Boruto, o filho do Naruto, vai ganhar sua própria série na Shonen Jump. Ela será publicada em capítulos mensais a partir da primavera de 2016 e não terá Masashi Kishimoto como autor. Quem assume a série é o desenhista Mikio Ikemoto, que trabalhou como assistente de Kishimoto em Naruto, e o roteirista Ukyou Kodachi, que colaborou com o roteiro de Boruto – Naruto the Movie. Embora para muita gente isso tenha gerado certa desconfiança, eu achei extremamente promissor e faço questão de explicar o porquê.
Quando comparados com quadrinhos de super-heróis, mangás são comumente elogiados por terem um único autor e por sempre terem um “fim”. Embora eu ache que isso realmente trás um sabor a mais para os quadrinhos japoneses, há de se convir que certos mangás criam universos bem maiores do que a própria história que se quer contar. Naruto é desse tipo de mangá. Durante os 15 anos de sua publicação, Masashi Kishimoto criou todo um mundo em volta da história de Naruto e seus amigos. São inúmeros personagens, locações, organizações, lendas, histórias, etc, que servem como plano de fundo para a história principal, mas que poderiam render histórias principais eles mesmos. Esse tipo de mundo vivo não termina quando a história acaba. Assim sendo, por que não explorá-lo mais afim de acharmos boas histórias nesse mar de possibilidades?
>> E… já era! – Comentando o final de Naruto
Ao permitir que outros continuem seu trabalho, Kishimoto abre um novo precedente no mainstream dos quadrinhos japoneses: os mangás realmente infinitos. Porém, diferente de seus primos norte-americanos, estes não teriam um único protagonista com sua história sendo contada por diversos autores, mas sim um universo central que seria utilizado como plano de fundo para diversas histórias diferentes. Parecido com a franquia Star Wars onde, embora a série de filmes principais seja o foco há todo um universo expandido em livros, quadrinhos, séries, games, etc, explorando o antes, o durante e o depois dela.
Kishimoto estava cansado. Já vinha dando sinais disso tem um tempo e achei louvável a atitude da editora de deixar o cara terminar sua obra ao invés de forçá-lo a continuar até que, inevitavelmente a qualidade caísse e/ou o público se desinteressasse. Ao mesmo tempo, eles não querem deixar de ganhar dinheiro e a decisão de continuar com uma história renovada, com uma equipe renovada e, ainda com a supervisão do autor original, com personagens novos foi uma excelente escolha.
Vale lembrar que esse conceito não é de todo estranho para o público japonês (e até para o ocidental). Doujinshis/fanfics são algo extremamente comum por lá e muitas vezes exploram algum personagem secundário que não teve tanta atenção no material original ou até mesmo personagens totalmente novos, mas que, de alguma forma, fazem parte daquele universo. O que Kishimoto, a Shonen Jump e sua equipe estão fazendo é exatamente isso, mas de maneira oficial e com sua supervisão.
>> Naruto do começo ao fim: saiba tudo sobre a série!
Infelizmente não dá para garantir que o que vai sair daí é algo bom e nem digo que esse é o modelo que todos os mangás grandes deveriam seguir, mas com Naruto tem tudo para dar certo e eu fico feliz que os envolvidos resolveram arriscar.
E vocês? O que tem a dizer sobre essa situação? Acham que foi uma boa decisão ou não? Deixem aí nos comentários pois quero realmente ver a opinião de mais gente sobre esse assunto!
Acho muito interessante. Gostei da forma que você pontuou essa questão de continuar “infinitamente”. Sempre achei que Naruto tivesse muito potencial pra isso, até por ter muitos personagens que foram pouco explorados durante a história principal, ou até mesmo questões como uma possível mudança no trabalho dos ninjas com a chegada da paz.
Enfim, Naruto tem um universo muito bem construído, embora acredite que um pouco da harmonia desse universo tenha se perdido com aquele final do mangá — com aqueles jutsus completamente absurdos de forte, guerras malucas, e poder desproporcional entre personagens. Mas caso ele equilibre isto, acho que tem muito potencial de criar histórias interessantes.
Eu acho que como e mensal , a chance dele não nos deixa com expectativas de capitulo a capitulo , pra fazer o leito acompanhar a obra . Pois a junp so trabalhou uma vez com mangá mensal quera um de comedia o Level E , então e bom ficar com um pé atraz
Olha, existem muitos mangás mensais que conseguem segurar a atenção do leitor. Não acho que ESSE poderá ser um problema pra Boruto.
o problema é…
Será shounen, tem que aparecer um Vilão forte, como sempre, e o protagonista tem que se tornar fodastico..
Mas entao, ele terá que fazer um vilao mais forte que o próprio naruto e sasuke. Ou entao vai ter que mecher numa obra ja terminada. Ai que fica minha duvida, sera que ele tem o aval pra modificar algum personagem?
Fans de Naruto irao sofre, isso eu tenho certeza
Desculpa, mas eu discordo veemente.
