Review: Defense Devil #01

Bo01m8OIEAAhuXkAssim como o ano anterior, 2014 está se provando um ano muito rico em lançamentos, principalmente com todos os anúncios para seu segundo semestre. Não menos entretida com o frenesi de novidades do Anime Friends que vocês, gostaria antes de comentar sobre um título de Junho ainda, o carismático Defense Devil!

Mais que pela sinopse em si, o mangá me chamava a atenção devido a sua bela arte, me lembrando de Trinity Blood e do estilo de Takeshi Obata em Castlevania: Judgment, com um apelo gótico ao design. Felizmente, a obra dos coreanos Youn In-Wan e Yang Kyung-Il mostrou muito mais que apenas um traço bonito, com personagens originais e um plot muito bem conduzido nesse primeiro volume!

Desprezado pelos demais demônios por conta de sua personalidade gentil, Kucabara é expulso do Makai e privado de seus poderes, condenado a vagar em Event Horizon (a entrada do Inferno) apenas acompanhado de seu subordinado Bchuler. De maneira a reaver sua força e reencontrar sua família, nosso principal precisa coletar Dark Matter, uma fonte de poder maligno encontrada nas almas de pecadores. Não se tratando do único interessado em Dark Matter, Kucabara precisa conquistar a confiança das almas que surgem em Event Horizon antes que os deuses da morte as levem ao Inferno, o modo tradicional que demônios se favorecem com os pecados humanos.

Agora que já expus o esqueleto por trás dos eventos neste primeiro volume, um fato se mostra claro: não há nada de espetacular no plot. Um protagonista que se encontra em uma situação desagradável e precisa vencer inimigos para voltar à vida que levava, quantas vezes já não vimos isto antes? No entanto, a maneira como Defense Devil se apresenta é extremamente favorável à obra, deixando uma sensação de satisfação para o leitor ao final do volume.

dd3Foram tantos detalhes bem executados que me sinto na obrigação de comentar sobre cada ponto, começando pelo protagonista Kucabara! Tratando-se de um mangá shounen, é muito importante simpatizar com o principal, se importar com ele e seus objetivos. Dessa forma, o leitor vira também um torcedor, ansioso em ver o progresso do personagem – consequentemente, os próximos capítulos. Mesmo tendo cenas de luta – muitíssimo bem desenhadas e empolgantes, por sinal! -, adorei como o roteirista não impõe o cliché “preciso ficar mais forte!” ao principal. Como perdeu seus poderes de demônio, o Kucabara está muito fraco sim e é isso aí, não há mimimi. Pelo contrário, ele encontra um meio alternativo para conseguir o que precisa e se vira com o que tem: usa sua sensibilidade e interesse pelos humanos ao seu favor, tornando-se um Advogado do Inferno. 

Porém, não apenas isso é suficiente para ser um advogado. Detalhes como Kucabara estudando casos do mundo dos humanos e lendo livros de teoria estão sempre presentes, além de coisas comuns como comer, dando um toque de verossimilhança divertido de se ver em um mangá que explora tanto a fantasia. As diferentes realidades se mostram próximas não apenas quando os demônios interagem com as almas dos pecadores, e sim a todo momento com cenas como a abaixo, convencendo o leitor do grande impacto que os costumes humanos surtem em Kucabara. Faz sentido que os demais demônios se incomodem com ele…

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Como já dito antes, as cenas de ação são realmente incríveis, explorando todo o dinamismo do traço do desenhista. Sua arte também impressiona com os belos designs, além de combinar com os momentos mais tensos aos mais bobinhos. Para alguns a série pode parecer ter uma ambientação pesada por tratar de demônios e pecados, mas há muitos momentos cômicos, até mesmo entre os deuses da morte, dando um tom de naturalidade muito legal aos diálogos e relações. Consigo dizer que gostei de todos os personagens deste primeiro volume, além de estar empolgada para conhecer os que estão por vir!

Com seu bom-humor e carisma, Defense Devil me conquistou! Recomendo em especial a quem acompanha Ao no Exorcist, acredito que seja um bom “substituto” enquanto o outro se encontra em hiatus. Apesar de ser apenas o formato padrão, a edição está bem bonitinha, além de vir com um ótimo glossário como já é de costume da Panini, tornando a leitura ainda mais rica. Na minha opinião, um mangá que vale a pena dar uma chance e colecionar! E vocês? O que acharam do advogado da morte?

Sobre Clara

Sou apaixonada por quadrinhos desde que me entendo por gente, mas desenhar tem espaço no meu coração há mais tempo ainda. Nas horas vagas, costumo ler, assistir anime e fingir que toco piano. Quando não estou tendo pesadelos, estou sonhando com as figures que nunca terei. </3

Assim como o ano anterior, 2014 está se provando um […]

One thought on “Review: Defense Devil #01”

  1. Já tá na minha lista de compras já que todos os títulos que eu compro estão acabando ou entrando em hiatus (blue exorcist, nura, soul eater e 07-ghost). Mais um mangá de demônio para a prateleira, tô começando a achar que eu tenho que comprar a bíblia em mangá para equilibrar as forças.

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