VN REVIEW: Vocaloid kinetic novels (Supplement Time)

Enfim estreamos a sessão VN REVIEW aqui no Anikenkai! Acabei atrasando o post devido ao começo da Temporada de Animes de Verão, mas a partir daqui a intenção é manter o ritmo de uma review nova a cada mês – o que acham? Espero que todos já estejam com seus animes organizados e que haja tempo para uma visual novel ou outra entre eles! Hoje vou falar sobre as três kinetic novels (visual novels em que não há escolhas a se fazer) de Vocaloid do grupo Supplement Time, sem me aprofundar muito para não dar spoilers e até mesmo por serem curtinhas.

Mirai no Kimi to, Subete no Uta ni

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Nossa, como eu me diverti com essa primeira!
O começo é bem a la Chobits, com o protagonista encontrando a Miku envolta em faixas no lixo e levando-a para casa se sentindo culpado em deixá-la na rua. Ao ligar a androide, à princípio tudo que ela consegue pronunciar é “mii”, tornando impossível não se lembrar da situação entre Hideki e Chii.
O que já estava divertido se torna ainda melhor quando todos os ajustes são feitos e podemos interagir de fato com ela, agora falando normalmente. No entanto, o assunto música é delicado para o protagonista, um novato no ramo que há pouco viu sua banda acabar. Tomando consciência do fato, Miku se compromete em relembrar a ele o quanto música pode ser divertido, conquistando também uma importância especial no coração do rapaz ao longo dos dias de convivência – que eu compararia a um longo pv de The World is Mine devido ao jeito hime-like da heroína vocaloid.
O desenvolvimento do romance entre eles é bem natural e meigo, de longe é a mais fofinha das três. Pelo menos pra mim, foram quatro horas da minha vida muito bem gastas. Visual novel recomendada!

 Rin ga Utau, Mirai no Neiro

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Antes de qualquer coisa, acho importante deixar claro que a segunda visual novel foca muito mais na Rin, de tal maneira que mal dá para considerar que a Miku tem uma rota de fato. Enquanto eu gastei 3 horas com a Rin, pra Miku foi só 1 hora (indo bem lentinho e contando com o extra dela), vide que era realmente só uma breve sequência à história do primeiro jogo.

Desta maneira, são dois protagonistas diferentes, cada um para uma heroína. Quanto ao novo rapaz, a situação dele é bem oposta a do primeiro: interessado por música desde sempre, compunha arranjos instrumentais e fazia tudo a sua maneira, sozinho. Seu encontro com a heroína também se dá de maneira totalmente diferente; ele que é surpreendido por ela, quando volta para casa e encontra a androide despreocupadamente dormindo nua em sua cama. Por sinal, apesar de eu adorar a Rin, no início eu cheguei até a sentir cansaço de tanta confusão que ela causava…
Tendo concordado em tornar-se parceiro da vocaloid e compor uma música para ela, os dias se passam em meio a muita provocação, como crianças implicando uma com a outra. Entretanto, é verão e Rin não exatamente se esforça em manter-se vestida como deveria, mantendo o protagonista sempre consciente de sua presença feminina. Além de sua beleza e personalidade, Rin também encanta com a paixão de sua voz. Paixão não apenas por cantar, creio que não seja spoiler afirmar. rs
Se valeu a pena? Com certeza, recomendo a qualquer fã da Rin ou de Vocaloid em geral, ou mesmo para quem deseja mais alguns momentos com a Miku para matar as saudades da 1ª visual novel. Eu gostei bastante, mas sem dúvidas preferi a anterior.

Mirai no Uta to, Tsunagaru Hitomi

vocaloid-miku2Apesar da 1ª ser a minha favorita das três, acredito que esta seja a melhor por várias razões: em primeiro lugar, a Miku não é a única pessoa com quem você se relaciona durante a história, dando um toque mais verossímil. À princípio enxergando música apenas como um complemento para filmes, nosso protagonista não gosta de androides e trabalha com fotografia e vídeos, bem diferente dos dois anteriores.

