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RAIL WARS! – Primeiras Impressões

…. Impressões não muito positivas, devo dizer. Não que eu depositasse muita expectativa sobre o anime, mas o que eu vi nesse 1º episódio foi tão insatisfatório que me surpreendi com a aposta tão falha. O que a princípio me pareceu um carismático anime sobre trens e as pessoas envolvidas no funcionamento dos mesmos, mostrou-se apenas mais uma oportunidade de vender fanservice em seu nível mais mainstream possível.

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…. Impressões não muito positivas, devo dizer. Não que eu […]

Fanservice, uma discussão interminável…

fanservice_gunbuster

Essa semana o pessoal do Manga² resolveu lançar em sua edição #69 (sugestivo, não?) uma discussão sobre fanservice. A discussão foi muito boa, como é costumeiro, e me motivou a tirar esse post da pasta de Rascunhos.

Fanservice, é um termo em inglês originado entre o fandom de animes e mangás que em sua essência serve para nomear os elementos de uma série que estão ali com o claro intuito de agradar quem está assistindo. No entanto, é comumente associado unicamente ao uso excessivo de situações “sexualmente estimulantes” como calcinhas aparecendo, peitos balançando, personagens perdendo a roupa em batalha, poses erotizadas e por aí vai. É sobre esse tipo de fanservice que estarei falando sobre.

fanservice_heroesVale ressaltar que o fanservice não está presente apenas nos animes e mangás, é um costume difundido em diversas mídias pelo mundo todo. Observemos o caso da personagem de Hayden Panettiere em Heroes (2006), a líder de torcida. Seu personagem foi claramente construído para tentar extrair alguma reação dos espectadores do sexo masculino. A beleza da personagem, seu uniforme, seus trejeitos. Ainda assim, percebe-se uma tentativa de deixar estes elementos um tanto implícitos.

Um outro exemplo mais explicito que podemos usar é a personagem Poderosa, da DC Comics, conhecida pela sua força, mas também pelo seu massivo par de peitos. É engraçado ver como os autores que trabalham a personagem ficam sempre divididos em explorar a sexualidade ou fazer uma história sem sexualidade alguma, com alguns, inclusive, cobrindo o decote da personagem para não dar nenhuma margem mesmo. É engraçado como um meio-termo é raramente encontrado.

Nos animes e mangás, a grande questão do fanservice, é que, em muitos casos, com o passar do tempo, ele deixou seu caráter de “bônus” para se tornar o todo de uma obra. As pessoas não deixam de ver um Gunbuster (imagem que abre esse post, final da década de 80) porque as meninas tinham uniformes mais reveladores. Não caracterizam Cutie Honey (mangá de Go Nagai na década de 70) como uma obra inferior só por causa da cena de nudez e a super-exploração da sexualidade da protagonista. Mas por que então desprezam obras como Queen’s Blade, Kampfer, a série Monogatari, dentre outros?

fanservice_poderosA maneira de se lidar com o fanservice mudou. Os produtores perceberam que fanservice vende. Então, por que não fazer uma série inteira dedicada à isso?

— Ah, mas como fazer fanservice para uma série que não tem fãs ainda?

— Ora, se considerarmos que todo mundo é fã de ver meninas de biquíni fazendo qualquer coisa que seja, acho que podemos dizer que estamos fazendo um serviço a esses fãs, não?

— Claro! Faz todo o sentido.

Pode parecer coisa de maluco pensar assim, mas não creio que a realidade seja muito diferente disso.

O grande problema dessa questão para mim é que animes criados unicamente para explorar esse lado sexualizado da coisa raramente investem em contar uma boa história ou ter bons personagens. Eles se apoiam no fato de que só por ter um par de peitos balançando na tela ele já vai vender o suficiente para dar lucro, o que tá bom. Perde-se todo e qualquer valor atrelado aquelas obras se não o de agradar a imaginação de adolescentes babões (ou adultos babões, vá lá).

