Lúcifer e o Martelo, Volume 3

Um volume, em duas palavras: construção e equilíbrio.

“No mês passado um amigo meu faleceu. E finalmente agora conseguiu sentir tristeza. Finalmente agora pude derramar lágrimas por um amigo” ANAMIYA, Yuuhi, página 109

Já leu a resenha do Volume 2, aqui mesmo no Argama?

Construção porque a apresentação de oito! novos cavaleiros (sendo que nos dois volumes anteriores fomos apresentados só a Anamiya e aos irmãos Shinonome) e o Animus/Feiticeiro é base para o que provavelmente virá a frente – e como dito na resenha do primeiro volume, este é um mangá que sabe bem quais elementos apresentar no tempo certo.

Na medida do possível, uns mais, outros menos, somos apresentados a outras partes deste todo que é a Ordem dos Cavaleiros das Feras e sua missão de salvar o mundo do Feiticeiro – e, mal sabem eles, também da Princesa e do Cavaleiro de Lagarto, cada vez mais mudados. “O que é ser adulto?”, a pergunta feita à exaustão no volume anterior, volta aqui quando vemos a lenta mas constante evolução da Lúcifer de Saias e principalmente de seu fiel escudeiro após o batismo na tragédia.

Tragédia esta que foi bem abordada aqui pelo viés de que o trauma pode ser superado com o tempo, mas que uma marca tão profunda não pode ser apagada com tanta facilidade; se a primeira parte do processo acontece logo no volume anterior, nesta continuação Anamiya teve que ser mais um passo em direção a lidar com seus medos mais profundos – todos eles. Sem dúvida tivemos o melhor momento deste volume no fato de conseguir se libertar, de novo, das correntes que o impedem de ser o heroi que protegerá a Princesa.

Esta dita construção tem a vantagem de, neste volume, estar associado a um maior equilíbrio entre ação, drama e aquela pitada de comédia característica; podemos não é ter um senso mais apurado de progressão, mas sem dúvida temos outro passo firme e forte rumo ao final deste jornada que ficou um pouco maior após a introdução do segundo irmão Shinonome; Mikazuki é um complemento de Anamiya no melhor estilo yin-yang que tanto é utilizado ao abordarmos as costumeiras rivalidades.

Lúcifer e o Martelo é um lento, constante e eficaz trabalho onde cada tijolo vai sendo colocado a seu tempo; já somos familiares a alguns personagens, estamos nos familiarizando a outros (Yayoi e Nagumo foram apresentados logo no começo do volume, portanto já sabemos algo sobre eles) e a família, digo, Ordem dos Cavaleiros das Feras é um coletivo apresentado como ampliação dos desejos egoístas dos protagonistas – e onde esse choque irá nos levar é algo que veremos nos próximos volumes.

Quer uma outra opinião a respeito deste mesmo assunto? Confira a resenha da Karina no Gyabbo!

Bom: Equilíbrio maior entre ação e drama; personagens trabalhados de forma equilibrada.
Ruim: Um pouco rápido demais em querer completar as apresentações.
Personagens: Muitos, cada vez mais um verdadeiro elenco deles.

Editora: JBC
Preço sugerido: R$ 13,90
Páginas: 208 (4 coloridas)

…e a série de resenhas acerca de Lúcifer e o Martelo continua no Volume 4.

Um volume, em duas palavras: construção e equilíbrio. “No mês […]

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