Darling wa Gaikokujin – Live-action – J-Movie

Olá a todos! Tiveram um bom fim de semana? O meu foi, tirando algumas coisas. Deu pra assistir uns bons animes, ver bons filmes, gastar um pouco na Saraiva, mas principalmente, comemorar dez meses de namoro com a minha namorada, o tempo passa rápido meus caros!

Aproveitando a data, hoje irei comentar sobre um filme japonês que tem levemente a ver com a minha situação (vocês não vão entender isso direito, fica como interna), o recente Darling wa Gaikokujin.

Lançado em 10 de Abril desse ano, Darling wa Gaikokujin (“Meu amor é estrangeiro” em uma tradução livre) é, em teoria, uma comédia romântica, baseada em um manga publicado desde 2002 no Japão, contando com 3 livros atualmente, vendendo mais de 3 milhões de cópias.

O manga conta na forma de rápidas tirinhas a vida de uma mangaka, Saori Oguri e seu marido, Tony Laszlo, um americano viciado por línguas, em especial, a japonesa. Apesar de parecer um plot bem original, a verdade é que a obra é um retrato da própria vida da autora Saori Oguri, onde representa a si e seu marido (e posteriormente seu filho), mostrando de forma cômica as diferenças e dificuldades que o choque cultural causada pelo relacionamento de uma japonesa com um não japonês pode trazer e como pessoas de nacionalidades diferentes percebem suas nuances. Sucesso absoluto no país, não seria de estranhar a vinda de um filme.

Temos Mao Inoue no papel de Saori, uma jovem buscando seu espaço no mercado de mangas, ao mesmo tempo que procura um bom relacionamento. Temperamental, mas obstinada, Saoria encontra Jonathan Sherr no papel de Tony, professor de inglês em uma universidade, um pouco aéreo, mas atencioso e prestativo.

A primeira característica positiva percebida no filme é química que o casal consegue construir. Não espere nenhuma grande atuação, especialmente de Jonathan, mas o expectador se encontra facilmente na posição de torcer pelo casal.

Sim, torcer, por que apesar de ser considerada uma comédia romântica, a verdade é que a carga cômica do manga não foi tão bem aproveitada. Não que o filme não tenha seus momentos para rir, eles existem, principalmente por causa do personagem de Tony, que apesar da atuação falha, é bem carismático. Mas a adaptação dirigida por Kazuaki Ue, resolveu levar a história para um lado muito mais dramático, que apesar de não comprometer o filme, consegue fazer com que perca parte do seu brilho inicial.

Seguindo a velha fórmula cinematográfica das comédias românticas; encontro -> relacionamento feliz -> problemas no relacionamento -> desencontros -> drama -> final feliz, o filme consegue ser bem simpático, com os personagens dando o tom certo. O problema é quando suaviza demais onde não deveria, nas diferenças culturais e exagera no melodrama do relacionamento entre os dois. Porém, nada que estrague uma boa seção de cinema descompromissada.

Um ponto muito positivo do filme é sua cinematografia, realizada por Hitoshi Kato. Desde o encaixe de cenas reais entre casais inter-culturais e algumas pequenas animações, à paisagens tanto naturais quanto urbanas bonitas e bem encaixadas, tudo ajuda o filme a transparecer sua simpatia.

Darling wa Gaikokujin não consegue êxito no seu lado dramático e nem no seu lado cômico, mas não é possível afirmar que o filme é ruim. Sabe quando uma obra lhe passa uma sensação de bem estar, deixando-lhe com um sorrisinho no rosto de graça? É mais ou menos essa a sensação que o filme passa.

Aquém das minhas expectativas, Darling wa Gaikokujin ainda é um filme asiático que poderia ganhar uma versão ocidental (não digo para vir direto o original para o grande mercado por que sei que isso seria impossível) com grande facilidade e que provavelmente faria um bom sucesso, com certeza melhor que a recente leva de comédias românticas como “Plano B” ele é!

PS: A interna na verdade se relaciona ao fato da minha namorada ser sansei, apesar da família dela não cultivar tão tradicionalmente os comportamentos japoneses.

Olá a todos! Tiveram um bom fim de semana? O […]

9 thoughts on “Darling wa Gaikokujin – Live-action – J-Movie”

  1. Que lindo, gatchinho! x333
    Parabéns pra gente e que venham os anos! x)

    Eu gostei desse filme, deve ser bonitinho, pego ele com vc pra ver!

    <3

  2. ahahahah, temos visões bem diferentes das coisas mesmo. Assisti o filme para o Shoujo Café… e acho que o filme só começa a engrenar mesmo quando parte para o drama, isto é, começa a parecer um filme e não uma sequência de tirinhas depois do casamento da irmã da Saori.

    Concordo que perdeu parte do charme e do humor, mas começou a ter uma história.

    Aliás, só neste momento eu comecei a vê-los como um casal e a torcer por eles. Antes pareciam dois estranhos, sendo o sujeito o cara mais vergonha-alheia do mundo.

    Já a Mao é linda, fofa, graciiinha e boa atriz. É curioso como os atores gaijins são tão ruins neste filme que os japoneses parecem todos ótimos. =)

    Enfim, o filme deve interessar para quem curte notas culturais sobre o Japão. Adorei a parte dos casais reais, foi genial. ^^

    1. Acho que pela proposta do manga que eu já tinha ouvido falar tanto, me decepcionei por encontrar um drama no lugar de uma comédia. Mas ainda sim acho que o drama não convence. Não chega a ser ruim como comentei, mas pra mim ele não se encaixa, é só simpático.

      Gyabbo!

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