Peguemos o exemplo de Kill la Kill, um anime que tem causado uma certa polêmica recentemente por causa de seu fanservice. Você percebe que, apesar dele estar ali a todo momento, ele está integrado com a história e com aquele universo. Não é uma coisa aleatória jogada SÓ para satisfazer a otakaiada. Tem uma motivação por trás e todo aquele papo de aceitação e por ai vai. A questão é que o fanservice não controla a história, mas a história o controla.

fanservice_killlakill

Mas vou ser sincero com vocês. Não me importo muito quando vejo séries se dedicando inteiramente ao fanservice. Eu não as assisto pois não quero perder meu tempo com elas tendo tantas outras séries que me interessam muito mais na lista de espera. Entretanto, eu não as condeno. Elas são séries feitas com o claro propósito de explorar o lado do fanservice. Quem vai assistir uma série dessa só o faz porque sabe o que vai receber. High School of the Dead, High School DxD, Queen’s Blade, Kampfer, etc… todos sabem o que vão encontrar. Acontece, inclusive, situações em que certas séries que a principio seriam puro fanservice se mostrando até bem legais, como foi o caso de Mayo Chiki para mim. Uma série recheada de conteúdo sugestivo, mas que se destaca por ter um desenvolvimento de personagens interessante e uma boa dinâmica entre eles.

O tipo que me incomoda mesmo é aquele inserido de maneira abrupta numa série qualquer sem ter nenhum motivo aparente e que prejudica a mesma. Nessa categoria existem dois tipos:

1) Fanservice que aparece, comumente num episódio dedicado só a isso,  entre dois momentos importantes e mais dramáticos do plot de uma série.

2) Fanservice que aparece justamente no meio de uma cena bem dramática no climax do episódio ou da série.

Infelizmente, nesse quesito, mais do que qualquer outra coisa, a discussão entre qual é o “menos pior” é realmente interminável. Pessoalmente eu acredito que o que menos me incomoda é o 1º caso. Ele serve muitas vezes ao seu propósito de “desestressar” antes de situações mais dramáticas que estão por vir ou que acabaram de terminar. Ainda assim, não dá para condenar quem prefere o 2º caso, já que era um recurso muito usado por Osamu Tezuka, que no ápice de seus dramas colocava uma piadinha aqui, uma careta alí e que funcionavam da mesma forma que os peitos surgindo do nada nos clímaxes de Fairy Tail.

fanservice_hsotd

E aí é que vem a questão chave de toda essa discussão que dá pra preencher horas e horas e horas de discussão na mesa do otakubar: o maior problema do fanservice não é ele existir, ou existirem séries dedicadas só a isso, e etc, mas ao simples fato da indústria como um todo estar “investindo” nesse tipo de material com garantia de “lucro certo” e deixando de lado conteúdos mais interessante, porém mais arriscados. Ainda tem o fato de que a maioria das séries que foca nesse aspecto, esquece praticamente todos os outros. Poucas tem uma boa história e menos ainda tem personagens bem desenvolvidos. Tudo se resume a peitos e bundas e é isso que eles vão mostrar.

Obviamente existem exceções. Kill la Kill é uma delas, Shokugeki no Soma está cada vez mais legal e fazendo cada vez mais sucesso, One Piece também tem lá sua dose (ou a Nami ficar agora 24h de biquíni foi uma “progressão natural”, rs),  Macross Frontier também sofreu um pouco por causa de seu fanservice, mas logo foi assimilado e até colocado como bom exemplo de uso do mesmo…

Se já não bastasse tudo isso que eu falei aqui e o fato de existirem ainda uma infinidade de coisas para se comentar (que deixariam esse post tão intragável como uma tese de mestrado), a percepção do fanservice como aceitável ou não vai muito do pessoal de cada um. Para alguns, se é uma série com fanservice, já é imediatamente ruim. Para outros, pode ter um pouquinho aqui e ali que não tem problema se não incomodar. E tem aqueles que só veem séries com fanservice.

Fanservice é algo que sempre esteve e acredito que sempre estará presente nos animes e mangás. Cabe a cada um de nós aceitá-lo de uma maneira ou de outra. Mas eu já cansei de escrever. Provavelmente nunca mais farei um post onde eu escrevi tanto a palavra “fanservice” como esse. Quero saber a opinião de vocês sobre o tema. O que acham? Como encaram o assunto? Deixem suas opiniões nos comentários! Pois esse assunto nunca acaba…

Essa semana o pessoal do Manga² resolveu lançar em sua […]

Mayo Chiki: Deixem o preconceito ao fanservice de lado dessa vez…

É comum ficarmos meio receosos quanto a qualidade de um anime quando ele “abusa” de cenas com fanservice. Normalmente elas servem para mascarar a falta de qualidade em outros aspectos de uma série. Porém, com Mayo Chiki esse padrão não se aplica. Temos sim fanservice, bastante, mas ele acrescenta à diversão e torna a série uma boa comédia.