Manipulado por seu mentor Sasaki-san a aceitar uma proposta de trabalho, nos vemos diante da missão de gravar um pv para a popular vocaloid Miku, cujo primeiro contato não foi exatamente agradável.
Impressionado com a personalidade difícil de lidar da idol, mas principalmente com o fato de ela ser uma androide tão singular e humana, ele aceita o trabalho reconhecendo que seria uma experiência diferente, portanto não deveria desconsiderar. Conforme ambos se aproximam em determinação da produção do pv, seus sentimentos evoluem e ficam mais transparentes um ao outro ao longo de um mês de convivência, um processo bem diferente das duas vns anteriores.

Não apenas essa vn foi bem mais realista e teve um desenrolar mais interessante que as outras, com o relacionamento dos dois tendo um impacto sobre a vida de outras pessoas além deles mesmos, mas ela também foi extremamente divertida! A história é mais dinâmica e há participação de outros vocaloids, além de ter diálogos muito bons, cujos temas variaram entre trabalho, intimidades e várias piadas sobre cultura pop (uma possível referência a Cavaleiros do Zodíaco, Lupin III, De Volta Para o Futuro, etc.). Uma visual novel para se divertir antes de qualquer coisa, mas que também coloca alguns temas em questão como “admiramos um cantor pela pessoa ou pela voz apenas?”, se preocupando mais em explorar a personagem da Miku e menos com a execução do romance em si. Recomendada!

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Espero que quem leu as visual novels comente o que achou delas e do review em si, este é o nosso espaço e preciso da opinião de vocês para melhorar! Quem ainda não leu, o que está esperando?? rs  Daqui a 30 dias, nos vemos novamente no post sobre Saya no Uta, pedida no post passado – uma visual novel de terror disponível em português! Pretendo focar nas traduzidas para português por um tempo, mas sintam-se livres para sugerir o que quiserem. Até a próxima, espero que tenham gostado da review!

saya1

Sobre Clara

Sou apaixonada por quadrinhos desde que me entendo por gente, mas desenhar tem espaço no meu coração há mais tempo ainda. Nas horas vagas, costumo ler, assistir anime e fingir que toco piano. Quando não estou tendo pesadelos, estou sonhando com as figures que nunca terei. </3

Enfim estreamos a sessão VN REVIEW aqui no Anikenkai! Acabei […]

5 thoughts on “VN REVIEW: Vocaloid kinetic novels (Supplement Time)”

  1. Eu comecei a pouco tempo com VNs, mas me sinto esquisito jogando elas. Tipo, eu não quero um bad ending então sempre tento usar walkthrough, aí o que acontece é que sinto que não faço as decisões, e sim só sigo uma história fixa. Não é um comentário muito legal considerando que você acabou de postar sobre VNs sem escolhas, mas quero saber se é assim para mais alguém ‘-‘

    1. Tem várias maneiras de jogar, Eduardo! Não acho que seguir walkthrough seja ruim, mas se você se diverte menos assim e quer evitar um bad ending a todo custo, aconselho a salvar sempre que tiver de escolher qualquer coisa. Desta maneira, pode jogar naturalmente como se você fosse o protagonista e, caso entre numa rota que não tenha interesse, pode só voltar pra última escolha e tentar outra opção. É assim que eu faço, acho mais divertido que simplesmente escolher o que provavelmente me levaria a uma rota específica, é como deixar que o jogo te guie para qual ending combina melhor com você mesmo. =) Além disso, às vezes a escolha influencia em qual CG vai conseguir, então também é bom salvar sempre para não perder nenhum!

        1. Acho que o único eroge que eu to jogando com walkthrough é Shuffle Really? Really! porque como o método de jogo é diferente e precisa ter conhecimento afiado nos outros 2 jogos anteriores (coisa que é meio difícil em inglês/japonês) aí eu precisei da walkthrough… mas eu não recomendo muito o uso disso porque realmente pode perder a graça de fazer a sua escolha e ver o que acontece, enfim valeu pelo post, tava precisando saber disso… já joguei o primeiro e vou jogar os outros dois pra ver qual realmente é o melhor de acordo pela minha opinião. :3

  2. Gostei do formato da análise pois expõe os pontos e não tem spoilers.Quanto a próxima vn já estou jogando e mesmo não tendo terminado eu recomendo.

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