, na historia original ele só vai pro teste por causa q ele encontrou o Kaito q conta as coisas pro Gon, e o Killua nem parece mais um assassino profissional, parece mais uma criancinha feliz, sem contar as censuras toscas, e tbm nada ve a nova casa do Gon, a outra era melhor. mas ainda tem conserto esse remake

  13. Vi esse post e até me animei pra falar de HxH. Já assisti inúmeros animes e li muitos mangás, mas nenhum até hoje superou a sensação e impressão que HxH deixou em mim. Não digo os primeiros arcos, não são ruins, ao contrário, são incríveis, cada um melhor que o outro, amadurecendo a história mais e mais, no arco do Leilão você nem mais reconhece aqueles garotos que arriscaram suas vidas para fazer um Exame, mas depois do Greed Island, meus amigos, vem o arco que eu sou completa e loucamente apaixonada: Chimera Ants. Nunca chorei tanto num anime, final tão perfeito, até meu irmão que não é lá muito fã de animes, quando assistiu, chorou também. Os comentários na página do episódio final são de total devoção, pessoas de 12, 15, 30 anos comentando emocionados sobre ele. Esquece tudo sobre o Gon bobinho e feliz. Killua confiante e dono de si. Togashi veio destruindo tudo pelo caminho e mostrando um lado triste porém necessário nessa história. Consegue imaginar um Gon louco pela fome de vingança ao ponto de deixar o egoísmo tomar conta? Um Killua inseguro e com medo de si mesmo? Tudo isso num cenário rico onde são inseridos novos personagens maravilhosos (Oi, Alluka <3) que me deixa sem palavras pra descrever. Pode até parecer clichê, mas meus amigos, esse arco de clichê só tem a aparência. Você não sabe se ama os antagonistas ou quer matá-los, te traz uma confusão sentimental tão grande quanto causada nos próprios personagens da história. É um teste para saber até onde esses personagens podem ser bons e até onde vão seus limites emocionais. A rica filosofia e magnitude que aquele arco me trouxe, nem vou comentar. Jurei que ali era o final épico de HxH, então me deparo com mais um "mini" arco da Eleição Presidencial e então o aclamado porém não finalizado: Continente Negro. PQP quando eu penso que não poderia melhorar, Togashi mostra que vai superar seu record anterior, agora nesse arco tenho certeza que os personagens que já são tão fortes emocional e fisicamente, irão atingir seu auge. Depois do arco anterior, acredito que não existem mais limites a serem ultrapassados. Uma coisa que podemos levar como ponto negativo (apenas em um ponto de vista) é a demora para lançar os capítulos e consequentemente os episódios em anime. Chimera Ants demorou 10 anos pra ser finalizado, já faz uns 4 anos que Continente Negro começou e não terminou, mas HxH não perde sua parcela fiel de fãs, pois quem realmente leu e assistiu suas incríveis obras, sabe que pode demorar anos, mas você vai ter uma história de qualidade magnífica, no mínimo. E de certo ponto de vista, Togashi é um revolucionário, já que ele é o único mangaká que "publica quando quer" devido à uma proposta que ele lançou e que o salva do trabalho escravo que é publicar mangás. Não sei de dou palmas pelo trabalho maravilhoso dele e pela liberdade conquistada ou tapas por demorar tantos anos desenhando. Mas eu sei de uma coisa: gênio, esse cara com toda certeza é.

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