Kinjirou teve a infelicidade de nascer homem em um lar de lutadoras de luta livre. Sua mãe era muito famosa nos ringues e sua irmã pretende seguir os mesmos passos. Infelizmente, o rapaz viveu toda sua vida sendo usado como saco de pancadas por causa disso. Ele acabou então desenvolvendo uma fobia às mulheres. Quando alguma mulher toca seu corpo, o pânico é tanto que o nariz dele sangra e ele desmaia. Um cenário pronto para algo dar errado. E dá. Kanade é uma ricaça que vai à escola com seu mordomo, Subaru. Ele é extremamente desejado pelas mulheres e ela é extremamente desejada pelos homens. Porém, Kinjirou descobre um segredo que deveria ser muito bem guardado. Subaru, na verdade, é uma mulher. Ela se apresenta como homem como condição para manter a tradição da família em servir a família de Kanade. Se o segredo fosse descoberto dentro de um prazo, ela teria que se afastar da função. Porém, como Kanade não quer que isso aconteça, ela decide “poupar a vida” do rapaz, mas em compensação ele terá que atender aos desejos dela. O que se passa é que ela é completamente doida. Ela então decide “cura” a fobia de Kinjirou… através dos métodos mais doidos possíveis.

Foi um resumo grande, mas é para mostrar que a ambientação da história não é algo jogado, teve um mínimo de trabalho para sua criação. O desenvolvimento também não deixa a desejar. Temos situações bem engraçadas e as armações da Kanade para cima dos dois rendem boas situações.

A parte técnica também é competente. A dublagem está bem interessante, com uma Subaru fingindo voz de homem e um Kinjirou e suas reações espontâneas e sinceras. A animação é fluida e competente. Nada esplendido, até porque não é necessário para esse tipo de anime. Crédito ao estúdio Feel, que eu confesso nunca ter ouvido falar até esse momento. O diretor por outro lado, é o mesmo de Sket Dance, Keiichirou Kawaguchi. Como eu venho adorando o anime de Sket Dance, isso é um ponto extremamente positivo.

Mayo Chiki é um anime bem divertido, bem feito e engraçado. Não espere algo muito profundo, mas uma comédia leve. Recomendo que assistam pois a linearidade e a continuidade entre os episódios não é a coisa mais importante, sendo assim assistir em uma maratona não acrescentaria nada. Use Mayo Chiki como o alívio cômico da temporada.

É comum ficarmos meio receosos quanto a qualidade de um […]

Primeiras Impressões: High School of The Dead

Enfim estreou o tão esperado High School of The Dead. Como eu já havia dito, não gostei do mangá. Não por ser ruim, não passei da primeira edição, não posso opinar sobre isso, mas porque simplesmente não tinha movimento. Não me entendam mal, adoro mangás, adoro revistas em quadrinho no geral, porém, não dava. Zumbis merecem movimento, a tradição dos filmes do gênero é muito forte, ver tudo parado não agradava da mesma maneira. E então veio o anime, será que daria certo?

Gosto de filmes de zumbis e seus clichês. Armas variadas, shoot’em in the head, garotas sensuais tentando sobreviver aos ataques, muito sangue, clima claustrofóbico… tudo isso. O anime de High School of The Dead não deixou escapar nenhum desses clichês. Um defeito? Muito pelo contrário. São essas as características que definem o gênero e era obrigação mantê-las.

Uma das coisas que pode afastar um pouco os espectadores (que subentende-se já passaram pela enorme quantidade de sangue e mordidas) é a grande quantidade de fanservice. Grande mesmo, acreditem. HOTD leva o fanservice a níveis altíssimos. Porém, na minha humilde opinião, faz parte. Faz parte do gênero e não tem como não rir quando um pantyshot explode na tela de forma gratuita e totalmente anti-climática.

Quanto aos aspectos técnicos, só preciso dizer o nome do estúdio: MadHouse. Excelente qualidade sem dúvida. É bom ressaltar que o diretor é Tetsuro Araki, o mesmo que cuidou do anime de Death Note. Apesar deu gostar do estilo do cara, espero não ver algo seguindo a onda potato-chip de ser.

Uma série que com certeza vale a pena acompanhar, se você gosta de zumbis… ou calcinhas…

Até o próximo post!

Enfim estreou o tão esperado High School of The Dead. […]