Embora eu consuma coisas como Gundam, ou Saint Seiya Omega, acho que continuações e spin-offs sempre supérfluos. Não digo que não devem existir, mas também não acho que servem a propósito algum para a obra original. O objetivo dessas obras paralelas nada tem a ver com expansão da história, universo ou personagens. Tem a ver em manter uma franquia quente e lucrativa para os donos dos direitos dela.
Entenda que eu não estou dizendo que ninguém deveria ler ou assistir essas obras. É uma opção, mas não deveria ser “obrigação”. Spin-offs e continuações são puro consumismo, o equivalente do entretenimento à pessoa que vai sempre comer no mesmo fast food porque não quer experimentar paladares novos. Novamente, não há nada de errado com isso per se, mas se incentivado, qual será a motivação de se criar franquias novas se as pessoas continuam consumindo as mesmas coisas? (E essa conta também está no nome de Soul of Gold, Dragon Ball Super…)
Pessoalmente, a única notícia boa que é possível retirar desse mangá do Boruto é que ele NÃO será feito pelo Masashi Kishimoto. O que pode significar que ele finalmente está se preparando para começar uma obra nova. Enfim, desculpe o rancor e se pareceu que eu sou totalmente contra obras paralelas (sou só um pouquinho), mas acho perigoso quando o público incentiva esse tipo de exploração. 🙂
Ponto interessante e sua preocupação é bem compreensível. Porém, entre as duas opções de continuar com o Kishimoto e sem ele, ficamos com a menos pior. rs. De qualquer forma, não acho que todo mangá devesse seguir essa linha futura para sua publicação, mas em casos específicos, como Naruto, dá pra ver algo bom sendo feito com essa possibilidade. Pode ser uma bosta? Sim, pode, mas também pode, igualmente, ser bem legal. Só o tempo dirá.
concordo essas coisas paralelas nem sempre ficam boas eu sinceramente detestei boruto, achei que o naruto perdeu totalmente a personalidade, se tornou uma coisa que nunca foi e um hokage q acredito que nunca seria. Eu sinceramente preferiria que a história continuasse mesmo com 1 milhão de filers acredito que sou aquela pessoa do fast food (realmente sou) prefiro passar a vida inteira comendo no mesmo lugar que trocar de restaurante e me arrepender. Foi o caso do boruto. Eu não queria assistir com medo de estragar minhas espectativas dito e feito, rsrsr. Mas né, infelizmente não há nada que eu possa fazer sobre isso. Só lamentar e repassar o desenho que foi um marco na história dos animes para a próxima geraçao :'(
Podiam contar sobre o passado das vilas e as guerras, pois ali tem historias.
Também concordo: ”eu achei extremamente promissor.” Kishimoto estava estafado com sua criação, e cairia bem outra pessoa dando continuidade a ela.
Existem histórias tanto pra frente quanto pra traz. Se há uma cronologia a ser seguida em determinada obra, eu prefiro que a história siga em frente, para evitar que outros autores façam coisas no passado que comprometam o que já estava estabelecido. Resumindo: detesto prequels. A chance de bagunçarem tudo é enorme.
Discordo. Pra resolver esse seu medo, basta não ter furos, como você disse, comprometam o que esta estabelecido.
A historia não precisa esta ligada com os personagens principais, mas sim a seu universo, um spin-off que seja.
Pra mim, isso só funciona se houver um controle criativo bem rígido e organizado. Mas em geral, como nos comics americanos, ao longo do tempo mudam não só os autores como os editores e os diretores. Daí, nem é questão de “se vai dar bagunça”, mas de quando mais começar a bagunça e quando será necessário um reboot.
Mas como eu disse, é minha opinião, não uma verdade a ser seguida. Continuo não gostando da ideia de prequels. Prefiro coisas que sigam em frente.
Não se pode agradar todos rs.
Uma verdadeira verdade.
$$$$$$$$$$$$$$$$$$
eu discordo muito para mim esse manga vai ser só um caça-niquel para mamar um pouco mais na franquia naruto sem nenhum hype nisso
Então, pra mim Naruto foi tão longe, mas tão longe que aconteceu justamente da qualidade cair e ficou tão massante que eu me desinteressei completamente por aquela história e aquele universo. Conheci muitos amigos na internet que acompanhavam a saga, foram muitos anos lendo e assistindo o mangá/anime, mas o mangá chegou ao fim e praticamente nenhum desses amigos aguentou ler até o final. Sinceramente achei o final de Naruto péssimo, mas muito ruim mesmo! Meu interesse em uma nova saga é 0.
Não quer dizer que eu tenha certeza que vai ser ruim, mas pra mim já deu oque tinha que dar.
Por mim Boruto nem existiria, Kishimoto cria um cenário onde Naruto supera todos seus limites e completa todas suas promessas, a é, ficou faltando uma promessa que eu nem vou citar basta quem lê isso daqui lembrar de tudo o que Naruto prometeu.
Eu li Naruto até o fim, até mesmo quando a qualidade caiu para ver as coisas terminarem como foi construido, não pelo fim fanservice que teve, só por causa desse fim eu me sinto completamente fechado para todo relacionado sobre Naruto.
Nunca pensei que Kishimoto trairia sua própria obra para agrada fandom.